Capítulo 138: Sétimo ano: Hope

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They fuck you up, your mum and dad.

They may not mean to, but they do.

They fill you with the faults they had

And add some extra, just for you.

But they were fucked up in their turn

By fools in old-style hats and coats,

Who half the time were soppy-stern

And half at one another's throats.

Man hands on misery to man.

It deepens like a coastal shelf.

Get out as early as you can,

And don't have any kids yourself.

Poema This is the verse de Philip Larkin

Sra. Hope Jenkins

Remus engasgou com o cigarro, depois o deixou cair, queimando a calça. Gritando com a dor, ele saltou, batendo freneticamente na mancha quente em sua coxa.

"Remus!" Lily o olhou, alarmada, "Você está bem?!"

"Sim, sim ..." Ele pegou o cigarro e o jogou pela janela. Depois, amassou o pequeno envelope usando a outra mão e o enfiou no bolso. "Só... indo ao banheiro."

Lupin correu para o pequeno banheiro e fechou a porta com força, tentando regular um pouco a respiração. Ok. Ok. Deveria ter esperado isso. Afinal, havia sido ele quem havia escrito para ela.

Remus puxou a carta do bolso e a alisou. Não poderia ter aberto na frente de Lily e James; poderia conter algo importante, e ele estava tão despreparado. O garoto mordeu o lábio. Queria muito outro cigarro, mas tinha acabado de jogar o último pela janela. Típico.

Ele abriu o envelope lentamente, tomando cuidado para não o rasgar, como se isso pudesse significar alguma coisa. O papel era fino como seda e ele o desdobrou com cuidado. A caligrafia estava mais reconhecível agora, parecida com a da carta original, escrita há tantos anos, só que agora era mais espigada; visivelmente torta, como se a mão estivesse tremendo.

Caro Remus,

Lamento ter demorado tanto para lhe responder. Receio não ter estado bem e não estive em casa para receber a correspondência.

Fiquei muito feliz em ouvir de você. Lamento não poder escrever mais, meu querido, mas adoraria saber como você está. Por favor, me escreva de volta e mande para o endereço abaixo.

Com amor, mamãe.

As próprias mãos de Remus tremiam agora. Com amor, mamãe. O que diabos isso significava?!

Ele sentiu a raiva crescendo dentro de si, pronto para engoli-lo por inteiro. A briga com Sirius se tornou insignificante; agora estava realmente furioso. Era uma raiva que permanecera adormecida por muito tempo, mas sempre esteve lá, em seu âmago. Uma raiva que não possuía direção ou propósito, além de enchê-lo com uma mania incandescente. Talvez Greyback a tivesse colocado lá. Talvez o abandono de Hope tivesse. Agora ele não dava a mínima.

Incapaz de se controlar, ele chutou a porta do banheiro. Chutou com tanta força que estilhaçou a madeira, quebrando-a.

"Porra." Ele murmurou. "Ai." Esperava não ter quebrado um dedo do pé.

"Ah meu Deus, Remus?!" A voz de Lily soou novamente.

"Desculpe." Ele disse, quase por instinto, enquanto arrancava o pé da porta e a destrancava.

All The Young Dudes [Livros 1 e 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora