Capítulo 24. Tudo que ele mais queria

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Hemilton, Gruffin – 1829.

Emma havia convencido Grace a descer para o chá e dissera que Caleb ficaria bem, Grace precisava tomar um pouco de ar fresco. Caleb não mostrou sinais de melhora, mas também não piorou, o que era bom, de certa forma.

A menininha loira, Stella, que agora Grace sabia se tratar da sobrinha de Emma, estava com elas na mesa na varanda dos fundos da casa e um menininho ruivo, que não tinha como negar ser filho de Emma, estava no colo dela. Caleb havia comentado sobre o menininho, disse que se chamava Liam, em homenagem ao avô, e que tinha pouco mais de um ano. Grace imaginava Caleb exatamente daquele jeito quando era bebê, tirando o fato de que Liam tinha olhos verdes e não azuis, certamente algo que herdou do pai.

O mordomo se aproximou delas e parou ao lado de Emma com um bandeja em mãos, entregando uma correspondência para Emma. A cunhada olhou para a carta e depois para Grace, assumindo uma expressão preocupada.

- É uma carta de Sophie, tem um selo de urgência. – disse ela.

Os batimentos de Grace aceleraram, o que poderia ser?

Ela pegou o menino no colo, agora era seu sobrinho, e observou enquanto Emma lia a carta, então ela deixou o papel sobre a mesa e sorriu, erguendo o olhar para Grace.

- Seu tio. – Declarou ela. Grace se empertigou e se inclinou mais para a frente. – Ele invadiu a Casa Campbell atrás de Caleb, acusou ele de ter sequestrado você e ameaçou meu irmão para que contasse onde vocês estão. Mas ele não contou, até porque não sabe de nada.

Grace suspirou, fechando os olhos por um momento.

- E você ri disso? – indagou ela, com um pouco de irritação. – Ele vai nos descobrir e vai me matar. Ou pior, vai matar o seu irmão.

Emma negou com a cabeça, parecendo se divertir muito.

- Sophie contou para ele que meu irmão embarcou na tarde de sexta-feira em direção ao continente, onde pegaria outro navio direto para a Itália. Então seu tio ficou ainda mais transtornado, porque não tinha mais nenhuma ideia de para onde você pudesse ter ido, e foi obrigado a pedir perdão por invadir a residência do duque, e se retirou.

Ela podia ver certa graça nisso, principalmente ao imaginar seu tio ferver de raiva ao ter que se desculpar, mas não conseguia sorrir.

- Ele vai realmente nos matar quando nos encontrar. – Grace declarou em voz baixa.

- Não vai. – Emma disse de forma decidida. – Caleb é um Campbell, descendente da realeza, seu tio não seria louco de fazer algo contra ele.

- Bem, ele atirou no seu irmão. – Grace argumentou.

- Mas não sabia que era o meu irmão, podia desconfiar, mas, se realmente soubesse que era Caleb na sua frente, duvido que atiraria.

Não adiantaria discutir esse assunto, Grace conhecia o tio e sabia do que ele era capaz, mas mesmo assim, ficar tentando explicar para a cunhada não mudaria nada, ela precisava que Caleb se recuperasse e acordasse, então fariam um plano para quando voltassem para a capital.

- Certo. – Declarou ela, devolvendo Liam para Emma e se levantando. – Vou ver como Caleb está.

Emma assentiu e se levantou para acompanhar Grace. 

 

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Paixão ao pôr do solOnde histórias criam vida. Descubra agora