(HIATUS) I͎s͎s͎o͎ n͎ā͎o͎ é͎ s͎ó͎ s͎e͎x͎o͎ - 𝐊𝐚𝐤𝐮𝐇𝐢𝐝𝐚

HIATUS

No capítulo anterior...

Foi para a cama às cegas por ter esquecido de ligar a luz do abajur e sentiu o pé bater em algo de baixo da cama. Correu para acender a luz novamente enquanto trancava a porta. Voltou a passos lentos para perto da cama, como se uma parte de sua mente gritasse para ele dormir em outro lugar e pedir Sasuke para ver o que era aquilo. Ajoelhou-se no chão e se inclinou para de baixo da cama e logo se afastou da cama com medo ao ver as garrafas de bebida. Era como se elas fossem um monstro... Mas eram pior que qualquer monstro. Eram a perdição de Itachi. Eram sua droga, eram seu gatilho.

Agora...

Itachi continuava imóvel. O medo se apossando de si juntamente do desejo. Desejo de beber. Desejo de cair nas tentações do álcool novamente. Suspirou e se ajoelhou na frente da cama e com as mãos trêmulas pegou uma das garrafas de everclear. Os olhos brilharam. Mas aquilo não era nem de longe um brilho bom. Um brilho de medo e de fascínio. Era o brilho nos olhos de um caçador quando abatia a caça depois de dias ou semanas sem comer. Era um brilho desesperado por ajuda. Girou a garrafa nas mãos e passou os dedos longos por cima do rótulo de everclear e vendo o aviso de alto teor alcoólico. Suspirou e fechou os olhos. Estava com medo. Mergulhado em suas lembranças de poucos anos atrás quando havia tido seu coma alcoólico. Aquilo o assombrara desde então. Sentiu os olhos arderem. Ele se lembrava de cada sensação. O sono profundo; o ensurdecedor apito que ecoava em sua mente, sobrepondo todos os sons reais, e principalmente, a dor no lado direito do abdômen, bem acima do fígado. Levou a mão até a área coberta pelo tecido de sua roupa. O quarto estava iluminado e o ensurdecedor apito ecoava em sua mente novamente e quase não escutou a segunda vez que Sasuke bateu a porta. Balançou a cabeça ao escutar a voz do irmão e colocou a garrafa para baixo da cama novamente. Suspirou com os olhos ainda ardentes e foi até a porta.

- Itachi? - Sasuke chamou preocupadamente o nome do irmão ainda batendo na porta. Itachi não havia respondido, só girou a chave com um sorriso fraco e abriu a porta. Sasuke recuou um pouco ao ver os olhos avermelhados do irmão, mas logo se recompôs e preocupado com o irmão começou a falar. - Estava chorando? Quer dormir na sala comigo e Naruto hoje? Pode ser que nem nos velhos tempos. O Naruto pode substituir o Shisui... - o irmão o enche de perguntas e Itachi ri fraco lembrando dos velhos tempos. Suspirou e logo assentiu com a cabeça. A sanidade, felizmente, falara mais alto do que o incandescente desejo de ficar naquele quarto com a bebida.

- Eu já estou indo, vou só pegar meu travesseiro e minha coberta e já desço... - disse baixo e reservado, como quase sempre. Sasuke assentiu sorrindo tão reservado quanto o irmão mais velho e logo desceu as escadas, indo até Naruto que segurava um grande pote com pipocas e três latinhas de refrigerante. Sasuke sentou-se ao seu lado enquanto no andar de cima, Itachi pegava suas cobertas e travesseiros tentando não lembrar das garrafas abaixo de sua cama. Apagou a luz do quarto e desceu entre algum suspiro ou outro e pôs-se ao lado do irmão no sofá cama, que já estava aberto revelando-se um grande espaço. Os irmãos Uchiha, juntamente do Uzumaki tiveram uma noite divertida assistindo filmes de terror juntos e comendo, logo caindo no sono juntos ali mesmo na sala.

Enquanto a "família" estava tendo sua noite divertida, do outro lado do país, Shisui arrastava sua mala sonoramente pelo chão do aeroporto, olhando em seu relógio para chegar no número do portão de onde seu voo partiria. Estava atrasado.

- Esse é o último chamado. Senhor Shisui Uchiha, classe executiva, por favor compareça ao portão quinze. O voo partira dentro de quinze minutos. - Shisui suspirou nervoso vendo os números e logo chegando ao quinze. Escaneou o QR code com o celular e logo entrou no avião junto de sua mala. Foi até a sua privada poltrona e suspirou pegando os protetores auriculares e colocando-os, logo puxando a pequena cortina deixando o local escuro enquanto fechava sua janela.