Para Holly McCoy, sua independência é o certificado de que ela não se tornou como a sua mãe, casada por interesse com um cara rico. Mas para sua progenitora, e o resto da população da Big Apple, ela é, sem dúvidas, uma das garotas mais sortudas de N...
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Holly McCoy
Sedentária? A melhor definição que eu poderia encontrar para mim mesma, já que não faz nem 10 minutos que comecei a correr na esteira e posso sentir meu corpo pedir socorro. Descanso visivelmente ofegante nas laterais no aparelho e posso sentir o olhar matador da personal trainer sobre mim. Eu poderia ter escolhido, sei lá, ioga não é? Ou uma corrida ao ar livre, já que nos últimos dias senti a necessidade de voltar a praticar exercícios físicos.
Lanço meu olhar de inveja para as outras pessoas que correm e fazem outros exercícios ao meu redor sem demonstrar sentir a vontade de abandonar isso e ir comer hot dog do outro lado da rua. Queria morder aquele pão com os molhos sem me importar se estaria furando a dieta, mas infelizmente nasci com a mente de gente preguiçosa e glutona.
Depois de quase morrer terminando a última série de exercícios passados pela minha personal, eu sou finalmente liberada e decido trocar a minha playlist. Graças a Deus que existem fones de ouvido que te fazem pelo menos por algum momento esquecer que você está aqui na Terra.
Piso na calçada ajeitando meus fones e colocando o celular de volta no suporte em meu braço, olhando assim pareço uma pessoa que faz atividades físicas regularmente, mas sou apenas alguém que é obrigada a isso para cuidar da saúde.
O sol está mais forte por ser quase onze horas e me lembro que preciso trocar de roupa e voltar ao trabalho após almoçar - já que esse é o meu horário de almoço e o único tempo disponível para mim durante o dia. Saio andando pelas ruas em direção a pensão, já que a academia ficava a alguns minutos de lá e eu não me daria ao luxo de ir no carro.
Quase choro quando encontro no meio do caminho a barraca de hot dog, mas respiro fundo e passo adiante. Sinto uma sensação estranha atrás de mim e meu instinto é olhar para trás, um homem percebe meu olhar e para na barraca e tento pensar que eu estou ficando paranóica.
Decido entrar em uma loja quando vejo que ela está com liquidação e sou atraída quando vejo o setor infantil, é inevitável não lembrar da Ana ou Ariel (sinto que Eve vai ceder a algum desses nomes). Meu sorriso denuncia que irei precisar de muito autocontrole para não levar tudo e não acabar levando uma bronca de Eve por estourar o meu cartão com comprinhas de bebê.
- Holly? - olho para a voz que me chama e fico surpresa ao ver Tiffy ao meu lado sorrindo.
- Ah, oi, Tiffy! Que bom te ver. - sorrio.
- Suponho que seja para o bebê da Eve. - ela olha para algumas roupas em meu braço, de uma forma que realmente não soou invasiva nem nada, já que ela conseguia ser simpática e educada demais em todos os momentos que a vi.
- Ah sim, são para ela. - respondo lembrando do mal entendido que teve quando ela esteve na pensão. - E você? - notei que ela tinha algumas coisas de bebê em um sacola e rapidamente pensei em uma possível gravidez em que o filho fosse do Cameron, meu coração misteriosamente começou a bater mais forte com a possibilidade.