Jimin chegou à academia para o segundo dia no karatê, junto com seu coelhinho adorável, o pequeno vestia o kimono com a camisa por baixo, e foi correndo para o tatame ao passar sua digital na catraca da academia. Park sorriu, Jungkook era a coisinha mais fofa do mundo, sua animação e euforia eram regulares, principalmente estando com Jimin, era impossível ver Jeon triste perto de seu hyung, há alguns meses o coelhinho não sabia o que era sentir-se desamparado ou sozinho, pois tinha srmore Jimin consigo, seu herói. O milionário vestiu o casaco do kimono por cima da camiseta preta, e subiu para o tatame, eram 16:55, Namjoon ainda não chegara, mas a maioria dos alunos estavam presentes, a espera do professor e dono da academia.
- Tome cuidado, coelhinho. - Aconselhou o milionário ao aproximar-se de Jungkook, o coelhinho adorava correr e pular, mas Jimin não queria que ele acabasse caindo e se machucando, afinal o piso duro da academia era bem diferente da graminha macia do quintal da mansão de Jimin, onde o moreno tinha passe livre para brincar, correr e pular o quanto quisesse sem perigo de machucar-se. - Se machucar-se, terás que ir no médico. - Jeon emburrou-se, odiava hospitais, eles eram sujos, cheios de doença e de muita tristeza, ao menos os que ele já fora eram assim, nunca fora num hospital ou médico depois que passou a viver com o hyung, mas de qualquer modo, Jungkook gostava de lugares felizes e cheios de alegria.
- Cadê o tio Namjoon? - Indagou o coelhinho, mexendo o rabinho inquieto, ele agora já não tinha tanto medo de sair com as orelhinhas e a caudinha à mostras, mas não podia negar que, sim, os olhares incomodavam, por que as pessoas tem que se meter tanto na vida dos outros?
- Boa tarde, pessoal. - Namjoon entrou no tatamen, Jimin olhou no relógio e eram exatamente cinco horas da tarde. Além de paciente e centrado, o Kim era famoso na família por ser extremamente pontual quanto a seus horários. - Vamos começar a aula. - Pôs o casaco do Kimono, e sorriu para o primo ao vê-lo ali, não achava que Jimin aguentaria mais de um dia tendo que sair de casa e ficar entre outras pessoas, pois pelo que ouvia de seu primo antes de Jungkook chegar, o social não era muito seu estilo - até hoje não era -, mas agora ele parecia sair mais de sua mansão e fazer atividades físicas com outras pessoas. Namjoon nem conseguia acreditar que tudo isso por causa de um coelhinho que mudou totalmente a vida de Jimin.
- Oi, tio Namjoon. - Acenou o moreno para o sensei.
- Não o chame de tio, o chame de sensei. - Ensinou Jimin ao coelhinho, com a voz mansinha e baixa, para apenas o pequeno escutá-lo.
- Certo. - Sorriu para o hyung. - Quando vamos trocar de faixa, tio sensei Namjoon? - Jimin riu, se fosse um de seus irmãos ou primos fazendo isso, provavelmente ficaria irado ou envergonhado de estar por perto, mas o amor fazia tamanha magia em seu corpo que ele nem sequer conseguia sentir uma parcela de raiva, ou de vergonha, só conseguia achar fofo e adorável aquela pureza e inocência presente em Jeon.
- Daqui a um mês você já poderá trocar. - Respondeu o de madeixas roxas.
O homem alto ajoelhou-se no tatame para dar início à aula, fora um treino mais pesado que o anterior, serviu para gastar todas as energias de Jimin, mas Jungkook ainda parecia elétrico, com aqueles dois olhos de jabuticaba grandes e prontos para brincar com seu hyung quando chegassem em casa, ou então para ouvir o milionário ler um dos livro de sua mini-biblioteca particular enquanto ele e o coelhinho ficavam debaixo das cobertas, ouvindo uma música clássica. Era um passatempo novo para Jimin, o milionário sempre amou ler, mas nunca em voz alta, mas agora, sempre que pegava em mãos um livro para ler, chamava seu coelhinho para que acompanhasse também a história. Às seis horas da tarde a aula de karatê chegou ao fim, Namjoon liberou todos os alunos, e os primeiros a saírem foram Jimin e o coelhinho, o Park prometera ao pequeno que após o treino eles comeriam açaí numa lanchonete de comidas brasileiras ao lado da academia, e Jeon saiu animado da sala do tatame, pois seria sua primeira vez experimentando uma comida brasileira. Desceu o lance de escadas, que acabavam na parte de musculação da academia, e continuou a correr para chegar logo à lanchonete, e seu hyung vinha atrás, segurando a garrafinha de água do coelhinho. Jeon olhou para trás para chexar onde estava o hyung, enquanto corria, e sem olhar para frente, bateu com a testa no halter de um moço que fazia exercício de braço, e por estar de costas não viu o coelhinho correndo. Não fora nada grave, nenhum machucado profundo, nenhuma fratura ou traumatismo, a única coisa que aconteceu foi um corte superficial na testa do moreno, mas isso fez o pequeno cair no piso, os olhinhos grandes encheram-se de lágrimas e ele começou a chorar, odiava sentir qualquer tipo de dor, ficava querendo sumir quando qualquer dorzinha o atacava, fosse leve, moderada ou intensa, Jungkook tinha certeza que sentir dor era a pior coisa do mundo, ele odiava, chorava e chutava o chão na tentativa de aliviá-la, ficava angustiado, agoniado, querendo que a dor passasse logo, e era isso o que o pequeno estava a sentir quanto aquele corte na testa. Jimin correu até o coelhinho quando o ouviu chorando e o viu machucado no chão, não estava preocupado com o corte em si, mas sim com Jeon, o Park odiava o ver chorando, o doía o coração ver os olhinhos do pequeno cheio de lágrimas, Jimin sentia como se não tivesse conseguido proteger Jungkook, era um sentimento horrível de falha e impotência, que magoava o Park, pois uma das coisas que jurava a si mesmo todo dia era proteger o coelhinho, e jamais deixar uma lágrima sequer ser derramada, a não ser que fossrm de felicidade, e nesse caso não eram. Namjoon que saía do tatame para ir à sua sala e retormar as atividades como dono da academia, parou ao ver Jungkook chorando no piso da ala de musculação, e Jimin o abraçando, como se tivesse a intenção de o proteger.
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Vendido - Jikook;
Fanfic[Fanfic presente também no Spirit] Jungkook era um híbrido, tido como aberração para sociedade, e que só servia para satisfazer. Stripper numa boate, atuava como garoto de programa, recebia dinheiro para transar com mulheres ou homens, a desavença é...