CAPÍTULO 16

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Acordo com o barulho da chuva caindo devagar, me aconchego mais um pouco na cama com esse tempo calmo

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Acordo com o barulho da chuva caindo devagar, me aconchego mais um pouco na cama com esse tempo calmo. Depois de alguns minutos ainda deitada, me levanto indo até a varanda do meu prédio para ver a chuva. Quando abro a porta que dá acesso a varanda, um vento frio passa pelo meu corpo lembrando-me que estou com roupa de dormir. Respiro o ar do começo dessa manhã e medito sobre minha noite.

Inspiro e expiro. Chorei ontem a noite antes de dormir. Não por mim. Mas pelas garotas que foram abusadas. Ninguém deveria passar por uma situação assim. Mandei as anotações para o Delegado Meyer avisando que as cinco passaram por conflitos iguais.

Porém nenhuma delas foi abusada pelo assassino. O médico legista não encontrou nada. Sabina que estava analisando na necropsia também não achou nada.

Sabemos que ele amarrou as garotas e torturou cada uma delas até a morte. Esse cara não tem repulsa nenhuma em fazer algo desse tipo. Sabemos desde o começo que esse cara era diferente, esperto, mas não vou deixar ele machucar nenhuma outra pessoa.

Respiro fundo novamente. Fico grata por estar focando minha raiva no assassino. Depois de ontem percebi que superei o que ocorreu comigo anos atrás. Achei que ia voltar a ter aqueles pesadelos com o cara novamente, mas não tive. Não sonhei com aquela noite.

O vento bate no meu corpo me fazendo sair do transe em que estava. Entro no meu quarto e sinto uma vontade imensa de voltar a dormir. Não me permito ter esse pensamento. Troco de roupa, colocando uma calça jeans preta e uma blusa de manga comprida cinza. Visto minha bota e tiro do guarda roupa meu casaco preto. Junto todas as anotações e coloco na bolsa.

Vou na cozinha fazer uma xícara de café e como tenho tempo leio um capítulo de um livro de romance que estou lendo. Quando termino, vou para o departamento. Encontro Mattia e Sr. Meyer conversando na frente do elevador.

- Bom dia senhores. – digo me aproximando.

- Bom dia. – diz Mattia me encarando.

- Bom dia. Angel depois que chegarmos na minha sala, podemos conversar? – pergunta Delegado Meyer.

- É claro senhor.

Saímos do elevador e Delegado Meyer pede para Mattia esperar do lado de fora de sua sala porque quer conversar um minuto a sós comigo.

- O que foi senhor? – falo entrando em sua sala.

Delegado Meyer fecha a porta e se aproxima nervoso.

- Angel querida, você quer continuar no caso?

- Claro senhor. Por quê não iria querer?

- Li várias vezes suas anotações de ontem. Devo te parabenizar por estarem com tantos detalhes.

- Obrigada. É uma honra ser elogiada pelo senhor.

- Mas no final, você escreveu dizendo que as garotas tinham sido abusadas. Correto?

- Correto senhor.

- Como você se sente com isso? Nunca voltamos a falar sobre o ocorrido. Mas você também foi Angel e não quero que se sinta mal investigando esse caso.

- Senhor, estou ciente e não quero largar este caso. Me sinto próxima das vítimas de alguma forma. Talvez seja porque também passei pelo o que elas passaram. Por favor, Finn, me deixa finalizar e achar o assassino.

- Tudo bem filha. Vou deixar você continuar porque é a melhor para esse caso, mas se quiser sair é só me avisar que vou te ajudar.

- Obrigada Finn. Por tudo. Seu apoio na minha vida pessoal e no meu trabalho me fazem querer continuar. Obrigada mesmo.

- Você vai fazer um velho chorar logo pela manhã? – diz Delegado Meyer com os olhos lacrimejando.

- Nunca ousaria. – digo sorrindo.

- Peça para Mattia entrar por favor.

Me encaminho para porta e a abro olhando para o corredor, vejo Mattia a uma distância da porta e o chamo. Ele entra na sala comigo e nos olhamos. Ele está curioso sobre o que falei com o Delegado Meyer, consigo ver em seus olhos.

- Vocês vão para a faculdade? Procurar lá? – pergunta Delegado Meyer.

- Sim, senhor. – responde Mattia.

- Ótimo. Aqui está o broche que vocês encontraram no local aonde o corpo de Brooke foi achado. Tentem coletar o máximo de informações sobre ele. – diz colocando em minha mão o pequeno broche que achei algumas semanas atrás.

- Pode deixar senhor. – digo guardando o broche em um saco e colocando em minha bolsa.

- Uma outra coisa. Quero que vocês levem armas quando saírem daqui.

- Por quê senhor? – pergunto com certa animação crescendo dentro de mim.

- Porque vocês estão investigando um assassinato precisam estar preparados. Vocês não estão mais só conversando. Agora estão partindo para ação.

- Pode deixar senhor. – dizemos juntos.

- Sr. Lhamn vai estar esperando vocês com as armas. Tomem cuidado e coletem o que conseguirem.

Assentimentos.

- Podem sair, por favor. Agradeço o ótimo trabalho de vocês até agora. - diz Delgado Meyer.

Estava tão nervosa na primeira vez que coloquei a mão em uma arma. O Delegado Meyer me fez praticar tiro ao alvo muitas vezes até conseguir dar meu primeiro tiro. Não gosto de matar ninguém, mas se precisar, não vou pensar duas vezes.

Treinei para ser a melhor. Minha mira é uma das melhores. Sei até atirar no alvo em longa distância. Pratiquei para atirar em qualquer posição. Estou mais do que preparada para essa nova fase.

- Você sabe atirar, certo? – pergunta Mattia sorrindo, mas com uma leve preocupação em sua voz.

- Sim. Tenho uma ótima mira. Quem vai achar que uma mulher calma como eu tem uma arma escondido?

- Ninguém. Você sabe disfarçar muito bem.

- Vamos para ação. – digo piscando me encaminhando para encontrar o Sr. Lhamn.

 Lhamn

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