Cap-6

14.6K 1.1K 349
                                    

— Ei, Hilary, você vai me ajudar a encontrar Elijah. Vamos, temos que procurar em cada canto dessa casa — disse Rebekah, seu olhar determinado enquanto guiava Hilary pela mansão.

Seguiram por corredores imponentes e salas amplas até chegarem a uma área que parecia mais um depósito do que uma parte habitável da casa. A atmosfera era sombria, e o cheiro de madeira antiga dominava o ambiente.

— Caixões? — perguntou Hilary, surpresa ao ver a sala cheia de grandes caixões alinhados contra as paredes.

— Klaus tem um caixão para cada um de nós — explicou Rebekah com um tom de resignação. — Não podemos morrer, mas essas adagas fazem com que fiquemos em um estado de "sono profundo" até que ele decida nos acordar. Esse aqui é o meu — disse, apontando para um caixão com uma decoração meticulosamente trabalhada.

Hilary olhou para os caixões ao redor, sentindo um desconforto crescente ao ver o espaço sombrio e sepulcral.

— Bizarro — afirmou, a expressão mostrando claramente seu desconforto.

— O de Elijah não está aqui, então Klaus deve ter levado para algum outro lugar — disse Rebekah, com uma expressão de frustração.

— Eu já disse que seu irmão é louco? — questionou Hilary, levantando uma sobrancelha.

— Já — respondeu Rebekah com um sorriso irônico. — Bem-vinda à família, querida. Devia ter fugido quando viu que Elijah não estava.

— É verdade — admitiu Hilary, embora a preocupação fosse evidente em sua voz. — Mas, apesar de tudo, ele é o pai do bebê, e não posso simplesmente ir embora.

Rebekah a olhou com curiosidade.

— O que você tem com meu irmão? — perguntou, misturando curiosidade e suspeita.

— Eu? Nada! Só estou grávida dele, apenas isso — disse Hilary, dando de ombros com um tom casual.

— Acha que eu não percebi aquela cena na sala? — Rebekah comentou com um sorriso, se referindo a Klaus a seguindo para todo lugar,

— Oh, meu bem, eu não sei de nada. Ele deve ter bebido algum tipo de sangue dopado, só pode — respondeu Hilary, tentando manter o tom leve.

— Você é engraçada — afirmou Rebekah, seu sorriso se alargando.

— Temos que levar a vida com humor, não é? — perguntou Hilary, tentando suavizar a tensão.

— Acho que sim — respondeu Rebekah com um sorriso sincero.

——

Mais tarde, de volta ao quarto de Hilary, ela estava aguardando sua irmã, ansiosa para conversar sobre o que havia acontecido. A atmosfera estava tensa, e Hilary precisava de um momento para organizar seus pensamentos.

Foi então que Klaus entrou sem cerimônia, um sorriso sardônico no rosto.

— Meu amor, caso você não saiba, existe um termo chamado privacidade, conhece? — perguntou Hilary com deboche, tentando manter o clima leve.

Klaus riu, um som que misturava diversão e irritação.

— Amor, você é tão engraçada — respondeu ele com sarcasmo.

— Eu sei, querido — falou Hilary, se levantando. — Mas agora, o que você quer? Estava prestes a tomar um banho, então fale logo.

Klaus se aproximou, seu olhar fixo em Hilary com uma curiosidade intensa.

— Então, por que você fugiu de mim em Mystic Falls? — perguntou ele, o tom desafiador, parecia que essa duvida por bastante dias.

Hilary hesitou, lutando para encontrar as palavras certas. Por um momento, tentou evitar o olhar penetrante de Klaus, mas ele não se desviou.

— Eu não queria falar sobre isso — confessou, finalmente. — Mas, se é isso que você quer... Eu fiquei assustada. A conexão que tivemos, a forma como senti, foi intensa demais para mim.

Klaus ficou em silêncio por um momento, claramente surpreso pela resposta dela. Embora seu rosto mostrasse surpresa, ele não verbalizou seus próprios sentimentos.

— A conexão... O que você quer dizer com isso? — questionou ele, quase para si mesmo.

— A ligação entre nós... A forma como senti as emoções, como se estivéssemos conectados em um nível profundo — explicou Hilary. — E a parte lobo de mim... Isso complicou ainda mais. Eu não sabia como lidar com isso, então... eu simplesmente fugi.

Klaus ouviu em silêncio, sua expressão focada enquanto tentava entender. Ele percebeu o peso das palavras de Hilary, mas decidiu não comentar sobre seus próprios sentimentos.

— Então, você fugiu por causa dessa ligação — repetiu ele, quase para si mesmo.

Hilary suspirou, sentindo a tensão na sala. Ela esperava mais compreensão, mas o silêncio de Klaus indicava uma barreira invisível entre eles.

— Eu não sabia o que estava acontecendo e precisava de tempo para entender — disse Hilary, com um tom de resignação.

Klaus, sem admitir seus próprios sentimentos, simplesmente assentiu.

— Eu entendo que tenha sido intenso — respondeu ele, a voz mais suave.

Hilary olhou para ele, uma expressão de incerteza no rosto.

Klaus permaneceu em silêncio, seus pensamentos se voltando para a própria luta interna. Ele estava começando a entender a profundidade da conexão que sentira, mas não estava preparado para admitir isso em voz alta.
Ele de forma alguma iria confessar que também sentiu essa ligação.

— Talvez o que importa agora é como lidamos com o presente — sugeriu ele. —

Hilary, sentindo a complexidade da situação, sabia que enfrentar isso juntos era um desafio que ambos teriam que aceitar. Porém, ela sentiu um leve toque de tristeza por ser a única que sentiu a ligação, e com o fato de Klaus querer esquecer isso.

— Você tem razão — concordou, finalmente.

Klaus deu um leve sorriso, um sorriso que parecia carregar um desconforto, no fundo ele jamais queria esquecer isso, porém seu orgulho era muito maior.

Após isso, Klaus saiu do quarto, deixando Hilary sozinha.

Depois que Klaus saiu do quarto, Hilary ficou sozinha com seus pensamentos. A conversa havia revelado muitas coisas, e, apesar das palavras de Klaus, ela não podia ignorar o fato de que se sentia sozinha em sua percepção da ligação entre eles.

Sentada na beira da cama, Hilary refletiu sobre o que havia acontecido. A insatisfação tomou conta dela, e, enquanto observava a porta fechada, fez uma promessa silenciosa a si mesma.

— Não vou me deixar levar por isso — murmurou para si mesma, com determinação. — Vou focar no que é melhor para mim e para o bebê. Não vou me envolver em um romance com Klaus, não importa o quanto isso pareça tentador.

A noite continuou a se desenrolar em silêncio, e Hilary se preparou para enfrentar o que viria com uma nova determinação e uma resolução firme de não deixar seus sentimentos confusos interferirem em suas decisões futuras.

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐄𝐄𝐍, reescritaOnde histórias criam vida. Descubra agora