Capítulo 11. O baile

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Rudá, Gruffin – 1829.

Caleb fora uma das primeiras pessoas a chegar ao baile, ele estava ansioso para ver Grace e tirá-la para dançar. Ainda não tinha um plano formado na sua mente, resolveu que não pensaria muito sobre o que fazer e só se deixaria levar, tentando não fazer nenhuma besteira. Ele se sentia um tolo apaixonado, mas não via problema nenhum em admitir isso para si mesmo, ele iria fazer tudo que estivesse ao seu alcance para conquistar Grace. Ainda parecia estranho, mas ele sentia algo tão grande por ela que não era capaz nem de tentar definir o que era, esperava que ela também sentisse algo por ele.

Sophie o observava com um sorriso e um olhar de quem sabia de tudo que estava acontecendo, ela foi ao quarto dele novamente depois que chegaram à Casa Campbell e ficou olhando para o quadro que Caleb pintou com os olhos de Grace, ela realmente havia descoberto tudo, pela forma que olhava, mas ele sabia que ela não contaria nada a ninguém.

Alguns convidados começaram a chegar e cumprimentar Beth e Peter, os anfitriões da noite, mas nenhuma das damas parecia tão linda aos olhos de Caleb como aquela que ele aguardava.

E então ele a viu, ela usava um vestido branco florido que a deixava deslumbrante, o sorriso estampado no rosto dela fez com que todo o esforço de Caleb para que ela estivesse ali valesse a pena.

- Você não vai cumprimentá-la? – Sophie perguntou, entrelaçando seu braço ao de Caleb e o forçando a acompanhá-la, abandonando o marido. – Eu certamente tenho que cumprimentá-la, somos muito amigas, não é?

- Obrigado novamente. – Ele agradeceu com um sorriso e fechou as mãos em punho para tentar controlar a ansiedade.

Quando os dois chegaram até Grace e a prima, Charlote, alguns outros convidados já as tinha cumprimentado, inclusive Alice estava cumprimentando-as naquele momento. Caleb deixou que Sophie as cumprimentasse primeiro, aproveitou para admirar a forma como ela sorria e os olhos brilhavam, mesmo tendo visto-a poucas vezes, ele pensou que os olhos dela nunca brilharam daquela forma, então ele cumprimentou Grace primeiro, sem se importar em esconder seu interesse nela, e depois depositou um beijo rápido nos nós dos dedos de Charlote.

Sophie estudava Grace com muita atenção, então se virou para Caleb e sorriu ao dizer:

- Você tinha razão. – E então se inclinou mais para perto dele. – São realmente mais verdes. Sua representação ficou incrível.

Alice, Grace e a prima olhavam para os dois com a curiosidade visível no olhar.

- Obrigado, Sophie. – Caleb agradeceu com um sorriso constrangido. – Mas devo dizer, mesmo soando um pouco rude, que maldito seja o dia em que você resolveu entrar com uma bandeja de chá no escritório do meu irmão.

Sophie sorriu de forma convencida.

- Me sinto incrivelmente bem sendo uma Campbell e vendo como me amam. – Ela disse com sarcasmo para as damas à sua frente. – Adoro ter uma família grande para que eu possa observar tudo e descobrir os segredos deles.

Grace sorriu, olhando para Caleb.

- E é por esse motivo que Alice é a minha cunhada preferida. – Ele declarou, colocando a mão sobre o peito e olhando para a cunhada em questão.

- Como podem ver, a família Campbell possui uma ótima dinâmica familiar, não é? – Alice entrou na conversa, com um sorriso. – Como alguém que cresceu com eles, posso garantir que com o tempo vocês se acostumam com tudo isso.

Sophie olhou ao redor, então voltou a sua atenção para as suas companhias, franzindo a testa.

- Adoraria continuar o assunto, mas preciso encontrar meu marido, se eu ficar muito tempo longe, ele é capaz de fugir do baile sem ser notado. Nos vemos depois. – Ela disse, entrelaçando seu braço no de Alice e levando a cunhada consigo, deixando Caleb sozinho com Grace e Charlote.

Paixão ao pôr do solOnde histórias criam vida. Descubra agora