1. Está me escutando?

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Você estava no laboratório a algumas horas já e estava se esgotando, tinha chego as cinco da manhã e nesse momento eram quase sete da noite, onze horas fazendo medicamentos já estava em seu limite diário.

Passou a mão sobre os cabelos (C/C) e ofegou se sentando, cansada você via o seu redor embaçar, mas nada que fosse te fazer desmaiar. Se levantando se dirigiu até os corredores, se apoiando pelas paredes frias, foi andando em direção à onde seria a cozinha.

- (S/N).

Uma voz firme te chama atravez de uma porta o que te fez quase dar um pulo até o teto, se virou até a porta vendo na mesma seu chefe. O homem de blusa social preta e gravata branca abriu a porta, se dirigindo até você enquanto arrumava a máscara sobre o rosto, colocou uma das mãos dentro do bolso a outra foi até seu queixo, fazendo um carinho com o polegar.

- Conseguiu finalizar quantas pesquisas? - Perguntou o homem, te soltando e colocando a mão de volta ao bolso - Espero que não tenha se esgotado de mais, precisamos de mais.

- Terminei apenas uma, outras duas faltam só a conclusão... - Você o respondeu, com cansaço na voz e olhando as anotações em suas mãos riscadas com caneta - Eu estou bem... só preciso comer, senhor.

Chisaki notou a mudança em seu tom de voz, aquilo não era o seu normal, mas preferiu deixar quieto e te acompanhou até a cozinha geral, quase vazio sem ser pelos móveis do lugar. O médico da praga se aproximou dos armários, retirando de lá uma marmita fechada e esquentou a mesma no fogo, a deixando ali Overhaul se aproximou. Você se sentia flutuando, estava acostumada com essas caminhadas com o chefe mas na maioria estavam sempre falando de trabalho, trabalho e trabalho, mas não era problema.

- (S/N) Me responda.

Ergueu o rosto para Chisaki, ele estava de frente para você apoiado na mesa, a máscara preta na frente do rosto, você nem o escutou te chamar ou falar algo, apenas passou a mão no rosto e olhou as mãos na mesa, mas ergueu o rosto e o olhou nos olhos com aquelas iris (C/O).

- Perdão?

- Perguntei se você está livre amanhã de noite. - Ele se virou, deixando a comida sobre a mesa e se sentando - Eu pediria hoje mas está pálida como papel.

- A-Ah? Para trabalho? - Você se levantou para esquentar a própria comida, mas foi segurada pelo pulso com firmeza, com o toque de tecido contra sua pele - o que foi...?

- Sua comida ja está aqui. Já a esquentei. E sim, é reunião de trabalho.

Você viu a marmita na frente de onde estava sentada antes, com o vapor do calor subindo devagar com o cheiro subindo pelo cômodo. Você se soltou de Chisaki e voltou a se sentar, pegando os hashis e começando a se alimentar com calma. Chisaki não comeu, apenas ficou lendo um bloco de notas, enquanto anotava outras coisas.

- Podemos sair sim, eu... tento acelerar o trabalho amanhã.

- Ou se quiser, (S/N), pode tirar o dia de folga amanhã.

Você o olhou ao terminar de mastigar a comida, engolindo você desceu o olhar para a marmita mas subindo novamente para Chisaki, encarando aqueles olhos dourados que entravam em sua alma, que te faziam arrepiar facilmente.

- Tem certeza? Ainda não terminei as pesquisas do mês... - disse se levantando, deixando a marmita no canto, quando foi virar sentiu duas mãos sobre sua cintura, gentil mas ainda com uma ternura agressiva - A-Ah? Senhor...?

- Eu te busco as 8 lá na casa... - Chisaki disse sussurrando no pé de seu ouvido, virando o rosto beijou sua nuca e se virou saindo - Vista-se bem, por favor (S/N).

Arrepiada por inteiro, você apenas concordou, vermelha como morango tentava esconder as bochechas se encolhendo um pouco, o que tirou de Chisaki um riso curto por debaixo daquela máscara de tecido.

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Seguindo o caminho até seu apartamento, você estava totalmente ensopada pela chuva forte, mesmo com o guarda-chuva em mãos você acabava molhada pela água e vento. Cansada entrou nem casa, tirando os sapatos na porta e entrando no lugar exausta, a roupa pingava enquanto molhava o piso de madeira.

Você se dirigiu até a mesa da cozinha, onde havia uma carta que você tinha recebido a alguns dias no trabalho, a carta era um convite para sair, e quem havia te dado o convite ja tinha ido outras vezes até a farmácia onde trabalhava, mas só depois da terceira vez ele te deu esse convite, disse que queria discutir sobre negócios.

Se levantou e foi se arrumar, era hoje que iriam sair, e mesmo que sem cabeça para sequer sair da cama, você sabia que qualquer emprego seria melhor do que aquele no qual trabalhava atualmente. Colocou uma jeans azul cintura baixa e uma blusa social branca emperolada, salto preto simples com duas tiras e uma maquiagem simples, afinal era a trabalho, não diversão.

Levou pouco tempo, e logo houve uma batida na porta. Você foi atender e seus olhos (C/O) foram de encontro a olhos dourados sendo destacados por uma máscara preta.

- Podemos ir?

No toque de um Anjo | Overhaul ImagineOnde histórias criam vida. Descubra agora