Dúvida

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[Pov’s Lucy]

Tínhamos acabado de chegar na frente do meu apartamento, isso é claro, depois da Juvia dar o endereço, afinal depois de tudo o que aconteceu, eu estava confusa e sem a mínima vontade de falar com alguém. Naquele momento, tudo o que eu precisava, era pensar:

- Chegamos Lucy – o Natsu fala, tocando meu braço, me fazendo dar um pequeno pulo, ao me dar conta de que estávamos apenas nós dois no carro.

- Aonde elas....

- Subiram, eu pedi que elas fossem na frente porque queria falar com você – o rosado diz, se endireitando no banco e olhando para frente.

- O que foi? – pergunto, estranhando sua atitude.

- Eu queria te pedir uma ajuda, por assim dizer – fala e eu decido apenas ouvir – amanhã vai haver uma festa na minha casa e não, é algo mais formal eu diria, nada como a de hoje – diz, me tranquilizando um pouco – e quero que você vá comigo.

- O que!? – acho que devo ter gritado, já que o mesmo faz uma pequena careta.

- Calma, não é o fim do mundo, pense nisso como um favor entre amigos – diz, sorrindo.

- E por que não chama a Cana? – pergunto, já que a morena sabia lidar e conhecia melhor aquelas pessoas do que eu.

- Bom, eu tinha, só que se você considerar tudo que ela bebeu enquanto estávamos lá e o que ainda vai beber, imagino que tudo o que ela deseje amanhã seja dormir – explica, o que acredito não ser mentira, afinal cada hora que eu olhava para a morena, via a mesma com um tipo de bebida alcoólica na mão diferente.

- E por que raios eu te ajudaria?

- Porque a senhorita me deve – diz, chegando um pouco mais perto de mim.

- Não devo não!

- Sério que não? A senhorita tirou a minha pureza hoje com aqueles beijos – fala e coro dos pés à cabeça.

- E-Eu... você também me beijou, então estamos quites – digo, embora nem eu acredite nisso.

Se tem uma coisa que me convenci no caminho foi que eu o beijei porque quis, embora eu só fosse admitir isso para mim mesma. Se bem que se eu pensar por um lado, não seria tão ruim, a primeira parte do trabalho já estava concluída e naquela noite, pouco antes de sair para a festa com as meninas, fiquei sabendo que tinha passado para a segunda fase.

Além de que a última fase seria depois do jogo principal dos meninos, o que não demoraria muito para acontecer, se eu pensasse direito. Indo nesse evento, ou sei lá o que, posso conseguir informações para complementar o trabalho, deixando tudo mais fácil e sendo uma oportunidade de ouro, acho que não devo nega-la.

E também, de certa forma, eu devia isso à ele por ter me defendido hoje mais cedo.

E não! O Natsu não tem nada a ver com minha decisão, quer dizer, não estou considerando também que ele deve ter um ótimo motivo para me chamar, ou então que isso pode significar que ele sente algo por mim, mais do que deixa transparecer, entre tantos outros pensamentos românticos da minha eu de 10 anos atrás que ainda acreditava em contos de fadas:

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