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Seattle - quarta-feira, 19 de maio de 2010 às 05h45min

"Deus, Você é tão bonita, Natasha", ele suspirou, "E eu também te amo."

Eu congelei, sem saber se tinha ouvido bem. Quando eu pisquei e realmente olhei para ele, eu não podia negar. O mesmo amor que eu sentia por este homem incrível, que estava arriscando sua vida pelo nosso país, estava claro como o dia em seus olhos enquanto ele me observava. Ele parecia abatido, machucado, como se tivesse passado pelo inferno, e um pouco nervoso, mas o amor estava simplesmente derramando dele.

Rindo eu tentei secar as minhas lágrimas, limpando o nariz na minha manga, tentando limpar meu rosto o melhor que pude. "É mesmo?"

Seu sorriso de repente iluminou a tela quando ele concordou. "Sim, querida. Eu me apaixonei por você em algum lugar entre todas as suas paixões por celebridades e sua raiva por Peggy em meu nome, mas após a primeira chamada por Skype... Eu apenas fui abatido. Você já era a minha dona antes até de eu perceber isso."

Eu estava balançando a cabeça antes mesmo de ele terminar de falar. "Eu sei, Steve. Eu acho que para mim, foi mais ou menos quando você admitiu o seu maior medo, que eu comecei a sentir apenas...mais. Eu admiti para mim mesma quando nos falamos pelo Skype, e então quando você foi para Kandahar, no final de abril... Sim, querido, foi ali."

Eu o vi estremecer quando ele deslocou-se para mudar de posição, e eu sabia que ele precisava relaxar e deixar a medicação fazer efeito.

"Sargento, por que você não vai se deitar? Podemos nos falar de novo quando você tiver descansado um pouco, ok?"

"Não, Nathy", ele argumentou. "Eu estou bem." Mas a careta que ele fez quando levantou a mão para passar pela cabeça me disse outra coisa.

"Oh, baby..." Eu fiz uma careta sentindo meus olhos arder novamente. "Por favor, por mim, vá descansar um pouco. Os médicos lhe deram remédios para dor, certo?" Diante de seu aceno relutante, eu sorri tristemente. "Então deixe-os agir para que você possa se sentir melhor. Podemos nos falar de novo quando você não estiver se sentindo como se tivesse sido atropelado por um caminhão."

"Mas..."

"Sem mas, Steve Rogers", eu disse com firmeza. "Eu te amo. Você tem que descansar para que possa se sentir melhor, e então nós podemos nos falar. Ok?"

Ele finalmente concordou. "Me manda um e-mail?" Ele pediu esperançosamente.

Eu ri, segurando as lágrimas. "Você terá um quando se levantar, querido."

"Ok. Eu te amo, Natasha Romanoff." Seus profundos olhos verdes olharam nos meus através do computador, de modo sério e tão cheios de amor, que roubaram o meu fôlego.

"Deus, Steve, eu também te amo. Falo com você em breve?"

Ele balançou a cabeça e, em seguida, fazendo uma careta, ele se inclinou para cima, pressionou algo no teclado, e a tela ficou preta.

Eu saí do Skype e fui imediatamente puxada para cima por dois pares de braços e as minhas meninas fizeram um sanduíche de proteção em volta de mim. De alguma forma, Laura tinha entrado em casa enquanto eu estava falando com Steve.

Senti as lágrimas se formando mais uma vez e, desta vez, eu não me incomodei em segurá-las. Por longos minutos, elas simplesmente me deixaram chorar, sem dizer nada, exceto baixos murmúrios de apoio que eu não conseguia entender, mas apreciei do mesmo jeito.

Finalmente, eu me afastei, limpando os olhos agora doloridos e inchados. "Vocês são as melhores. Eu sei que tem sido difícil para vocês durante todos estes anos, mas eu não sei se sabia o quanto até agora."

Laura sorriu tristemente. "Eu adoraria dizer que fica mais fácil, Nathy, mas, na realidade, não fica. Eu acordo todos os dias com medo de que algo aconteça com Clint. Eu só tenho que continuar a fazer as minhas orações e acreditar que ele irá voltar para casa são e salvo."

"Sim", Maria concordou. "E nós temos umas às outras. Você precisa saber que pode confiar em nós quando estiver se sentindo preocupada ou com medo. Venha falar com a gente. Você sabe que nós estamos no mesmo barco. Vivemos com esse mesmo medo a cada dia eu não poderia fazer isso - não poderia lidar com Sam estar lá - sem você e Laura."

Eu funguei e assenti. "Obrigada por ter ma ajudado mais cedo... Por ter vindo me dizer e por me ajudar quando eu..." eu fiz um gesto para o banheiro, pensando em como eu tinha vomitado pelo que pareceram horas.

"É para isso que servem os amigos, querida. Agora", ela disse, sorrindo, "Você está com fome? Laura trouxe café, e eu fiz panquecas e bacon."

Meu estômago roncou com o pensamento do bacon crocante e gorduroso, fazendo todas rir. "Sabe, eu acho que estou."

De: Nathy Romanoff
Para: SGRogers
Data de envio: quarta-feira, 19 de maio de 2010 às 07h14min
Data de recebimento: quarta-feira, 19 de maio de 2010 às 19h14min
Assunto: É melhor estar descansando, Sargento Rogers...

Oi querido.

Aqui está o e-mail que eu prometi. Estou prestes a me arrumar para a escola, mas antes de eu ir para o chuveiro, eu queria te dizer que foi tão bom ver seu rosto e ouvir a sua voz. Claro, eu gostaria que tivesse sido em melhores circunstâncias, mas eu não vou ficar chateada que tenhamos conseguido nos falar... e que eu finalmente pude te dizer que eu te amo. Ouvir essas palavras dos seus lábios... Deus, não há nada melhor.

Eu diria a Clint e Sam para sufocar você de beijos por mim, mas conhecendo Clint, eu receio que ele realmente o faria! Então, considere-se esmagado por beijos, ok?

Em resposta ao seu último e-mail, sim, Sargento, quatro meses e meio parece uma eternidade. Mas nós vamos passar por isso. Sei que vamos... Realmente, não há outra opção. Nenhuma. Nós vamos passar por isso, e então eu irei finalmente vê-lo pessoalmente, ser capaz de tocar em você como eu quero tanto agora. Eu serei capaz de dormir em seus braços e acordar para encontrar você ainda lá. Quando eu quiser te beijar e te tocar, eu serei capaz, porque você vai estar ao meu lado. Então vê, Steve? Nós vamos passar por isso porque quando o fizermos, isso é o que estará te esperando do outro lado de tudo isso.

Eu te amo pra caramba. Me mande um e-mail quando você estiver se sentindo melhor... Eu estarei esperando.

Com amor,
Natasha.

P.S.: Você já pensou em quais serão os seus planos quando voltar em outubro? Você está planejando se alistar novamente? Você quer voltar para Chicago? Eu falei sobre o que aconteceria quando finalmente víssemos um ao outro, mas eu percebi que não sei o que você quer, realmente. *Mordendo o lábio nervosamente*.

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