Capítulo 97: Sexto Ano: Outubro

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Sábado, 9 de outubro de 1976

"Ugh," Remus cambaleou quando a transformação se completou e seu corpo voltou à forma humana.

"Essa não pareceu tão ruim?" James disse, acabando de se transformar.

"Depende do que você entende por ruim," Remus fez uma careta, colocando as calças rapidamente.

James desviou o olhar, educadamente para preservar sua modéstia, e Sirius, ainda um cachorro, aproximou-se com a camisa de Remus na boca, oferecendo-a com a cabeça inclinada. "Valeu, Padfoot," Remus sorriu. Ele queria afagar a cabeça do cachorro e tinha que ficar se lembrando de que era Sirius.

"Graças a Merlin, é sábado," James bocejou, sentando-se no sofá surrado. Este afundou tristemente, as molas chiando.

"Sim, se a Madame Pomfrey me deixar sair da ala hospitalar, provavelmente vou direto para a cama," Remus respondeu, sufocando seu próprio bocejo e deitando em sua cama.

"Você tem sorte," Peter disse, aparecendo do nada em um canto distante da sala, "Eu tenho que levar Dezzie para Hogsmeade às onze. Prongs, você não tem que levar os terceiranistas para baixo?"

"Nah," James bocejou de novo, ruidosamente, "Agora que Evans sabe sobre o probleminha peludo de Remus, ela está realmente me dando uma folga. Aquele garoto do quinto ano com queimaduras de sol vai fazer."

"Evans não sabe de mais nada, sabe?" Sirius finalmente reapareceu, juntando-se a James no sofá.

James balançou a cabeça, recostando-se no sofá e fechando os olhos. "Ei," Sirius cutucou-o, "Temos que ir logo, não durma."

"Vocês podem ir," Remus murmurou, "Descansem um pouco. Obrigado por virem e tudo mais..."

"Vai para Hogsmeade, Moony?" Sirius perguntou, colocando James de pé, "Três vassouras?"

"Não posso," Remus balançou a cabeça, "Eu não te disse? Minha permissão foi revogada. Depois dos ataques..."

"O que?!" Sirius parecia indignado, "Eles não podem punir VOCÊ por algo que aquele bastardo fez!"

"Shhh!" Remus balançou a mão, franzindo a testa. Madame Pomfrey poderia estar descendo o túnel - e, além disso, ele estava com dor de cabeça, "Não é para me punir, é para minha segurança. Agora vão embora, todos vocês."

Eles foram embora bem na hora, Madame Pomfrey entrou na Casa poucos minutos depois. Ela o examinou rapidamente e, satisfeita, acompanhou Remus de volta ao castelo. Ela lhe prescreveu algumas horas de sono na ala hospitalar, o que ele ficou mais do que feliz em aceitar. Com todos os seus amigos em Hogsmeade, não havia muito o que perder.

Acordou mais ou menos na hora do almoço, com o estômago roncando como de costume. Madame Pomfrey havia evidentemente antecipado isso; havia um prato de frios e pães na mesinha de cabeceira, junto com uma tigela de frutas e uma grande taça de suco de abóbora, que ele esvaziou primeiro.

Remus estava tão faminto, na verdade, que não percebeu a carta apoiada na fruteira entre duas maçãs até estar bem adiantado na construção de seu segundo sanduíche. Quando ele viu que era endereçado a ele numa letra familiar depois de diversas redações de Trato das Criaturas Mágicas devolvidas, ele quase derrubou o prato da cama em sua ânsia de abri-la.

Caro Remus,

É um prazer ouvir você, não incomoda nem um pouco.

Não posso divulgar minha localização no momento, mas tenha certeza de que estou tão seguro quanto possível. Fico feliz em saber que você está bem - Dumbledore me contou sobre seus resultados NOMs. Estou incrivelmente orgulhoso de você, Remus, sei que você deve ter trabalhado muito. Continue assim e eu prometo que nada pode te parar.

All The Young Dudes [Livros 1 e 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora