Capítulo 90: Quinto ano: NOMs

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When I see you walking down the street. Quando eu vejo você andando pela rua.

I step on your hands and I mangle your feet. Eu piso nas suas mãos e destroço seus pés.

You're not the kinda person that I even wanna meet. Você não é o tipo de pessoa que eu gostaria de encontrar.

Oh baby, you're so vicious! Oh, querida, você é tão cruel!

- 'Vicious', Lou Reed.

Quinta-feira, 3 de junho de 1976

Os NOMs eram tão assustadores e satisfatórios quanto Remus previra. Ele tentou fingir que não eram diferentes dos exames habituais de fim de ano, mas isso era quase impossível quando todo mundo parecia ter perdido a cabeça. James se tornara um verdadeiro recluso, enfurnado na biblioteca ou atrás das cortinas da cama, memorizando obsessivamente fatos e datas que passara o resto do ano ignorando. Peter ocasionalmente ficava muito pálido e encarava, trêmulo, o nada. Marlene começou a emboscar Remus em vários intervalos ao longo do dia, exigindo que ele a questionasse sobre isso ou aquilo.

Apenas Sirius parecia calmo, o que era típico. Quando até mesmo James o ignorou, ele se entretinha distraindo Mary. O que tinha o benefício adicional de distrair Remus, o que era horrível, mas tolerável.

"Vão encontrar um armário de vassouras como todo mundo!" Marlene gritou, à beira da histeria, jogando uma pantufa no casal. Eles estavam emaranhados juntos no sofá em frente à lareira.

"Mas não há para onde ir, sabe" Mary desabafou para Remus na biblioteca, um dia antes do início dos NOMs. "Sirius não me deixa entrar no dormitório, e os meninos não podem entrar no nosso ... e não me atrevo a ser pega em armário algum, não nesse castelo cheio de aspirantes a Comensais da Morte."

"O que?" Remus finalmente prestou atenção, "Alguém tentou machucar você, Mary?"

"Ah, o tempo todo", ela deu de ombros, com um sorriso cansado, "Já estou acostumada. Pelo menos ser a única criança negra na minha escola primária me preparou para alguma coisa."

"Isso é horrível, Mary, sinto muito." Remus deu um aperto na mão dela, sentindo-se genuinamente terrível. Mary era uma garota muito forte, ele sabia - você conseguia se safar de falar quase qualquer coisa perto dela, talvez ficasse emburrada por um tempo, mas te perdoaria logo em seguida. Mas ainda assim; aquilo era algo totalmente diferente e, obviamente, a estava afetando.

"Você é tão doce, Remus," ela sorriu gentilmente, apertando sua mão de volta. "Mas não se preocupe comigo. Eu tenho Sirius."

"Mhm." Remus soltou a mão da menina, voltando aos deveres antes de perguntar casualmente: "O que ele diz sobre isso?"

"Ah, você sabe, que ele vai me defender até a morte, que nada que eles façam vai ficar entre nós, esse tipo de coisa... para ser honesta, eu acho que ele tem um complexo de cavalheiro, quer ser o príncipe que vai me resgatar."

"Bem." Remus fechou seu livro e olhou para ela, "Você não é nenhuma donzela em perigo."

O rosto de Mary se abriu em um sorriso adorável. Ela realmente era muito bonita.

"Valeu, Remus, sabia que poderia contar com você para apoiar o argumento da liberdade das mulheres. Certo, podemos revisar a prova de Defesa Contra as Artes das Trevas novamente? O Professor Droskie deu a entender que teria algo ver com lobisomens ou vampiros ... "

Remus nunca soube se fora o aumento dos ataques a nascidos trouxas - e, portanto, a Mary - que causou o incidente ocorrido após o exame escrito de Defesa contra a Arte das Trevas. Ele se deleitou, uma ou duas vezes, na possibilidade de que tivera algo a ver com a perseguição incansável de Severus por Remus, mesmo que Sirius tivesse prometido não retaliar. Gostava de imaginar que, James e Sirius agiram numa espécie de indignação justa, na tentativa de provar que haviam escolhido um lado.

All The Young Dudes [Livros 1 e 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora