Esperança

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//S/n on//

S- D-Digo, não exatamente como a mãe dele, só uma representante feminina na família por causa do...

- Sasori.

Coloquei minha mão em seu rosto vermelho e o virei pra mim.

- Me deixa apenas pensar um pouco, tudo bem? Você ainda nem tem certeza de nada, nem mesmo se ele realmente é o Naruto...

S- Ah, sobre isso, amanhã eu preciso comparecer na clínica pra fazer o teste de DNA, se por acaso der positivo eu vou no orfanato conversar com o menino. Se ele quiser vir morar comigo, vou entrar num processo judicial pra pegar a guarda da criança e se aceitarem, ele vem morar conosco em alguns meses.

Ele falava isso com tanta convicção e esperança, praticamente agarrado à ideia de que tem mais um familiar vivo...

- Sori, você não acha que tem muitos "e se's" na história?

S- Por quê? Você não acredita que seja ele?

- Não é isso, mas já ouviu a frase "quanto mais alto o vôo maior a queda"? Fico preocupada com você depositando tanta esperança assim naquele menino.

S- Mas eu...

- Por favor, meu artista, não quero que você se decepcione de novo. Espere o resultado do exame sair e só depois pense mais pra frente, ok?

Ele pareceu desanimado, mas eu conseguia ver as engrenagens de seu cérebro girando pra entender. Ele suspirou e deitou na cama.

S- Você tem razão, talvez eu esteja parecendo um idiota sonhando tão alto.

- Não fala merda, Sasori, isso só demonstra o quanto que você está animado com a possível vinda dele. Eu só tô preocupada contigo, mas não tem problema nenhum em manter esperanças, desde que racionalmente.

Eu sorri docemente e ele me puxou pra deitar também, me aconcheguei em seu abraço e acabei me perdendo em seu cheiro.

S- Obrigada, S/n.

- Pelo quê?

Perguntei o encarando, ele apenas me deu um selinho e não respondeu, deitou a cabeça no travesseiro e pegou no sono. Ele parece um anjo enquanto dorme, nem parece que tem pesadelos todas as noites.

//Segunda, 08:00 - S/n on //

Eu estava nervosa, Sasori tinha me dado carona (no meu carro, mas ok) até a clínica de fisioterapia e depois seguiria para fazer o exame de DNA. Ele não falava muito, mas eu conseguia ver que também estava uma pilha de nervos só pelo tamborilar de dedos no volante.

- Cê tem certeza que sua carteira de motorista tá atualizada?

S- S/n eu já te falei 5 vezes que sim, faz favor de ficar calma!

- Eu tô muito calma, você que tá nervosinho ae

S- Calma né? Sua perna não para de balançar desde que a gente acordou.

- Isso não é nada, seus dedos também não param quietos.

S- Hehehe, principalmente de noite.

- LARGA DE SER TARADO

Dei um tapão no braço dele que mandou um "EI CARALHO" e fechou a cara, não falando mais nada até chegarmos na clínica.

S- Pronto, a viagem é 50 reais.

- Vá a merda, o carro é meu! E boa sorte lá, vê se não desmaia quando ver a agulha.

S- Toma no cu, S/n. Espero que dê tudo certo.

O Cara do Prédio ao Lado - Imagine SasoriOnde histórias criam vida. Descubra agora