Desespero

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Perdão pela demora do capítulo, é que eu estudo período Integral e tá bem difícil a rotina :D

Capítulo não revisado!

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// Narradora on //

Imagine você vivendo tranquilamente com seu primo mais novo num apartamento. Você vive da arte, ganha o suficiente pra se manter (e agradece por isso) apesar de trabalhar muitas horas por dia. A quarentena mudou apenas o fato de usar máscara pra sair e de que agora seu primo não poderia mais ir pra escola. Ok, tranquilo.

Agora pense, do nada uma pessoa (linda) se muda pro prédio ao lado, a janela dela de frente pra sua. Você admira ela e as flores, pinta um quadro e no fim se apaixona sem nem saber.

Mas você nunca tinha se apaixonado antes. Não se permitia mais ter sentimentos fortes por pessoas, já que elas são efêmeras como o resto da sua família. E tem muito, muito medo do que pode acontecer com ela, principalmente por conta do seu primo mais velho com transtornos psicólogicos graves a perseguindo.

Essa queimação no peito, essa angústia, essa dor, tantas sensações diferentes que você não sentia à décadas vindo de uma vez como um caminhão passando por cima do seu corpo, te traziam sentimentos à tanto tempo esquecidos e isso te assustava cada vez mais.

Sentia que estava vivendo num loop do seu passado, todos os seus temores e sentimentos trancados lá no fundo do coração à tanto tempo se libertando de uma vez só.

Assim estava Sasori, tentando se acalmar em baixo do chuveiro, mas só conseguia agarrar os cabelos e tentar não enlouquecer com tantas sensações diferentes.

Até que o celular tocou.

// Sasori on - 01:30 da madrugada //

Abri meus olhos rapidamente e fechei o chuveiro, me secando de mal jeito e correndo pro quarto atender. Quase escorreguei no corredor, mas fui ligeiro em atender a chamada do contato "vó". O que ela queria nessa hora da noite?

- Oi, Sori? Você tá aí?

- Oi Dei, tô sim, o que aconteceu?

- Eu... eu não sei... 'acodei pucausa de um pesadelo e fui no quarto da vó 'deitá com ela, mas a porta tava trancada e tem um cheiro de... como é o nome? Firuge?

- Ferrugem...?

- Isso, aí eu fui pra cozinha pegar água e tinha um homem na janela.

- O QUÊ??

- Ele tinha cabelo igual o seu, Sori! Mas os olhos eram roxos. E ele me disse uma coisa...

Nessa hora, eu já tinha colocado toda a roupa e estava pronto pra sair correndo.

- Disse que eu tinha sorte por 'tê cabelo amarelo. Ele falou que 'vemelho é uma cor madiçu... amaçuadu!

- A-Amaldiçoado...?

- Sim! Eu não entendi nada, ele só riu igual uma bruxa e saiu de carro.

- Deivyd, me escuta! Você NÃO pode sair de casa, fica aí na sala sentado quietinho que eu já tô chegando!

- Tá, vou te esperar! Quer que eu chame a vó?

- Não precisa, pequeno, deixa a vó dormir.

Desligou. Deuses, por que vocês me odeiam tanto?

Disquei 190 e liguei pra polícia, minhas mãos tremiam e o coração na boca. Mal conseguia pensar direito, só de imaginar a imagem da minha vó... ferrugem, Dei, você é muito inocente...

O Cara do Prédio ao Lado - Imagine SasoriOnde histórias criam vida. Descubra agora