HIATUS

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No capítulo anterior...

- Boa noite... - diz fechando os olhos e finalmente permitindo-se dormir.

Agora...

P.O.V. Hidan:

Depois de algumas horas de sono, acordo com o despertador do celular. Decido desligar. Pego o celular e começo a ger as mensagens. Ignoro-as, principalmente as de Kakuzu, mas logo entro na conversa, vendo que ele tinha acabado de mandar outra mensagem. A mensagen dizia: "juntei suas coisas, pode vir buscar a qualquer hora" decido só marcar como lido.

Tomo um banho rápido e coloco uma roupa casual. Faço minha carta de demissão e coloco em um envelope. Pego as chaves de casa e peço um Uber. Decido não acordar Itachi, ele estava irritado demais e eu preciso desse "último encontro" com Kakuzu.

Vou para a joalheria e vejo que a mesma ainda estava com a vitrine fechada, mas a porta já estava destrancada. Entro lentamente e escuto o barulho do sininho. Ando até o balcão e escuto passos vindos dos fundos.

- Oi. - diz Kakuzu enquanto se aproxima com uma caixa em mãos

- Oi... - respondo baixo tentando evitar contato visual. - Eu vim pegar minhas coisas e apresentar meu pedido de demissão formal. - digo colocando o envelope em cima do balcão. - Você tá bem? - pergunto me referindo aos socos da noite passada. Ele assente e suspira.

- Você sabe que isso não é preciso, né? - pergunta abrindo-o. - Seu estágio acaba daqui três semanas, você não precisa se demitir...

- E-eu preciso sim. - digo sentindo a voz falha. Droga, por que eu tenho que ficar tão... Sensível? - Vai ser melhor pra nós dois não ter nenhuma distração enquanto trabalhamos...

- Isso é infantil. - diz e eu reviro os olhos.

- Eu tenho todo o direito de querer me afastar o máximo possível da pessoa que mentiu pra mim durante meses. - digo finalmente olhando em seus olhos. Ele suspira e volta a olhar o envelope.

- Vou depositar o dinheiro da demissão na sua conta até o fim da semana. - diz simples.

- Okay... - digo pegando a caixa. - Todas as minhas coisas estão aqui?

- Sim, as que estavam na minha casa também. - Assinto e pego meu celular, vendo algumas mensagens de Itachi. Peço um carro por aplicativo e fico em dúvida do que fazer. - Pode ficar aqui até seu Uber chegar. - diz indo para sua cadeira. Fiquei parado em pé e em silêncio durante alguns minutos, sentindo minha língua quase queimar.

Autora on:

- Sabe... - Hidan começou e Kakuzu olhou para ele quase que na mesma hora. - Archibald disse que você me pediria em namoro. Se ele não tivesse aparecido e me contado, provavelmente agora nós nem estaríamos aqui na joalheria. Provavelmente eu teria aceitado e agora estaríamos na cama. - diz e Kakuzu sente como se mil lâminas afiadas acertassem seu coração. Hidan estava falando aquelas coisas para feri-lo, e estava funcionando. - Eu me acostumei a dormir todas as sextas com você, sentindo o seu cheiro, acordando dando falta de você na cama, mas sentindo cheiro da sua comida. Ver você passando pela porta com uma bandeja com meu café da manhã. E eu me acostomei com isso. Isso havia virado a minha rotina... - diz enquanto ria amargamente. - Sabe, eu encontrei o amor onde ele não deveria estar, bem na minha frente. Mas você o quebrou em muitos pedaços. A mente tem mil olhos, e o coração apenas um. Mas eu decidi fechar esse único olho e cair na paixão. Mas isso foi bom pra você pelo menos, até porque foi você que venceu a aposta.

- Hidan... - sussurra mas logo é cortado.

- Eu não terminei ainda. - diz sério. - Você me usou, agora é minha vez de te usar. Eu te usarei como um marcador, de quanto ceder à alguém e de quanto receber. Eu vou te usar como um sinal de alerta. Um alerta pra quando começar a me apaixonar por alguém novamente, ou sentir que alguém está se apaixonando por mim. Eu não quero me apaixonar por mais ninguém, e nem me envolver com alguém apaixonado por mim. Porque esses sentimentos destroem a alma das pessoas... - diz se aproximando. - Com apenas algumas palavras, alguém pode se machucar feio. - Kakuzu abriu a boca pra falar, mas novamente foi interrompido. - Não fala nada para mim, porque eu não posso fazer você me amar se você não ama. Você não pode fazer seu coração sentir algo que não vai. Eu poderia te entregar meu coração, e sentir esse maldito sentimento, mas seria falso porque você não sentiria. - Hidan escutou a buzina do carro e limpou as lágrimas que nem percebeu que se formavam. Pegou suas coisas rapidamente e saiu da joalheria.

