capítulo sete

243 28 144
                                        


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Cameron James

Definitivamente, se eu pudesse escolher um lugar para se estar, não seria um presídio. Olho os muros altos e o tanto de segurança que o lugar tem, é inevitável não sentir um aperto no peito ao lembrar que é o lugar onde o meu pai se encontra.

Seguro algumas coisas, dentre elas, comida que minha mãe fez para ele. Justin queria vir no meu lugar, mas a nossa mãe achou melhor não, já que isso o afetaria de alguma forma. Depois de passar por todo o protocolo de segurança, encontro meu pai sentado em uma das mesas da sala de visitas, mal posso controlar a emoção que sinto ao vê-lo. Dou um abraço apertado nele, enquanto recebo um olhar duro do policial que circula ao nosso lado, me sento à sua frente, feliz por finalmente abraçá-lo depois de meses.

Meu pai tem uma barba rala no rosto, seus olhos demonstram cansaço e rapidamente me pergunto se ele conseguiu dormir.

- Você está mais forte, anda malhando, hum? - meu pai está sorridente, o que me deixa aliviado.

- Quando sobra tempo. - respondo, querendo perguntar sobre ele. - E como estão as coisas?

- Melhor do que quando entrei, estou dividindo a cela com um detento que é meu amigo, ele é velho demais e quase sempre está dormindo. - ele ri, olhando ao redor. - Consegui um trabalho, então a partir da semana que vem já vou poder fazer ligações mais frequentes para vocês.

- Pai, isso é ótimo! - ele só podia fazer uma ligação por semana, e era apenas por telefone fixo que era mais barato, então minha mãe que atendia.

- Como a Lídia está? Liguei essa semana, mas Justin quem atendeu e disse que ela não estava em casa. - meus pais eram separados, mas eles sempre tiveram um carinho um com o outro. Na época em que ele foi preso, estavam perto de assinar o papel de divorcio, mas não houve tempo para isso, então legalmente ainda são casados.

- A mamãe está bem, ela mandou esses biscoitos, disse que fez de madrugada depois que chegou do trabalho. - podia ver nos olhos do meu pai o quanto ele ainda parecia sentir falta dela.

- Ah, sem dúvidas são os melhores biscoitos que já comi. - meu pai sorriu enquanto falava isso.

O tempo de visita soou incrivelmente rápido e em alguns minutos eu já estava fora daquele lugar, foi inevitável não sentir um aperto no peito quando precisei deixar a sala.

***

Nova York provou que conseguiria sim ser mais quente do que o normal, eu, como um cara extremamente caseiro, havia planejado o meu dia de folga na pensão. Resultaria em um dia inteiro dormindo para compensar todas as noites mal dormidas da semana, mas a Eve tem uma mania que obriga as pessoas a saírem com ela, é claro que eu havia recusado, mas a persuasão dela foi infinitamente maior.

EntrelinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora