CAPÍTULO 4

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Sentada em meu escritório olhando para Mattia percebo que fazia anos que não sentia esses arrepios, essa atração, e agora estou assustada por estar sentindo por um amigo de trabalho

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Sentada em meu escritório olhando para Mattia percebo que fazia anos que não sentia esses arrepios, essa atração, e agora estou assustada por estar sentindo por um amigo de trabalho. Nunca envolvi romance em meu trabalho, por quê justamente agora esse policial tinha que aparecer em minha vida?

- Com quantos anos entrou para a faculdade? – pergunta Mattia me tirando de meus devaneios.

- Com 19 anos. Era uma jovem ainda.

- Ainda está jovem, porém mais madura com certeza.

- A vida nos força a ser maduros Mattia. – digo lembrando-me de meu passado.

- O que aconteceu para te deixar assim?

- Não quero falar sobre isso. Deixe para outra hora.

- Anotado – diz rindo – Pergunte-me algo?

- Por quê quis ser policial?

- Bela pergunta Dra. Castillo, mas resposta complicada. É.. Meu pai morreu quando ainda era garoto por uma bala perdida. No dia de sua morte, jurei que iria ser policial e tentaria acabar com a maldade do mundo.

- Sinto muito – digo tocando sua mão que está encima da mesa.

Sua pele é ainda mais quente do que imaginava.

- Tudo bem. Já passou e percebi que não tem como acabar com algo que já está arraigado. – diz apertando minha mão.

- Você é uma pessoa boa Sr. Ferrari.

- Obrigada Angel. Você é uma ótima psicóloga.

Tiro minha mão dele e me recosto em minha cadeira.

- Pensei que era mais rude Sr. Ferrari, mas me enganei. – digo desafiando-o.

- Rude senhorita? Posso ser as vezes.

- Imagino que não irei querer ver.

- Mas eu posso pensar em querer te mostrar. – diz me olhando com seus olhos esmeraldas intensos.

Engulo em seco e novamente sinto um arrepio atravessar minha pele. Me remexo em minha cadeira nervosa, Mattia ainda está com seus olhos focados em mim.

- Senhor estamos em uma reunião, não em um encontro. Prossiga.

- Me desculpe. Acho que passei dos limites. – diz sacudindo a cabeça - O que a fez se tornar psicóloga?

- Eu mesma. Perdi meu avô com 14 anos e depois de sua morte entrei em uma tristeza profunda e não sabia o que fazer. Comecei a pesquisar sobre psicologia e me encantei. Foi amor a primeira vista com essa área.

- Que incrível. Você conseguiu superar sua tristeza?

- Sim. Comecei a fazer terapia antes de entrar na faculdade porque também estava passando por transtornos alimentares e ataques de pânico. Me cuidei primeiro antes de cuidar de um paciente.

Romance Assassino {Concluído} Onde histórias criam vida. Descubra agora