Cap-4

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Hilary caminhou pelos corredores da mansão dos Mikaelson, ainda tentando se acostumar com a ideia de estar ali, sob o teto dos vampiros mais antigos e poderosos que já existiram. O lugar exalava história e intriga, cada móvel antigo e cada sombra nos cantos pareciam sussurrar segredos.

Elijah a seguia de perto, seu olhar sempre atento e cuidadoso, como se quisesse garantir que ela estivesse segura em cada passo. Klaus, por outro lado, permanecia na sala principal, provavelmente orquestrando seus planos maquiavélicos ou simplesmente se divertindo com sua própria presença.

Finalmente, Hilary parou em uma janela que dava para o jardim dos fundos, onde a lua brilhava entre as copas das árvores. Ela se virou para Elijah, com uma expressão mista de resignação e determinação.

— Não posso acreditar que estou presa aqui. Isso não era parte do meu plano de vida.

Elijah sorriu gentilmente, como se entendesse o conflito interno dela.

— Às vezes, a vida nos reserva caminhos inesperados. Mas estamos fazendo o melhor para proteger você e o bebê.

Hilary suspirou, olhando para baixo por um momento antes de encontrar os olhos de Elijah novamente.

— Eu sei. É só... difícil aceitar tudo isso de uma vez.

Enquanto conversavam, Klaus surgiu na porta, seus passos silenciosos ecoando no chão de madeira antiga. Ele cruzou os braços, seu olhar fixo em Hilary com uma intensidade que poderia ser desconcertante se ela não estivesse acostumada com seu jogo de olhares desafiadores.

— Não precisa ser tão difícil, querida. Afinal, não é todo dia que alguém tem a honra de morar sob o teto dos Mikaelson — ele disse, com um tom de voz que misturava sarcasmo e arrogância.

Hilary bufou, sua paciência começando a se esgotar.

— Honra? Eu chamaria isso mais de uma complicação inesperada na minha vida.

Elijah interveio antes que a troca de palavras se transformasse em algo mais inflamado.

— Klaus, Hilary está certa em se sentir assim. Nós não podemos esperar que ela se adapte da noite para o dia.

Klaus ergueu uma sobrancelha, como se considerasse essa afirmação por um momento antes de assentir.

— Muito bem, então. Talvez seja hora de você se familiarizar um pouco mais com nosso mundo, Hilary. Afinal, você estará aqui por um tempo.

Hilary o encarou desconfiada, mas curiosa ao mesmo tempo

— E o que você sugere? Outra aula de história familiar Mikaelson?— Perguntou com sarcasmo eminente em sua voz.

Klaus sorriu de lado, mas desta vez parecia mais genuíno

— Algo assim. Mas primeiro, vamos garantir que você entenda as regras básicas de convivência. Não se preocupe, não mordo... não a menos que você peça.

Hilary revirou os olhos, mas seu leve sorriso mostrava que talvez, apenas talvez, ela estivesse começando a se acostumar com a ideia de viver entre os vampiros originais.

— Deixa eu ver se eu sei qual são essa suas "regras "— Hilary começa falando— Primeira: " Não saia em hipótese alguma" é,  eu sei — Hilary afirmou enquanto dava um chute que seria isso que Klaus diria.

E ela já não suportava isso.

Elijah, sempre impecável em seu traje formal, aproximou-se dela com uma serenidade que contrastava com a tensão no ar.

— Hilary, entenda que estamos fazendo isso para proteger você e o bebê. É o único lugar onde podemos garantir sua segurança.

Hilary assentiu, embora relutante. Ela sabia que não havia outra escolha, não quando estava carregando uma criança que representava tanto poder e perigo ao mesmo tempo.

Klaus pegou uma taça de vinho e caminhou até Hilary com um sorriso malicioso nos lábios.

— Você não conseguiu fugir de mim, querida, — disse Klaus, provocando-a com um leve tom de sarcasmo. — Parece que estamos destinados a passar um tempo juntos.

Hilary ergueu uma sobrancelha, não se deixando intimidar pela atitude desafiadora de Klaus.

— Isso não significa que tenho que gostar disso, — ela respondeu com firmeza.

Elijah interveio antes que a troca de palavras pudesse esquentar ainda mais.

— Por favor, entendam que estamos todos tentando navegar por circunstâncias incomuns. Precisamos de cooperação mútua para garantir que todos saiamos disso intactos.

Hilary sentiu um arrepio ao ouvir as palavras de Elijah. Ela sabia que estava entrando em um mundo de intrigas e perigos que ultrapassavam sua compreensão.

— O que você quer que eu faça? — perguntou ela, sentindo-se pequena diante dos Mikaelson e de tudo o que representavam.

Klaus se aproximou dela, colocando uma mão sobre seu ombro com um gesto surpreendentemente reconfortante.

— Primeiro, você precisa descansar— disse ele, seu tom mais suave do que antes. — Está passando por muita coisa.

Hilary relutantemente concordou. Ela estava exausta, física e emocionalmente, e uma parte dela ansiava pela oportunidade de descansar, mesmo que fosse por um breve momento.

Elijah indicou o caminho para os aposentos de Hilary na mansão, guiando-a com uma gentileza que contrastava com a aura intimidadora dos Mikaelson.

— Fique à vontade aqui, — disse Elijah enquanto Hilary se instalava em um quarto ricamente decorado. — Não hesite em chamar se precisar de algo.

Hilary assentiu, agradecendo silenciosamente antes que Elijah se retirasse, deixando-a sozinha com seus pensamentos tumultuados.

Enquanto se deitava na cama macia, Hilary pensou no que estava por vir. Ela sabia que a vida que conhecera até aquele momento havia acabado. Agora, ela estava envolvida em um jogo perigoso, onde cada movimento era crucial.

— Eu não sei se estou pronta para isso— murmurou ela para si mesma, fechando os olhos para tentar encontrar um pouco de paz em meio ao caos.

No entanto, algo dentro dela sabia que não havia retorno. Ela tinha que enfrentar seu destino, não apenas por ela mesma, mas pelo bebê que crescia dentro dela. E assim, Hilary Marshall adormeceu, enquanto o mundo sobrenatural de Nova Orleans continuava a girar ao seu redor, esperando para revelar seus segredos e desafios que mudariam tudo.

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐄𝐄𝐍, reescritaOnde histórias criam vida. Descubra agora