Tampa - domingo, 20 de junho, 2010 às 06h13min
"Feliz aniversário, Steve", Natasha murmurou sonolenta, se enfiando ainda mais debaixo das cobertas.
Sorrindo, eu me abaixei e dei a sua bochecha um beijo suave. "Obrigado, menina doce. Volte a dormir. Eu já volto. Eu só vou dar uma corrida."
"Ok", disse ela com um bocejo, puxando as cobertas sobre a cabeça.
Rindo da minha menina sonolenta, eu saí do quarto. Eu não poderia voltar a dormir, e eu não podia tocá-la, porque ela estava muito dolorida. Foi por minha culpa que ela estivesse tão exausta, então eu optei por uma corrida. Em geral correr me ajudava a limpar a cabeça, e daria a nathy a chance de descansar um pouco.
Eu entrei na cozinha para encontrar Sam grogue servindo uma caneca de café. Seu estava bagunçado, e bem parecido com o meu em uma base diária.
"Feliz aniversário, Sargento", ele murmurou, piscando para mim. "Saindo para uma corrida?"
"Obrigado. Quer ir?" Eu perguntei.
"Sim, me dê um segundo", ele suspirou, esfregando o rosto e tomando um gole de sua caneca.
Ele desapareceu em seu quarto, voltando vestindo com tênis e um shorts. "Tenho certeza que Maria agradece", disse ele com um sorriso irônico. "Bem, agradeceria se estivesse falando. Eu tenho certeza que ela está em coma. As meninas não gostam de dormir durante o verão..."
"Certo", eu ri, levando-nos para a varanda da frente.
Uma vez que fizemos os alongamentos, começamos em um movimento lento até a rua, com o objetivo de ir para a Bayshore. Era a minha parte favorita da corrida. Não só tinha uma vista fantástica da baía de Tampa, mas do horizonte da cidade, também. Não chegava nem perto do tamanho de Chicago, mas era muito bonita mesmo assim.
Era uma corrida de doze quilômetros de uma extremidade da Bayshore até Ballast Point Park, apesar de que o nosso ponto de partida ficasse no meio. No momento em que tínhamos chegado ao parque, eu precisava de água. Beber demais nos últimos dias tinha me desidratado.
"Nós também podemos ter o nosso tempo", Sam disse ofegante, enquanto esperava para eu beber da fonte.
Eu balancei a cabeça, andando para longe dele para esfriar um pouco. Já era um dia sufocante, fazendo 27 graus às sete da manhã, e a umidade vindo da água não estava ajudando. Na parte mais distante do parque havia um longo cais, e de lá, você podia ver uma ponta da Base Aérea de MacDill, embora o tráfego aéreo constante atrapalhasse.
Sentando em um banco, eu deixei minha cabeça cair contra o parapeito do cais. Ouvi Sam se aproximar e abri um olho para olhar para ele. Eu precisava agradecer-lhe. A sério.
"Te devo uma, cara", eu suspirei, sentando para frente e descansando os cotovelos sobre os joelhos. "Obrigado por trazer natasha até aqui."
Ele sorriu, todo torto e feliz. "Não foi tudo coisa minha, Sargento. Maria teve muito a ver com isso. E foi puramente egoísta, eu lhe garanto. Eu estava louco para ver a minha esposa."
Eu ri e assenti. "Eu posso imaginar. Será que fica mais fácil? Estar longe?" Eu perguntei, pensando em ter que deixar a minha menina ir embora no final da sua visita.
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Coming Home By Sargent
Hayran KurguCOMING HOME é sobre um soldado que está no Afeganistão e uma professora que por intermédio de uma amiga começa a se corresponder com ele, depois de lhe enviar um 'pacote de cuidados' como retribuição por seu serviço pelo povo dos Estados Unidos.