Cap-42

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Assim que Klaus chegou à igreja, o cenário que encontrou era desolador. Hilary estava deitada sobre um altar improvisado, cercada por uma aura de desesperança e dor. Sua expressão, apesar da situação, tinha um leve sorriso de esperança ao vê-lo. A visão de Klaus, com seu olhar furioso e determinado, trouxe um fio de alívio para ela, como se a presença dele pudesse reverter o caos ao seu redor.

Klaus, consumido pela fúria, entrou na igreja com a raiva estampada em seu rosto. O ambiente estava impregnado com o cheiro de magia negra e sangue. Ele se lançou contra um dos homens que bloqueavam seu caminho, matando-o instantaneamente com um golpe preciso. Mas, antes que pudesse avançar, três bruxas conjuraram uma magia poderosa que o prendeu contra a parede. Ele lutava contra as correntes invisíveis, seus músculos tensos e seu olhar fixo em Hilary.

Geneviève, com uma frieza calculada, observava a cena com um olhar triunfante. — Vamos começar — anunciou, e suas palavras pareciam ecoar nas paredes da igreja. O que se seguiu foi um novo ataque de dor para Hilary. Ela sentiu uma contração forte e desesperadora, um grito involuntário escapando de seus lábios.

— Não, não — ela implorava, tentando se acalmar, mas a dor era avassaladora. Uma das bruxas se aproximou, instruindo-a para fazer força. — Um bebê está chegando, vamos lá, Hilary, faça força — a bruxa ordenou.

Hilary estava em um estado de desespero, seu corpo arqueando com as contrações. Cada grito de dor era uma mistura de agonia e medo, uma sensação esmagadora de que tudo estava se perdendo. Finalmente, o choro de um dos bebês encheu a sala, quebrando a tensão no ar.

— Parecem com vocês — disse Geneviève com um sorriso cínico, observando a gêmea recém-nascida.

— É óbvio, sua vadia. Iria parecer com quem? — retrucou Hilary com um tom de desprezo, mas logo uma nova contração tomou conta dela.

— AHHHHHH! — gritou Hilary, a dor agora mais intensa.

Geneviève, indiferente, continuou a pressionar. — Falta pouco, faça mais força — ela incentivou, enquanto observava com um sorriso cruel.

— Como se você soubesse o que é fácil... AHHHHHH! — Hilary chorava, e o choro do segundo bebê encheu a igreja.

Geneviève parecia satisfeita com a cena. — Vocês realmente têm belos filhos — disse, com um sorriso cínico.

Klaus, completamente furioso, sentiu uma onda de pânico ao ver Hilary lutando pela vida e pelos seus filhos. — EU VOU MATAR CADA UMA DE VOCÊS! — gritou Klaus, sua voz carregada de uma fúria indescritível.

Geneviève olhou para ele com desdém. — Dai de cima? Eu duvido! Temos que começar o sacrifício — ela ordenou, pegando os dois bebês.

Com um esforço visível, Hilary pediu, quase implorando. — Por favor, deixe-me pegá-los?

Geneviève hesitou por um momento, mas finalmente entregou as bebês a Hilary. O toque dos filhos no colo de Hilary trouxe uma onda de sentimentos profundos e indescritíveis. Era uma sensação única, um sentimento de amor e conexão que ultrapassava qualquer dor física. Os gêmeos eram reais, não apenas uma visão ou um sonho, e isso trouxe um alívio momentâneo para Hilary.

Ela girou levemente para que Klaus pudesse ver os filhos. O olhar dele, encantado e maravilhado, refletia um brilho de amor e admiração. Um dos bebês parecia ter traços semelhantes aos de Klaus, enquanto a outra se parecia claramente com Hilary. Klaus estava prestes a sorrir, a emoção visível em seu rosto, quando a cena mudou abruptamente.

Geneviève, com uma rapidez cruel, tirou as bebês dos braços de Hilary. Uma outra bruxa se aproximou e, com um movimento decisivo, cortou o pescoço de Hilary. O sangue jorrou, e a vida dela começou a se esvair. Klaus arregalou os olhos em choque, as lágrimas começando a se formar em seus olhos.

— NÃO! — ele gritou, a dor e o desespero em sua voz. — Hilary, não, não — murmurou, quase em um sussurro, enquanto observava o sangue escorrendo do pescoço dela.

Geneviève, sem piedade, deu uma nova ordem. — Quebra o pescoço dele — ela disse a uma das bruxas.

A igreja estava agora mergulhada em um caos sinistro, e Klaus, com um grito de desespero e impotência, assistia a cena se desenrolar. O sacrifício tinha começado, e a luta de Hilary para proteger seus filhos parecia estar perdida.

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐄𝐄𝐍, reescritaOnde histórias criam vida. Descubra agora