CAPÍTULO 23

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Ainda não acredito no que meus olhos estão vendo

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Ainda não acredito no que meus olhos estão vendo. Tento me encostar no balcão para respirar melhor. Minhas mãos começam a tremer e acabo deixando a caixa e o conteúdo dentro dela caírem no chão.

Faço o exercício da respiração que meu psicólogo me ensinou. Inspiro e respiro. Aos poucos vou me recompondo e melhorando minha visão que estava embasada. Me abaixo e coloco o que caiu dentro da caixa novamente.

Minhas mãos continuam tremendo enquanto tento entender porque esse caso está mudando minha vida. Semanas atrás eu era apenas uma psicóloga forense que atendia meus pacientes e ajudava em casos normais. Agora, sou uma psicóloga forense que tem em sua frente um conteúdo ameaçador.

Meu trabalho é arriscado e a adrenalina dele me dá uma sensação prazerosa, porém nunca me ocorreu de receber algo parecido com o que tenho em minhas mãos.

Me levanto devagar e analiso novamente a caixa. Não tenho dúvidas de quem me enviou. Foi ele. Estou vulnerável a ele. Meu emprego, minha casa, minha família. Tenho que tomar cuidado, ele está brincando com a gente, nos fazendo cair em sua armadilha.

Pego a primeira polaroid e sinto meu estômago revirar. É uma fotografia escura, sombria, mostrando apenas um cadáver ensanguentado. Não consigo distinguir quem é a vítima na foto por não aparecer seu rosto. Uma pequena fotografia com um significado gigantesco.

A segunda polaroid é um pouco mais iluminada, revelando Rachel Miller amarrada em uma mesa. Seus olhos vermelhos por estar chorando naquele momento. Seus pés e pulsos presos a mesa.

Com minhas mãos ainda trêmulas seguro a última polaroid da caixa. Também é escura e o que mais chama atenção nela é o sangue em destaque. Percebo que cada fotografia tem um significado no fundo, só não sei ainda o que o assassino quer transmitir.

Talvez ele tenha tirado essas fotos como recordações de seus crimes. Como um troféu para si. E esteja me enviando agora para me atormentar. Me provocar a achá-lo. Meu estômago continua doendo por olhar para as fotos.

Guardo as polaroides e deixo a caixa encima do balcão fechada. Vou tomar um banho para esclarecer minha mente que ficou perturbada essa noite. A água quente cai em meu corpo e meus pensamentos vão embora me dando um momento de paz.

Incrível como um simples banho parece levar embora nossos problemas. Mas não é tão fácil. Quando desligo a água meus pensamentos voltam com toda força, me fazendo lembrar de cada vítima do assassino. Me enrolo na toalha que estava pendurada e começo a chorar. Meus olhos começam a arder e as lágrimas descem sem parar.

Passo aos mãos pelos meus olhos para conter as lágrimas, mas parece que elas descem ainda mais. Quando aceitei esse caso, não imaginava que ficaria afetada ao extremo por cada morte, por cada jovem. Não imaginava que estaria conectada com elas de alguma forma.

Coloco minha roupa de dormir ainda sentindo as lágrimas querendo sair de meu corpo. Pego uma taça de vinho para me acalmar e ligo para a primeira pessoa que vem em minha mente.

Romance Assassino {Concluído} Onde histórias criam vida. Descubra agora