— Avisaremos caso alguém tente utilizar o seu cartão em algum lugar, senhora. Sentimos muito pelo transtorno e agradecemos pelo contato. — disse o atendente cordialmente antes de encerrar a chamada.
— É... — Allie suspirou e colocou as mãos na cintura — Parece que a festa acabou...
— Desculpem meninas... — a dra. Louise, já um tanto bêbada, choramingava.
— O que vocês vão fazer agora? — Jean-Claude indagou, olhando para Fredrick e para Alexander — Talvez, o cartão tenha caído da bolsa dela lá no seu apê, tio Freddy.
— É, há uma boa chance de estar lá... — Lindarosa concordou com o amigo.
— Então a gente não vai mais para a minha casa? — Samantha questionou com uma óbvia cara de decepção.
— Não, gente, tá tudo bem... — Fredrick se pronunciou — Louise, Alex e eu iremos para minha casa, procurar o cartão... vocês podem continuar a festa à vontade. Não precisam se preocupar.
— Tem certeza pai? — Allissa indagou nitidamente dividida entre ficar com o pai e voltar para sua diversão noite adentro.
— Tenho, querida...
II
UMA HORA DEPOIS, NA CASA DE FREDDY
Louise se sentou no sofá e apoiou a cabeça nas mãos. Apertando os olhos, respirou fundo e levantou a face quando Fredrick se aproximou e lhe ofereceu água.
— Não fique assim, Martha, é só um cartão... você deve tê-lo perdido enquanto vinha, talvez... quando entrou no carro para vir na hora do almoço... — o médico tentava consolar a diretora do hospital.
— Álcool e tensão pré-menstrual dá nisso... — a mulher sorriu e tomou o copo das mãos de Freddy — Me desculpem, rapazes... eu acabei com a festa de vocês...
— Não é como se eu quisesse mesmo passar a noite inteira dançando, apesar de certas pessoas — olhou para Alexander — me forçarem. — riu.
— Imagine só se a gente de repente descobrir que foi o Freddy que passou a mão no seu cartão só para nos obrigar a voltar para casa mais cedo. — Alex riu da própria teoria.
— Imagine só! — Louise sorriu — A desvantagem desse plano é que eu vim junto para atrapalhar a noite de vocês...
— Ai, ai, você e essa fixação com atrapalhar! Sai disso mulher! — o fotógrafo reclamou em tom de brincadeira.
— Mas é sério... bom, deixa eu ir embora, vai... — a diretora se levantou de um modo desajeitado — agora só resta voltar para casa.
— Deixe disso, fique conosco. — Fredrick se sentou ao lado da doutora e puxou Alexander para se sentar no colo dele. Naquela altura, o médico também estava meio afetado pelo álcool.
— É... — Alex concordou e abraçou o pescoço de Freddy — Cê tá bêbada, não pode dirigir, ou seja, se sair, vai ter que chamar um táxi e deixar o próprio carro aqui. Fora o risco de o motorista do táxi ser algum louco e querer se aproveitar de você. Não... cê fica aqui, quietinha...
— Você se preocupa demais com a possibilidade de eu encontrar algum cara mal intencionado, né? — Louise se recostou no sofá e perguntou.
— Ai, eu fico doido com essas notícias sobre o que alguns homens fazem com vocês. — o fotógrafo se esticou e segurou o pulso de Louise. "Tonto de álcool" era uma boa forma de descrevê-lo — Tipo, os caras que dizem gostar de mulher, ao invés de tratar vocês bem, abusam, matam... Jesus Cristo! Ah, eu morro de medo de vocês saírem de noite e acontecer alguma coisa...
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De Dentro Para Fora
RomanceFredrick Warren é um médico bem sucedido e já beirando os 50 anos. Viúvo e pai de uma jovem de 21 anos, jamais acreditaria se lhe dissessem que ele se pegaria louco de amores por uma pessoa em uma balada. Acreditaria menos ainda, caso lhe dissessem...