Decimo Quarto Capitulo
Cicatrizes
Severus estava andando pela floresta proibida, dois dias após o baile, procurando por Acônito, já que Sirius havia dito que havia visto por ali. Faltava tão poucos dias para enfim pegar o trem para bem longe de Hogwarts. Ele suspirou e olhou em volta, a varinha na mão iluminando o caminho. Ele começou a desconfiar que talvez o Black nem soubesse o que era a planta.
Nenhum dos dois haviam perguntado para que ele ia usar. Os dois estavam distantes e estranhos desde o dia do baile. Sabia que um dos dois estava seguindo-o, ou talvez os dois. Ele suspirou, olhando para onde ouviu um galho se quebrar, mas nada veio.
- Seria muito legal ser pego nos últimos dias, andando na floresta proibida. - Falou sem humor.
Ele ouviu passos pesados e como se estive correndo. Ele se virou se pondo em posição de defesa. Os sons aumentaram e pareciam ser vários agora. Ele apertou o punho sem acreditar que de todas as pessoas, justo ele tinha que dar de cara com algum monstro magico.
Ele travou ao ver o grande lobisomem parado na sua frente, suas mãos começaram a tremer, ele não conseguia reagir, quando seus olhos finalmente encararam os grandes olhos amarelados da fera, sentiu todo o corpo perder a força.
- Remus?
O lobisomem avançou para frente e ataco, Severus não teve tempo de reagir, a não ser se afastar para trás, mesmo assim as unhas pegaram em seu rosto, cortando, deixando três grandes cortes.
Ele caiu gritando de dor, ele olhou para cima, vendo o lobisomem pairar sobre ele e ia atacar de novo, quando um enorme cachorro se chocou contra o lobisomem. Severus sentiu a visão ficar embaçado, mas jurou ter visto um servo. Que o olhava com tristeza.
- Padfoot, vá atras do Moony. - Snape sentiu a consciência o deixando enquanto ouviu um cachorro uivar.
...
Quando Severus finalmente acordou, 3 dias depois, já era o último dia em Hogwarts. Ele reconheceu o lugar assim que abriu o olho visível. Já havia estado tantas vezes ali que não era preciso muito esforço para reconhecer.
Ele se sentou, reclamando de dor e olhou em volta, então pode ver. Dormindo ao lado da sua cama, em uma cadeira dura e desconfortável, com o rosto na cama, estava Remus Lupin, ele tinha bem mais cicatriz do que se lembrava. As memorias do que aconteceu na floresta proibida vieram a sua cabeça.
Snape sorriu e estendeu a mão, alcançando os cabelos dele e começou a mexer nos cabelos dele, não demorou para o grifinório começar a se mexer e levantou o rosto, os dois se olharam. Remus sentiu as lagrimas começaram a escorrer assim que viu o sorriso no rosto do sonserino.
- Eu sinto muito, Severus. - Snape ficou surpreso, e com as mãos ainda tremendo levou ao rosto, para onde os olhos do outro estavam, estava com faixas, então não pode sentir como ficou, boa parte estava enfaixado, incluindo o olho, ele suspirou.
- Está tudo bem Remus. - Falou e passou a mão no rosto do outro – Vai ficar tudo bem.
- Não vai ficar tudo bem. - Lupin segurou a mão dele. - E se eu tiver te contaminado, e esse você se transformar.
- Remus... - Severus engoliu em seco, aquilo com certeza não era uma boa notícia. - Se acalme.
- Severus...
- Pare de chorar por favor.
- Mas...
Snape puxou o rosto do lobo e o beijou, pegando-o de surpreso, e ficando surpreso consigo mesmo, ele segurou o rosto com as duas mãos, aprofundando o beijo, aos poucos os dois se afastaram. Severus encostou as testas e abriu os olhos.
- Eu disse que está tudo bem, não é culpa sua. - Falou e sorriu. - Por favor Remus - O grifinorio deu um sorriso triste. - Você não tem controle sobre a transformação, não é?
- Não.
- Então a culpa não é sua.
- Mas Severus, e se... e se você...
- Não vamos pensar nisso agora. - Os dois ouviram uma tosse e se afastaram. Dumbledore e a Madame Ponfrey estavam parados mais à frente.
- Fico feliz que tenha acordado jovem Severus. - O sorriso do Sonserino sumiu e seu rosto ficou sério.
- Snape, você consegue se levantar? - O sonserino se levantou e se escorou na cama, olhando para o garoto do outro lado da maca. - Vamos tirar essas ataduras.
Remus continuou sentado, olhando para ode Severus tinha ido com a madame Ponfrey, se sentia angustiado, e se o rosto dele ficar muito feio. E se Severus o odiar depois disso. Ele apertou os punhos.
- Não se preocupe Sr. Lupin, Severus é um incrível pocionista, eu não acho que criar algo para tirar aquelas cicatrizes, seja algo difícil para ele. - Falou com um sorriso, Remus suspirou.
- Se as cicatrizes fossem o maior problema.
- Ele ficara bem, e isso só poderemos ver com a próxima lua cheia. - Remus apertou o lençol da cama entre os dedos.
- Você deve passar essa pomada para que acabe de sarar completamente por dentro e por fora. Infelizmente não podemos acelerar a cura desse tipo de machucado.
- Tudo bem.
Remus levantou o rosto rápido, olhando para o sonserino que estava de costas para ele. Snape se segurou antes de virar, com um sorriso no rosto e olhou para o Lupin, que o olhava surpreso, então as lagrimas voltaram a escorrer.
O lado direito do rosto dele tinha a cicatriz de onde passou as garras do lobo, as cicatrizes eram bem visíveis. Pegando de cima do olho, passando por ele e descendo até o queixo, havia apenas duas, uma um pouco menor.
Severus caminhou devagar até ele e o puxou para cima, fazendo ele se levantar, os dois eram quase do mesmo tamanho, coisa que Severus não havia reparado devido ao sapato que usava no dia do baile. Ele puxou o garoto para si, deixando o rosto de Remus em seu ombro.
- Não ficou tão ruim. - Falou baixo, passando a mão pelo cabelo dele.
- Ficou péssimo.
- Eu estou feio Remus...
- Não...
- Então não ficou tão ruim.
- Me desculpa.
...
Espero que estejam gostado.
Devo continuar?
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RomansaSirius tem sentimentos um pouco mais complexos do que amizade por James, e tudo parecia bem, aquela estranha amizade colorida dos dois. Até a Evans decidir dar uma chance a Pontas. Após uma discussão com James, Sirius acaba na torre de astronomi...