Oitavo

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Oitavo Capítulo

   Comensais da morte

  Havia pensando a semana toda nisso, sobre os comensais da morte, sobre Lucius, sobre o Potter. Evitei qualquer coisa que me atrapalhasse pensar e apenas me foquei na minha decisão.

  No momento acabei de me arrumar para ir a reunião com Lucius. Eu queria ouvir o lorde, eu precisava. Queria saber qual seria seu discurso.

- Ei. – Regulos sorriu. – Te vejo lá.

  Ele saiu na frente, com mais dois Sonserinos, ele parecia estranhamento determinado. Ele provavelmente já havia decidido.

   Durante aquela semana fui até Dumbledore para dar tudo que havia economizando para que ele pagasse o velório e caixão daquele velho, porem ao chegar lá, Dumbledore disse que uma doação anônima havia pagado tudo.

  Era obvio quem foi, pelos olhos brilhantes daquele diretor caduco. James Potter não era nada sutil. Estava fazendo essas coisas idiotas.

  No entanto, menos sutil ainda foi Lucius. Meu pai foi morto, não estou surpreso, mas porque bem agora? Ele estava cheio de dividas e a casa estava hipotecado.

   Com tão pouco tempo perto do fim das aulas, Lucius era a única pessoa a quem eu poderia recorrer, não conhecia mais ninguém. Ou foi isso que o Malfoy pensou.

   Sai pelos portões e Lucius estava um pouco mais a frente me esperando, eu o olhei, ele sorriu, dei um pequeno sorriso e ele estendeu um relógio. Chave de portal?

- É um pouco longe. – Falou e eu segurei, ouvi ele falar e senti aquela sensação nauseante.

  Aparecemos do lado de fora de uma mansão, olhei em volta, havia duas enormes cobras nos portões, elas se moveram e os portões abriram.

   Ele ficou em silêncio enquanto caminhava em direção a mansão, Lucius manteve uma mão em sua costa, as vezes o loiro deslizava os dedos pelo meu cabelo, senti um arrepio e o olhei, ele deu um sorriso malicioso.

- Você quer ouvir o discurso? Podemos apenas ficarmos um tempo juntos enquanto ele não vem conhecer você. – Lucius falou com um sorriso, a voz dele estava mais rouca.

- Pode ser. – Falei sem graça, eu não queria realmente ficar sozinho com ele. Respirei fundo enquanto ele me levava para o caminho contrario que eu vi outra pessoas.

   Entramos em uma sala, parecia um escritório. Mal entramos e ele me prensou em uma parede, soltei um gemido baixo e ele mordeu meu lábio. Ele tirou meu manto e colocou em cima de uma cadeira.

    Eu preciso pensar, por que estou fazendo isso? Droga, a ideia era apenas ir até lá, ouvir e decidir, transar com Lucius no escritório do Lorde das trevas, não parecia uma boa ideia independente do ponto de vista.

- Lucius, talvez eu devesse ouvir ele... saber o por que estou me juntando. – Ele mordeu meu pescoço.

- Direi a você o que quiser depois. – Falou e senti ele me empurrar em uma mesa, ele segurou nas minhas coxas e puxou para cima. Me sentei na mesa e ele me beijou.

  

    Ele deixou meus lábios e desceu para meu pescoço, o puxei e ele me olhou confuso, sussurrei um, ‘sem marcas', ele sorriu e concordou. Senti suas mãos nas minhas coxas me apertarem.

   Senti suas mãos escorregarem para os botões da calça, ele abriu e senti ele puxar meu membro para fora. Gemi baixo e ele me olhou, deu um sorriso antes de abaixar a cabeça. Senti seus lábios envolverem a cabeça do meu pau.

- Ah... Lucius. – Eu segurei seu cabelos, sentindo sua língua deslizar por tudo, depois sugando a cabeça.

   Ergui meus olhos e congelei, parado ali na porta estava Regulos, ele estava serio.

