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Afeganistão - quarta-feira, 12 de maio de 2010 às 15h23min

Dezessete dias longe do acampamento base... longe de telefone, e-mail, música e das fotos de natasha, além da desgastada cópia impressa na minha mão que eu tinha tirado do bolso, pelo menos um milhão de vezes. A base apareceu mais perto à medida que retumbávamos ao longo da estrada esburacada no caminhão.

17 dias. 408 horas. 24.480 minutos. 1.468,800 segundos. 1 ferimento a bala. 2 vítimas de queimaduras leves. 0 vítimas fatais.

Bem, não houve vítimas no meu esquadrão. Houve uma abundância de mortes em todas as outras porras dos lugares - do nosso lado e do lado deles, para não mencionar os civis que haviam ficado presos no meio apenas tentando viver suas vidas. A unidade de Forças Especiais tinha finalmente chegado, derrubando o último dos bastardos que tinham estado escondidos em um pequeno prédio de apartamentos. Meu esquadrão tinha ajudado na demolição e extermínio, por isso, fomos enviados de volta à base, uma vez que estava tudo acabado.

"Menina bonita", eu ouvi ao meu lado, e quase tinha me esquecido que o tenente fury estava sentado ao meu lado.

"Eu acho que sim", eu disse, incapaz de não sorrir, mas dobrei a coisa desgastada com segurança e coloquei de volta no bolso junto ao peito. "Ela provavelmente está louca de preocupação."

"Não, Sargento", Sam acrescentou entrando na conversa. "Maria e Laura estão com ela. Elas prometeram a você, cara."

Eu balancei a cabeça e olhei para trás, para fora da porta do bagageiro, sem me preocupar em discutir, porque eu não tinha tanta certeza. Eu ficava pensando o tempo todo em que estávamos longe, que eu ia voltar e ter um e-mail esperando por mim, que terminava com esta coisa entre natasha e eu de uma vez por todas. Que o medo, preocupação e espera teria sido demais para ela. Ou, pior ainda... que ela tivesse encontrado alguém acessível.

O caminhão fez uma parada brusca, e nós estacionamos na frente do acampamento. Eu comecei a me levantar, mas fury me interrompeu. Ele parecia cansado, com cabelos grisalhos nas têmporas que eu nunca tinha notado antes.

"Espere um pouco, Sargento", ele afirmou, deixando o resto dos homens sair do caminhão. Quando estávamos só nós dois, ele disse, "excelente trabalho lá, filho. Não pense que isso passou despercebido."

"Obrigado, Senhor", eu respondi com um aceno.

Ele sorriu, balançando a cabeça e batendo nas minhas costas. "Vá ligar para a sua menina. Use o gabinete do Comandante, se quiser."

Eu o agradeci, e era bem provável que eu estivesse ostentando o mais idiota dos sorrisos, mas ele não disse nada quando eu passei por ele apressado em direção ao quartel. Na minha cama havia uma nova caixa. Enquanto a maioria dos homens provavelmente queria um banho, roupas limpas, e dormir, a única coisa que eu queria era falar com ela.

Abri o meu baú, peguei meu laptop e a caixa da minha cama, e fui para o gabinete do Comandante. Olhando para o relógio, eu sabia que era cedo demais para ligar para ela, mas eu queria pegá-la antes que ela se arrumasse para o trabalho.

Como o meu laptop ligado, eu abri a caixa, porque sabia que ela tinha enviado cookies. Sorrindo para as coisas diferentes que ela tinha incluído, meu único objetivo era encontrar esses cookies. Eu enfiei dois snickerdoodles na boca enquanto me conectava ao meu e-mail. Fiquei chocado de ver não apenas uma, mas seis e-mails dela, todos de datas diferentes - durante todo o tempo em que eu estive longe. Até o momento em que eu tinha lido todos eles - duas vezes - eu tinha comido mais alguns cookies, mas nada conseguiria acalmar a dor no meu peito. Pegando o telefone, disquei o número dela.

"Alô?" Uma voz sonolenta, mas surpreendentemente excitante respondeu.

"Natasha", eu suspirei, minha cabeça caindo contra a parede atrás de mim com um baque surdo.

Ela engasgou, de repente bem acordada. "Steve! Você está bem. Você está de volta", ela afirmou, mas as frases soaram como perguntas, também.

"Sim, para ambos, linda", eu respirei fundo com um sorriso e um suspiro, sentindo-me completo pela primeira vez no que pareceu uma eternidade. "Eu recebi os cookies", eu murmurei enquanto enfiava outro na boca.

Sua risada saiu doce e feliz. "Há mais além de cookies, baby", ela brincou.

"Eu tenho certeza", eu disse com uma risada, fechando meus olhos. "Diga-me o que eu perdi. Eu li seus e-mails, mas só... fale comigo."

Eu só queria me perder em sua voz, e ela era fodidamente perfeita, permitindo-me fazer exatamente isso. A partir do minuto que desligamos o computador um pouco mais de duas semanas atrás, ela me contou tudo. Desde a receita de massa mal feita, até histórias do dia-a-dia sobre seus alunos, até a falta que ela sentiu de mim. Cada palavra era como o céu.

"Deus, eu senti sua falta", ela sussurrou, e eu ouvi a emoção infiltrar-se em seu tom. "Eu não posso expressar o quanto..."

"Eu senti sua falta também, linda" eu sussurrei, balançando a cabeça ao perceber como verdadeiras essas palavras eram. "Isso é demais? Você pode realmente lidar com isso? Comigo?"

"Oh, eu acho que posso lidar com você, Rogers", ela prometeu, e eu ri da sua provocação sexy.

"Eu não posso esperar para ver você tentar." Eu ri, finalmente, olhando o resto das coisas da caixa - quebra-cabeças, um baralho de cartas, óculos de sol. Quando me deparei com um envelope cheio de fotos dela, minha respiração parou completamente. "Jesus, Natasha..."

Sua risada em resposta foi deliciosamente má. "Só agora, baby? Você só encontrou as fotos agora?"

"Inacreditável", eu gemi, porque ela tinha enviado um punhado de fotos sexy-como-o-inferno dela, vestindo algum tipo de coisa preta e azul de renda. "Você tem que ser a coisa mais sexy que eu já vi. Eu não posso esperar para colocar as minhas mãos em você..."

"

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