Cap-37

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— Klaus, eu tive um sonho bem estranho, mas um estranho bom — falo, ainda abraçada a ele.

— Que sonho, amor? — pergunta ele, curioso.

— Estava você com duas crianças, um garotinho e uma garotinha ruiva. Vocês estavam pintando juntos e as crianças te chamavam de pai — conto, sorrindo.

— Duas crianças? — ele pergunta, visivelmente confuso.

— Pois é, eu também não entendi muito bem. Mas, afinal, é só um sonho — digo, saindo do abraço, mas ainda com um sorriso no rosto. — Mas foi um sonho incrível.

— Olha, amor, se você gostou tanto de ver duas crianças, podemos considerar ter outra em breve — diz Klaus, olhando para mim com um sorriso de lado.

— Klaus, você já está pensando em ter outra filha? — pergunto, rindo.

— Amor, é uma possibilidade — ele diz, dando de ombros.

— Tá, agora vamos dormir, vem — falo, me deitando novamente.

— Nenhum beijo de boa noite? — pergunta ele, me olhando.

— Tudo bem, só um — digo, me aproximando para selar nossos lábios. — Agora, vamos dormir.

.×.×.×.×.×.

Já era manhã, e eu ainda não conseguia tirar o sonho da cabeça. Estava escrevendo uma carta para minha princesinha quando percebo que Klaus está encostado na porta, me fazendo perder a concentração.

— Escrevendo uma carta de amor? Não me diga que é para mim. Não sabia que você era tão romântica, querida — diz ele, com um sorriso convencido e um tom de humor na voz.

— E o prêmio de maior ego vai para... — digo, fazendo-o rir.

— Ah, amor, convenhamos, se é uma carta de amor, é óbvio que é para mim — diz ele, ainda convencido.

— Claro, amor, claro que é para você — falo com sarcasmo.

— Tudo bem, tudo bem, vou sair e deixar você com sua carta misteriosa — diz ele, dando uma risada e saindo.

Volto a me concentrar na carta:

Querida Zoe, Angela ou Katherine, para minha garotinha,

Seu pai acabou de perguntar se isso era uma carta de amor. Acho que, de certo modo, é. Hoje eu tive um sonho muito bom, mas ao mesmo tempo um pouco estranho. Nele, eu tinha duas crianças, você e um outro garotinho lindo. Agora fico pensando se talvez você não esteja vindo sozinha. Mas é um sonho, afinal de contas.

Estou te escrevendo para dizer o quanto estou feliz neste momento e o quanto eu e seu pai estamos ansiosos para sua chegada. Também quero te fazer uma promessa: três coisas que eu nunca tive — um lar seguro, alguém para dizer que te ama todos os dias, e alguém para lutar por você — em outras palavras, uma família.

Eu te amo.

Sua mãe...

— Está escrevendo uma carta? — pergunta Hayley, entrando e me olhando.

— Estou — respondo, sorrindo. Ela me observa curiosa.

— Você está diferente, com um brilho a mais nos olhos — diz ela, indo se sentar.

— Culpe o Klaus e o sonho — afirmo, com um sorriso. Ela parece ainda mais curiosa. — Eu falei que amava ele — digo, e ela arregala os olhos.

— Até que enfim, né? — fala, surpresa. — E ele?

— Ele disse que também me ama — respondo, com um sorriso.

— Quem diria, Klaus Mikaelson todo apaixonado — diz ela, rindo.

— Bom, eu tenho meu charme — digo, convencida.

— E o sonho? — pergunta.

— Sonhei que tinha duas crianças . Uma menina e um menino, estavam pintando — conto, e ela me olha surpresa. — Mas é só um sonho.

.×.×.×.×.×.

— Sabe, estou ansiosa para hoje — diz Hayley.

— Hoje é lua cheia, né? — pergunto.

— Isso, ou seja, hoje eles se livram da maldição — diz ela, com um sorriso. Eu devolvo o sorriso.

Espero que dê tudo certo.

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐄𝐄𝐍, reescritaOnde histórias criam vida. Descubra agora