Lucy hearthilia

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[Pov’s Lucy]

Ao longo da vida passamos por mil e uma situações difíceis, mas também por coisas boas que em geral, fazem valer o esforço para continuar se vivendo ou pelo menos tentando. Existem contudo certas “torturas” que todos nós passamos ou em sua maioria, como tomar vacinas, fazer exames, ficar doente, tirar boas notas, entre outros.

Meus pais sempre me deram ótimos conselhos e um deles era para que eu estudasse, assim poderia ser alguém na vida, algo que eu discordava pois afinal de contas, eu já era alguém, só não tinha um emprego ainda e quando eles entenderam isso, passaram a concordar comigo.

Quando terminei (com muito custo e esforço) o ensino médio, me senti verdadeiramente realizada e a formatura só reforçou essa sensação. Até então eu iria entrar na universidade logo após terminar o ensino médio, porém, devido a alguns problemas, isso não ocorreu logo de cara e sim depois de um ano.

Claro que eu nunca acreditei que esse ano fosse valer a pena, até porque eu precisava descansar um pouco de tudo o que estava acontecendo, o que em partes acabou por ser muito útil.

E hoje, com muito orgulho posso dizer que finalmente entrei para a faculdade e no curso que eu tanto desejava: letras. Para a maioria, pode parecer inútil e bobo, na verdade era o tipo de curso que a maioria optava por nem sequer considerar uma opção, mas não eu, afinal de contas eu amo escrever e mais ainda ler, o que acabou me estimulou a ir em frente.

Agora estou prestes a concluir o curso, faltando apenas mais alguns meses para finalmente tudo terminar, todavia para que isso ocorra é necessário que eu arranje um estágio na área, o que não é tão fácil assim já que possuo um trabalho o qual me ajuda a me manter aqui, resumindo, não tenho ideia do que fazer realmente para resolver essa situação.

Agora nesse momento, estou indo para a faculdade no meu famoso estilo que se resume a calça jeans, camiseta e tênis; o que irrita e muito a minha família, em específico minha meia-irmã Juvia que diz ser um desperdício eu ter um corpo tão lindo e não usar as roupas certas para valoriza-lo. No entanto isso tem motivo e me lembrar dele é a última coisa que quero fazer, mas acho melhor eu me apresentar direito.

Meu nome é Lucy Hearthilia, tenho 24 anos, olhos castanhos, cabelo loiro que vai até a cintura e um corpo escultural assim como minha mãe a qual não me dou mais tão bem devido a algumas intrigas, um padrasto chamado Metalicana, um homem sério e em geral de poucas palavras, mas apesar de tudo é um bom homem e por último vem a filha dele, Juvia Lockser a qual me deixa maluca já que sempre se envolve em problemas e como não consigo ver ninguém sofrer sem tentar ajudar, acabo me ferrando junto dela.

Finalmente chego na faculdade, passando pelo portão de entrada, logo avistando a enorme construção que sempre me dava a sensação de ser pequena demais para algo assim, afinal como aprendi quando pequena “um é tudo e tudo é um”, em resumo as coisas vão funcionar normalmente com ou sem nós, então que seja.

Entrei no local, indo até a biblioteca, afinal de contas precisava pegar alguns livros para usar na aula da professora Aries que por sinal é a minha favorita. Feito o que tinha de fazer, me encaminhei para a sala, querendo aproveitar para dar uma olhada no material, só tinha um problema, eram livros demais e mal equilibrados.

O resultado foi que um ser saído sabe-se lá de onde veio e esbarro em mim, então tudo foi ao chão, incluindo eu, assim como nas torres-gêmeas. Levantei a cabeça e olhei para a criatura que me havia auxiliado meu lado estabanado a cair, vendo a última pessoa que desejava esbarrar, Natsu Dragneel:

- Tudo bem? – pergunta, estendendo a mão com um sorriso meio debochado no rosto, o que me irritava profundamente e ele sabia disso.

Natsu era o tipo de cara que você não tem ideia de como entrou para a faculdade ou como se mantém nela, já que pouco se importa com provas e outras coisas em geral que tenham haver com o colégio, passando a maior parte do tempo jogando basquete com o time da faculdade, bebendo e saindo com uma garota diferente a cada dia, ou seja, eu o odiava:

- Claro e por que não estaria? – pergunto, pegando os livros.

- Porque você ainda está no chão – responde dando uma risadinha – quer ajuda?

- De você? Eu dispenso – falo, me concentrando em arrumar as minhas folhas de anotação no processo.

- Não seja assim loirinha – diz, se agachando e me ajudando com os livros – eu só estou te ajudando – fala, pegando os livros de mim e saindo pelo corredor.

- O que pensa que está fazendo? – pergunto, o vendo se virar na minha direção.

- Ué! Você não está conseguindo levar tudo isso, só vou te dar uma mãozinha – diz voltando a olhar para frente, apenas dando uma pequena olhada por cima do ombro, colocando aquele sorriso idiota no rosto – e não se preocupe, não tem que me dar nada em troca, mas se quiser eu não vou reclamar – fala, piscando o olho – você vem?

Dito isso, não tive escolha a não aceitar a “ajuda” daquele imbecil.    

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