Seattle - quarta-feira, 19 de maio de 2010 às 04h52min
"Ela é tão bonitinha", eu disse, observando a gatinha rastejando na barriga de Steve enquanto ele estava deitado no chão da sala de estar. Ela continuava a tropeçar em suas próprias patas e quase deslizou de cima dele, e cada vez, Steve estremecia.
"Sim, mas suas garras são cruéis", disse ele quando mais uma vez teve que puxá-la de volta.
Eu estava perdida, observando a fofura adorável do meu homem com o nosso novo animal de estimação quando percebi que ele estava chamando o meu nome.
"Natasha?"
Eu tentei me concentrar, mas eu não conseguia responder a ele.
"Natasha, acorde."
Quando ele estendeu a mão e tocou no meu braço, chamando o meu nome de novo, eu acordei, percebendo que estava dormindo e sonhando, e a voz não era de Steve, mas de maria .
"Porra, Maria!" Eu engoli em seco, esfregando a mão sobre o meu rosto antes de me tocar que ela na minha casa no meio da porra da noite por algum motivo específico - e nada que passou pela minha cabeça era bom. Eu me sentei, estendendo a mão para acender a luz, olhando para o relógio. "O que é? O que aconteceu?"
Maria parecia tão cansada quanto eu me sentia, e seus olhos estavam vermelhos, como se ela tivesse chorado.
"Oh, Deus... Sam?"
Ela balançou a cabeça, finalmente encontrando sua voz novamente. "Em primeiro lugar, Nathy, mantenha a calma, ok? Eu quero que você saiba que ele está bem."
Mantenha a calma... Ele está bem...
Eu dei um pulo da cama, afastando-me dela enquanto balançava a cabeça. "Não. Não, não!" Eu rosnei, com as minhas costas batendo na parede.
Eu ainda estava balançando minha cabeça quando ela se ajoelhou na minha frente, tomando minhas mãos nas dela.
"Ele está bem, querida. Steve está bem. Ele foi atingido no colete, mas está bem", ela repetiu, apertando as minhas mãos com força e mantendo a minha atenção nela.
Quando ela me contou como eles tinham encontrado os insurgentes que tinham estado procurando, como ele tinha estado perto da explosão que quase tinha tirado a vida de um de seus homens, as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Ela explicou que ele tinha ficado com dificuldade para respirar e que sofreu alguns arranhões e contusões, mas que estava bem. Ele não queria ligar, porque não queria me preocupar, mas Sam tinha dito que ele precisava de mim, então ele estava no Skype.
"Oh, Deus, eu acho que vou ficar vomitar", eu disse, engasgando enquanto engolia a bile que subiu pela minha garganta.
Maria saiu do meu caminho e depois me seguiu quando eu me levantei e corri para o banheiro para vomitar o pouco que eu tinha no meu estômago. Eu vomitei até que tudo que eu tinha para dar eram engasgos secos. Sendo a boa amiga que é, ela segurou meu cabelo, e quando eu terminei, ela me entregou uma toalha que ela tinha molhado na pia do banheiro.
"Aqui, limpe seu rosto, e depois escove os dentes. Eu vou fazer um chá, ok?" Ela ofereceu. "Você tem cerca de quinze minutos, Sam disse que levaria mais ou menos isso para Steve ligar."
Eu balancei a cabeça, para ela saber que eu a tinha ouvido, e depois comecei a limpar o meu rosto com a toalha molhada.
Depois de alguns minutos sozinha, eu fiquei de pé e peguei um dos copos descartáveis ao lado da pia, usando-o para enxaguar a boca primeiro. A bile sobrando na minha boca quase me fez engasgar, por isso antes de pegar a minha escova de dentes, eu usei anti-séptico bucal, e então rapidamente escovei os dentes, sentindo-me muito menos nojenta. No momento em que eu cheguei na sala de estar, eu estava muito mais calma e sob controle, embora a minha agitação, que tinha começado no momento em que eu percebi que era Maria que tinha me acordado, não havia diminuído.
Ela tinha colocado o laptop na mesa de café na frente do sofá, ao lado de uma caneca que ainda estava fumegante. "Vamos, Nathy. Beba um pouco de chá. Você precisa se acalmar, tanto quanto puder, porque você não quer que ele a veja tão chateada, confie em mim."
"E... Ele está realmente bem?" Eu perguntei, e a minha voz estava um pouco áspera pela náusea terrível.
Ela assentiu com a cabeça. "Sam jurou que sim. A equipe médica cuidou dele e o liberou. Não há ossos quebrados ou coisa pior do que alguns arranhões e contusões. Ele parece e se sente pior do que realmente está. Lembra quando Sam sofreu o abalo quando o Humvee tombou? Lembra de quão terrível ele parecia, porque bateu com a cabeça, então ele ficou com um olho roxo e seu rosto estava todo esfolado?"
"Sim", eu respondi, tomando o chá com cuidado.
"Ele estava bem, apesar de tudo. Ele parecia assustador, como se estivesse muito machucado, mas ele não estava. Ele estava muito bem alguns dias mais tarde. É assim com Steve. Então, basta estar preparada e ser forte para ele, ok? Se você precisa, pode chorar no meu ombro depois, não há problema em chorar. - ele vai se preocupar se você não mostrar nenhuma emoção, certo? - mas não enlouqueça simplesmente porque ele parece ruim." Diante do meu aceno, ela disse: "Eu vou ver o que posso fazer para o café da manhã. Laura está vindo, também, então eu vou fazer o suficiente para nós três."
"Maria, eu não acho que posso comer..."
"Você pode, e vai", ela disse com firmeza, interrompendo-me. Com um tom muito mais suave, ela continuou, "Ouça, querida, se você estiver nisso com steve, então isso é algo que você tem que aprender a lidar. Você precisa comer para manter as suas forças. Ficar doente não irá ajudá-lo a lidar com a preocupação e o estresse. E Natasha?"
"Sim?" Eu olhei para ela para ver uma carranca doce em seu rosto.
"Se você não acha que pode lidar com isso, você precisa dizer a ele agora. Não é justo para nenhum de vocês ficar se arrastando para no fim..."
"Não!" Eu engoli em seco, balançando a cabeça. "Eu o amo, Maria. Ponto. Eu estou nessa por tanto tempo quanto ele me quiser."
Ela sorriu e balançou a cabeça, olhando para o relógio. "Bom. Agora, beba o seu chá. Seu homem deve ligar..."
Ela foi cortada pelo alerta do Skype dizendo que eu tinha uma chamada de vídeo.
Com os dedos trêmulos, eu estendi a mão para clicar em Aceitar.
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Coming Home By Sargent
Fiksi PenggemarCOMING HOME é sobre um soldado que está no Afeganistão e uma professora que por intermédio de uma amiga começa a se corresponder com ele, depois de lhe enviar um 'pacote de cuidados' como retribuição por seu serviço pelo povo dos Estados Unidos.