- Lucius.  – Chamei e tentei afastar ele, ele levantou me olhando confuso. – A porta. Ele se virou e o Black abriu mais a porta.

- Ele pediu para levar Severus para lá.- Falou e vi o loiro bufar enquanto se arrumava.

  Peguei meu manto e vesti, me arrumei e vi Lucius sair na frente, parei ao lado de Regulos, eu o olhei e ele sorriu.

- Obrigado. – Falei e ele me ofereceu o braço.

- Você parecia desconfortável a semana toda e quando chegou mais ainda.

- Eu não o vi. – Falei e ele  sorriu, entramos na sala e vi o Lorde desviar o olhar para nós, Regulos me apertou.

- Ele tem me olhado assim, toda vez que venho para cá. – Falou em um sussurro e eu o olhei. Depois olhei para o lorde e soltei o braço de Regulos, só pra não arriscar mesmo. 

   Foram horas cansativas, o discurso dele deixou todos aqueles puro-sangue metidos animados. Ele as vezes me olhava com olhares estranhos e eu senti um arrepio na espinha.

   Me mantive afastado do Black e os olhares pararam, senti vontade de rir com isso, sendo obvio a raiva dele por mim.

   Quando finalmente acabou eu vi cada um ir embora e então Lucius me puxou.

- Você decidiu? – Ele tinha a voz ansiosa, Regulos me olhou e sorriu. Ele sabia qual era minha decisão.  

- Eu sinto muito Lucius. – Falei de cabeça baixa. Ele segurou meu queixo, ele me olhava triste.

- Severus. 

- Eu já sabia qual seria minha decisão, desde antes de vir, mas não queria te chatear em não vir.

- Mas Sev... nos dois. – Eu olhei em seus olhos. – É o Black não é? É verdade o que estão falando, de você rolando na cama dele.

- Lucius. – Falei e senti um olhar na minhas costas, parecia irritado, me virei, o Lorde me olhava, senti um arrepio. Droga, pensei e olhei para Regulos. – Não é o Black que você está pensando.

- O que? – Lucius olhou para Regulos. – Não está dormindo com Regulos? – Falou irritado.

- Não. – Falei e Lucius se afastou ao compreender.

- Sirius Black. – Falou e riu. – O Black deserdado, que foi expulso da família.

- Ele não foi expulso.  – Falei e respirei fundo. – Lucius, não tem nada a ver com quem eu estou dormindo, é sobre o que eu quero para o meu futuro. Acho que é cedo de mais para uma decisão como essa.

- Sev.

- Não pretendo lutar por aquele velho bastardo. – Falei irritado. – Não estou em desacordo com os ideais do Lorde, eu não estou pronto para me ajoelhar para alguém.

- E sobre nós. – Olhei em seus olhos, eu peguei o manto que ele me deu, e entreguei para ele.

- Eu não quero alguém controlando meus passos Lucius. – Falei e ele me olhou surpreso. – Não se preocupe, eu darei um jeito nos meus problemas.

- É uma pena, Jovem Snape. – Eu me virei, o Lorde estava parado ao lado de Regulos. – Espero que um dia reconsidere.

- Pretendo me tornar o melhor mestre de poções da Grã-Bretanha. Quando eu conseguir, reconsiderarei isso.  – Falei e fiz uma reverencia. – Se precisar de alguém para fazer poções para você, estarei disponível. Mas somente isso.

   Eu me virei e o quando as portas abriram senti o frio, eu tremi e então senti alguém jogar algo em mim.

- Isso é seu. – Lucius falou e eu o olhei. – Sem ressentimentos. Tome. – Ele me entregou a chave de portal. – Se o lorde precisar de poções você poderá trazer, tome cuidado, não deixe ninguém pegar isso.

- Obrigado Lucius.

   Sai de lá e parei depois dos portões, olhei para a chave de portal e sorri. Então aparatei duas vezes antes de chegar a Hogsmeade, onde sabia que ele estaria.




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