- Você tá errado. Eu sinto todos esses sentimentos, e você já me fez amar-te. Seria impossível não amar... - diz Kakuzu em tom baixo, enquanto via seu amado entrar no carro. Riu fraco. - É isso então... Eu amo você. - sorriu ao perceber que finalmente havia admitido os sentimentos a si mesmo. - Mas eu já te magoei demais, e você deixou bem claro que não quer mais nada comigo.

Kakuzu terminou de abrir a joalheria e Hidan foi para seu apartamento.

- Onde você tava? Me deixou preocupado sabia? - Itachi pergunta indo até o menor quando ele passa pela porta.

- Eu fui buscar minhas coisas e entregar minha demissão formalmente. - diz simples.

- Eu falei que iria pra você... - diz Itachi enquanto fecha a porta.

- Itachi, eu precisava dar um fim nisso por conta própria... - diz Hidan suspirando e olhando pra cima.

- E como foi? - pergunta pegando a caixa com as coisas do platinado.

- Mais difícil do que eu pensei... - sente os olhos se umedecerem. - Ficar apaixonado é uma merda. - suspira indo para o sofá. Itachi leva a caixa para o quarto do menor e volta para o sofá, o puxa pra perto para conforta-lo.

- Verdade... - ri amargamente. - Quer fazer o que?

- Na verdade, eu queria ficar um pouco sozinho. - diz Hidan suspirando. - Não leva a mal, eu só preciso de um tempo sozinho.

- Ok... - diz Itachi sorrindo fraco. - Quer que eu faça algo antes de ir? - pergunta e Hidan nega com a cabeça. - Então eu vou tomar um banho e já vou indo. - diz se levantando.

O moreno toma um banho rápido, coloca suas roupas, pega sua chave e se despede do platinado com um beijo em sua testa.

Quando Itachi saiu, Hidan tentou dormir mas não conseguiu. Ele se levanta, coloca um pouco de cereal em uma tigela, come, toma um banho e decide arrumar suas coisas. Ele pega a caixa e vai para o seu quarto.

Dentro da caixa haviam algumas roupas que havia deixado na casa de Kakuzu, roupas íntimas e algumas "fantasias". Lembrou das noites que as usava para Kakuzu e sorriu, guardando-as em uma das últimas gavetas do guarda-roupas. No fundo da caixa tinha a camisa vermelha, a maldita camisa vermelha, com um pedaço de papel em cima.

"Você usou tanto essa camisa que ela já é praticamente sua.

- Kakuzu"

Revirou os olhos e guardou a camisa junto com as outras roupas. De fato aquela camisa era a sua favorita para dormir. Era macia, cobria boa parte de seu corpo e não o esquentava muito.

Tirou mais algumas coisas, como seu perfume e alguns livros da faculdade que havia esquecido la.

No fundo da caixa, abaixo de tudo havia uma carta. Endereçada a si, feita pelo moreno de olhos verdes que havia partido seu coração. Pensou em rasgá-la na mesma hora, mas sua curiosidade era maior. Abriu o papel e encontrou uma carta escrita a mão. Sentiu os olhos encherem-se de lágrimas quando começou a ler.

(Alguém mora comigo em uma cidade que faz frio moderado e eu possa adotar um gatinho?

Hoje vai sair mais um capítulo como eu tinha prometido no aviso que postei no perfil. Era pra mim ter postado ontem? Sim, era. Mas ontem eu tava bem na bad e não tava conseguindo escrever nada kk e hoje eu to melhor, porém eu quero um gatinho 😓😓😓.

Não foi revisado, então me perdoem pelos erros de digitação.

Total de palavras: 1257.

Espero que tenham gostado 💜).

(HIATUS) I͎s͎s͎o͎ n͎ā͎o͎ é͎ s͎ó͎ s͎e͎x͎o͎ - 𝐊𝐚𝐤𝐮𝐇𝐢𝐝𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora