Para Holly McCoy, sua independência é o certificado de que ela não se tornou como a sua mãe, casada por interesse com um cara rico. Mas para sua progenitora, e o resto da população da Big Apple, ela é, sem dúvidas, uma das garotas mais sortudas de N...
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Cameron James
Tiffy estava evidentemente furiosa por não termos comemorado o nosso aniversário de namoro, pois segundo ela, estamos sempre trabalhando dentro desse hospital e nunca nos vemos.
Eu estou tentado a dizer que os nossos plantões nunca batem para ficarmos livres, mas ela estava irritada demais e creio que seja aqueles dias ruins para mulheres e resolvo ficar calado e apenas concordar. No horário do almoço, havia chamado-a para almoçar comigo no refeitório, mas por alguma razão o destino resolve brincar comigo e meu bipe toca, sua feição irritada deixa claro que eu preciso ir e como de costume, quase nunca conseguimos bater um papo tranquilo no hospital.
Meu chefe me bipa no quarto 301, e ao reconhecer o número, corro rapidamente sem me importar com os olhares dos enfermeiros em minha direção. Chego na porta e Isaac está fazendo massagem cardíaca em Chloe, uma garotinha que está na lista de espera para receber um coração, e eu estou juntamente com o Isaac no caso dela.
- Cameron, fica no meu lugar! - Isaac grita e eu tomo o seu posto, continuando sem cessar as massagens cardíacas enquanto ele faz outro procedimento. Os batimentos de Chloe não apresentavam ritmos e o monitor indicava isso.
Isaac pediu para carregarem o desfibrilador e eu me afastei, na terceira vez, tivemos batimentos da garotinha. Aliviado, olhei para a porta que foi aberta por Isaac para dar notícias à mãe dela e observei o quanto ela estava sofrendo com aquilo tudo.
Atualizo seu prontuário, e depois de algum tempo no quarto, a garotinha abre os olhos devagar, seus fios loiros caem no seu rosto e eu vou ao seu lado ajeitar, notando sua debilitação após tudo isso.
- Tio Cam. - sua voz rouca e baixinha me fazem sentar na poltrona ao lado e me aproximar dela para ouvi-la.
- Oi, pequena sereia. - chamo-a assim por saber seu encanto por sereias, vendo Chloe abrir um sorriso pequeno.
- Obrigada por não me deixar morrer. - ela diz, fechando os olhinhos enquanto respira lentamente.
Observo a figura pequena de apenas 8 anos, e penso em como sua mãe estaria se não tivéssemos conseguido salvá-la.
- Quem te disse que você vai morrer, pequena Ariel? - indago calmamente, vendo-a sorrir novamente.
- Se meu coração não chegar logo, eu vou morrer, a mamãe não fala isso, mas eu sei que vou. - ela diz com a voz triste, me deixando em pedaços. Sinto que se eu pudesse, faria de tudo para conseguir um coração novinho e salvá-la.
- Quando o seu coração chegar, eu vou levar você para assistir o seu filme favorito, aquele que está nos cinemas, okay?
- Ariel? - seus olhinhos se abrem, juntamente com um sorriso maior do que eu já vi nos últimos dias.