Acordei assustada com o barulho de trovoada, abri os olhos rapidamente e vi que Vincent ainda estava dormindo, mas agora agarrado com minha cintura de conchinha comigo e com seu rosto afundado no meu pescoço.
Senti sua respiração próxima ao meu ouvido e isso me arrepiou por completo. Era incrível o jeito que ele me fazia sentir coisas que nunca senti em toda minha vida antes. Nem mesmo com meu namorado.
Mesmo que eu quisesse mais do que qualquer coisa, continuar ali. Isso não seria certo com o Reggie, nesse momento ele está no abrigo fazendo caridade e eu na minha cama com o irmão dele.
Tentei sair dali sem acorda-lo mas assim que fui mais para o lado, ele me puxou forte pela cintura e grudou nossos corpos novamente, fazendo com que minha bunda encaixasse perfeitamente no seu membro. E porra, isso foi tão gostoso.
Olhei para trás e me certifiquei que ele ainda estava dormindo, por conta da sua respiração pesada, tive a certeza disso. É óbvio que estava dormindo, ele nunca faria isso se estivesse acordado.
Sai dos seus braços e caminhei na ponta dos pés até a porta, tentando não fazer barulho nenhum. Olhei pela janela e vi que estava tendo um tempestade imensa lá fora, tranquei o resto da casa e quando peguei meu celular, havia várias mensagens da Maria dizendo que as estradas estavam enterditadas e que provavelmente teríamos que ficar por aqui mesmo.
Ouvi alguns passos e logo Vincent entrou na cozinha com uma carinha de sono e esfregando os olhos.
— Oi, estava te procurando. Acho que dormi demais. – diz sorrindo.
— Quase nada, enquanto você dormia aconteceu só uma tempestade lá fora que interditou todas as estradas. – respondo encostada na bancada.
— Minha mãe mandou mensagem falando sobre isso, mas eu estava dormindo. – brinca.
— Vamos ter que ficar aqui. – digo e ele assente.
— Tudo bem pra você eu dormir aqui? Se quiser posso ficar no carro. – ele pergunta sério.
— Uhum, pode ir então. – brinco e ele começa a caminhar até a porta.
— Vincent, eu estava brincando! Você realmente acreditou? – pergunto rindo alto.
— Acreditei. – faz uma carinha de magoado.
— Você acha mesmo que eu deixaria você ir lá pra fora com uma tempestade dessa?
— Não sei. Espero que não. – fala rindo.
— Você deve estar com fome, vou fazer algo pra gente comer.
— Quer ajuda?
— Não, você é um desastre na cozinha, Vincent.
— Assim me magoa, eu só sou um pouco atrapalhadinho.
— Tá bom, atrapalhadinho. Que tal frango á parmegiana?
— É meu prato favorito! – responde animado com os olhos brilhando.
Separo alguns ingredientes e começo a cozinhar enquanto o Vincent tomava um banho rápido. Durante o jantar, ele não parava de elogiar minha comida e disse que tinha ficado até melhor do que a da mãe dele, depois implorou pra mim não contar isso pra ela. Quando acabamos ele recolheu os pratos e lavou a louça toda.
A tempestade aumentou e a energia caiu, então fomos para sala e o Vincent se jogou no sofá, sorri ao ver isso porque ele finalmente não estava mais com vergonha, quer dizer, até me ver rindo.
— Me desculpa, eu vou sentar direito. – diz nervoso.
— Fica quieto e deita ai. Eu vou buscar uma coisa que você gosta.
— Meu computador? – brinca.
Vou até a cozinha com a lanterna do celular e abro o freezer, depois pego duas colheres e volto para sala.
— Sorvete! – ele fala pegando da minha mão e colocando no colo dele. — Como você sabe que eu gosto?
— Porque essa semana eu comprei um e você comeu ele inteiro sozinho.
— Era seu? – pergunta com a boca cheia.
— Era, você está me devendo um pote de sorvete!
— Eu até poderia dizer que vou comprar um pra você, mas eu acabaria comendo no caminho. – confessa rindo.
— Sua boca está toda suja! Você parece uma criança pequena tomando sorvete. – brinco.
— Ah, é? Você também está suja!
— Aonde? – pergunto passando a mão no canto da boca.
— Aqui ó! – ele se aproxima e suja meu rosto inteiro com sorvete.
— Vincent Cole Hacker, você é um homem morto! – falo indo pra cima dele com a mão suja de sorvete e passando nele também.
— É guerra que você quer? – ele nem me deixa responder e vem pra cima de cima e começa a fazer cosquinha na minha barriga, me fazendo se contorcer inteira.
— Para! Vinnie ... – peço gargalhando e ele continua.
— Desculpa, não estou conseguindo te ouvir direito, você não para de se debater e está com a voz falha. – debocha.
Vinnie era muito mais forte que eu e óbvio que não tinha chance nenhuma contra ele, bom era o que eu achava, até passar a mão sem querer na perna dele e ele dar um pulo. Aproveitei que ele estava vulnerável e inverti nossas posições e comecei a fazer cosquinha nele e dessa vez era ele que estava ofegante. Só quando ele me segurou eu percebi que estava literalmente sentada no colo dele e nossos rostos estavam tão próximos que podíamos sentir a respiração um do outro.
Eu estava preste a beija-lo e por mais que fosse errado, era tudo o que eu mais queria agora.
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