Capítulo 123.2: Compilados de Natal

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Peter - O Guardião

My perfect cousin. Meu primo perfeito.

What I like to do he doesn't. O que eu gosto de fazer, ele não gosta.

He's his family's pride and joy, Ele é o orgulho e a alegria da família,

His mother's little golden boy. O garoto de ouro da mamãe.

- 'My perfect cousin', The Undertones

James voava no alto, seu robe vermelho esvoaçando, sua vassoura reta como uma flecha - como em um pôster de quadribol. Isso deu a Peter o usual sobressalto de animação, combinado a uma pontada doentia de inveja. Já era o sétimo ano escolar, e se ele não conseguisse entrar no time agora, provavelmente nunca mais conseguiria. Pettigrew havia feito o teste para entrar quase todos os anos - exceto quando Sirius tentou para batedor, fora bem melhor ficar fora disso, não precisava de mais provocações.

Ele estremeceu dentro de sua capa. Só faltavam dois dias para as férias de Natal. Parte dele não podia esperar - nenhuma aula por duas semanas inteiras. Presentes. Peru. As tortas de mince da Sra. Potter. Mas então, ele nem tinha certeza iriam para casa ainda; a lua cheia caia na noite de Natal e, por algum motivo, ninguém quis discutir isso.

Remus nunca falava sobre luas cheias, nunca, o que parecia estranho para Peter, mas Remus sempre foi estranho. James normalmente era o mais prático, mas ultimamente todo o seu tempo estava ocupado com Lily, então ele não iria lhes dizer o que fazer. Sirius era Sirius, e você nunca poderia falar com ele sobre qualquer coisa que tivesse a ver com Moony, a menos que quisesse sua cabeça arrancada. Talvez esse fosse apenas o problema de Peter; ele estava sempre dizendo a coisa errada.

James tinha a posse da goles agora, então soprou seu apito e jogou para a outra artilheira; Emelia Eriksson. Ela pegou e mirou no arco, mas errou. Peter estalou a língua, agitado. Ela sempre errava. No último jogo, a menina havia deixado a maldita bola cair – que foi salva por James, ao pegá-la no ar e impedir que os Corvinos a alcançassem. Se Peter pudesse mudar alguma coisa, Eriksson estaria fora do time.

James estava convencido de que Emilia iria melhorar e não dava ouvidos aos conselhos de Peter. O que era bastante justo. Não que Peter fosse melhor de qualquer forma.

O problema era que a única posição em que Peter já fora bom era a de goleiro. Ele havia desempenhado esse papel quase exclusivamente durante a infância, quando eram apenas ele e James todas as tardes. Sentia muita falta daqueles dias; dos dias que tinha James só para si. Peter idolatrava Potter desde que conseguia se lembrar. Porém, o tempo que você se dedica não contava muito - ele sabia disso. Como a posição do goleiro. Peter era bom, mas não bom o suficiente. James sempre foi muito gentil a respeito, mas James sempre era gentil.

Nunca bom o suficiente. Uma crítica comum, e, novamente; justa, Peter supôs. Havia ouvido isso de sua mãe desde muito jovem - e de seu pai, (que partiu pouco depois que completou seis anos e, desde então, ocasionalmente aparecia como convidado na vida do filho). Não era quieto o suficiente, ou então, era quieto demais; lento demais ou desajeitado demais. Não lia o suficiente. Não praticava o suficiente. A maior vergonha de Peter fora não ter mostrado nenhum sinal de magia até quase onze anos, enquanto James ("o garoto dos Potter", como era conhecido na casa dos Pettigrew) conseguia levitar vários itens domésticos desde os dois anos.

Em Hogwarts as coisas eram praticamente iguais - Peter raramente se destacava nas aulas, exceto em Astronomia, pois ele tinha uma boa memória. Ainda assim, havia menos pressão na escola do que em casa; quando seus melhores amigos eram os três bruxos mais talentosos do ano, ninguém realmente notava se você não estava indo muito bem. Se fosse um puro-sangue, então melhor ainda - especialmente hoje em dia. Ainda. Peter sabia que se alguém olhasse de perto, seria capaz de perceber. Ele não era bom o suficiente.

All The Young Dudes [Livros 1 e 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora