Hospital

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[Pov’s Lucy]

Socorrista: Quem irá acompanhar a paciente na ambulância?

O socorrista perguntou me tirando do caos mental no qual eu me encontrava.

Juvia: Eu vou! Você virá ao hospital também não é Lucy e vai avisar a Mira.
Lucy: Sim, Sim, não se preocupe estarei logo atrás de você.

Juvia entrou na ambulância e logo partiram.

Laxus: Vamos Lu, eu estou de carro levo você até lá.

Eu estava prestes a dar um passo na direção dele quando o braço do Natsu me impediu.

Natsu: Não é necessário, eu mesmo a levarei.


Laxus: Eu faço questão, afinal foi eu quem pediu o socorro pra garota, gostaria de ter certeza de que ela estará bem. Cheguei a cidade a pouco tempo ainda não estou familiarizado com a localização do hospital, É também podemos aproveitar o caminho pra conversar a Lucy e eu temos alguns assuntos pendentes.

Natsu: Não vai acontecer. Se quer tanto ir ao hospital pra saber da minha prima Lisanna pode seguir o meu carro, a Lucy vai comigo.

O Natsu deu a volta e praticamente me arrastou até o carro dele sem me deixar nenhuma escolha e sem esperar por nenhuma resposta do Laxus.
Rapidamente eu liguei pra Mira contando o que estava acontecendo e pra que hospital a Lisanna estava sendo levada.
Mal tive tempo de concluir a chamada quando o Natsu me questionou.

Natsu: Quem é aquele cara?
Lucy: O Laxus.
Natsu: Poderia ser mais específica?

Lucy: É uma longa história.

Natsu: Me faça um resumo, de preferência começando pelo motivo dele se apresentar na sua porta como seu namorado.

Lucy: Nós namoramos a alguns anos atrás.
Natsu: Terminaram e ele se recusa a aceitar?
Lucy: Não exatamente.
Natsu: Ainda estão juntos?

Lucy: Não! Eu não vejo ou falo com o Laxus a anos! Minha mãe não aprovava meu relacionamento com ele, por ele ser bem mais velho que eu e dono de um bar que não era exatamente bem visto na nossa cidade, e quando meu pai faleceu ela não pensou duas vezes em nos afastar fazendo com que mudássemos de cidade, ela nunca me deu uma chance de provar que no fundo ele era uma pessoa boa. Nem mesmo pude me despedir dele, imagine só terminar nosso relacionamento como se deve.

Natsu: E agora do nada esse cara aparece na sua porta. Com que intenção?

Lucy: E como diabos você quer que eu saiba? Ainda estou em choque por ter reencontrado ele depois de todo esse tempo.

Ele estacionou o carro em frente ao hospital e me olhou diretamente nos olhos.

Natsu: Ele é importante pra você? Ainda está apaixonada por ele?

Lucy: Ele foi o primeiro amor da minha vida, eu era jovem e impressionável e ele, bem, ele era tudo o que uma garota desesperada por liberdade poderia desejar: Bonito, mais velho, autossuficiente... – Eu inclinei um pouco a minha cabeça e permiti por alguns segundos que meus pensando se perdessem naquela época.

Natsu: Ainda está apaixonada por ele? – Ele perguntou de novo com a voz fraca.

Lucy: Não, acredito que eu estive por algum tempo, pelo menos no início, mas agora... – Eu neguei com a cabeça. - Eu vejo que não teríamos dado certo de qualquer forma, eu insistia não porque eu desejasse estar ao lado dele e sim porque minha mãe não desejava que eu estivesse, entende?

Natsu: Mas ele ainda a quer. – Eu fiz uma careta. – Ele não teria se dado ao trabalho de vir até aqui e se apresentado como seu namorado se não quisesse. – Eu dei de ombros.

Lucy: Temos assuntos inacabados, talvez ele também precise esclarecer as coisas depois de tudo.

Ele assentiu.

Natsu: Você é uma garota muito difícil Lucy Hearthilia, se me lembro bem no início dessa mesma noite você não tinha nenhum namorado e agora aparentemente tem dois disputando sua atenção.

***

Natsu: Aqui – o Natsu diz, estendendo uma garrafa de água para a Juvia.

Juvia: Obrigada – Ela agradece, tomando a bebida para tentar se acalmar um pouco.

Estávamos na sala de espera do hospital esperando notícias da Lis a alguns minutos.
A azulada que estava ao meu lado, sendo abraçada por mim, permanecia de cabeça abaixa. Na verdade, eu sabia que a Juvia se sentia culpada por toda a situação, mesmo que eu já tivesse dito milhares de vezes que não havia motivos pra isso.

Suspiro, pensando em como a minha vida se transformou em uma grande bola de neve em apenas algumas semanas, e como tudo havia saído totalmente fora do meu controle em todos os setores possíveis da minha vida:

Natsu: Tá tudo bem, Luce? – o rosado questiona, preocupado.
Lucy: Sim, é só que tudo isso... – Eu não sabia como definir, angustiante? Cansativo? Amedrontador?

Natsu: É, eu sei – Ele fala, colocando uma mecha atrás da minha orelha. – Vai ficar tudo bem. – Diz, segurando a minha mão, e eu realmente acreditei nele, era reconfortante saber que ele estava ali comigo.

Lucy: Obrigada. – falo, embora tenha a certeza de que a palavra não tinha a totalidade do quanto eu era grata a ele, o que o fez dar um leve sorriso.

Deitei a minha cabeça no ombro dele, e sem querer meus olhos encontraram o do loiro, confortavelmente recostado na parede a minha frente, ainda não tivemos nenhuma chance de conversar e eu não tinha cabeça pra isso agora, pelo menos não enquanto não soubermos exatamente qual a situação da Lisanna.

Mira: Cadê a minha irmã? – a Mira chega, perguntando aflita pela mais nova, me fazendo dar um pulo da cadeira, encontrando com ela no meio do corredor.

Lucy: Ainda não nos deram notícias, mas logo vão. – Falo, tentando acalmá-la, mesmo sabendo que se eu estivesse no lugar dela, estaria igualmente preocupada. – Isso deve ser um bom sinal, sabe, aquela coisa de notícia ruim chega rápido.

Mira: Ah Lucy – ela diz, antes de começar a chorar, me fazendo abraça-la apertado. – Ela nunca ficou internada antes, nem sequer uma vez.

Lucy: Me desculpa minha amiga. – Peço, me sentindo culpada – Se eu não tivesse saído, talvez... não sei eu poderia ter evitado que isso acontecesse, ela estava sob a responsabilidade afinal de contas.

Mira: Não Lucy, para com isso! – diz, segurando meus ombros, me fazendo olha-la nos olhos – a Lis não andava bem há um tempo, isso poderia ocorrer a qualquer momento e outra, ainda bem que ela estava na casa de vocês com a Juvia pra lhe fazer companhia, já que em circunstâncias normais a uma hora dessas ela estaria sozinha em casa eu só chegaria da lanchonete muito mais tarde e aí não teria ninguém para socorrê-la, por isso eu tenho mais é que agradecer a vocês duas. – fala, olhando de mim para a azulada, que se encolhe toda no banco.

Juvia: Mira, eu não consegui fazer nada, eu paralisei no lugar, não sabia o que fazer, se o Laxus não tivesse aparecido naquele momento e pedido ajuda... – Ela soluçou chorando e o Natsu a confortou.

Mira: Laxus? - Ela então pela primeira vez olhou na direção do loiro que até esse momento observava a cena toda em silencio e se aproximou dele. – Nunca serei capaz de lhe agradecer o suficiente, Lisanna é a minha única irmãzinha e eu não sei o que seria de mim se algo de mal acontecer a ela. – O Laxus corou um pouco.

Laxus: Não fiz nada de mais, foi apenas um golpe de sorte eu estar no lugar certo e na hora certa.

Médico: Família da senhorita Lisanna Strauss? – um senhor todo vestido de branco chegou lendo o nome em uma prancheta.

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