capítulo quinze

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Holly McCoy

Sedentária? A melhor definição que eu poderia encontrar para mim mesma, já que não faz nem 10 minutos que comecei a correr na esteira e posso sentir meu corpo pedir socorro. Descanso visivelmente ofegante nas laterais no aparelho e posso sentir o olhar matador da personal trainer sobre mim. Eu poderia ter escolhido, sei lá, ioga não é? Ou uma corrida ao ar livre, já que nos últimos dias senti a necessidade de voltar a praticar exercícios físicos.

Lanço meu olhar de inveja para as outras pessoas que correm e fazem outros exercícios ao meu redor sem demonstrar sentir a vontade de abandonar isso e ir comer hot dog do outro lado da rua. Queria morder aquele pão com os molhos sem me importar se estaria furando a dieta, mas infelizmente nasci com a mente de gente preguiçosa e glutona.

Depois de quase morrer terminando a última série de exercícios passados pela minha personal, eu sou finalmente liberada e decido trocar a minha playlist. Graças a Deus que existem fones de ouvido que te fazem pelo menos por algum momento esquecer que você está aqui na Terra.

Piso na calçada ajeitando meus fones e colocando o celular de volta no suporte em meu braço, olhando assim pareço uma pessoa que faz atividades físicas regularmente, mas sou apenas alguém que é obrigada a isso para cuidar da saúde.

O sol está mais forte por ser quase onze horas e me lembro que preciso trocar de roupa e voltar ao trabalho após almoçar - já que esse é o meu horário de almoço e o único tempo disponível para mim durante o dia. Saio andando pelas ruas em direção a pensão, já que a academia ficava a alguns minutos de lá e eu não me daria ao luxo de ir no carro.

Quase choro quando encontro no meio do caminho a barraca de hot dog, mas respiro fundo e passo adiante. Sinto uma sensação estranha atrás de mim e meu instinto é olhar para trás, um homem percebe meu olhar e para na barraca e tento pensar que eu estou ficando paranóica.

Decido entrar em uma loja quando vejo que ela está com liquidação e sou atraída quando vejo o setor infantil, é inevitável não lembrar da Ana ou Ariel (sinto que Eve vai ceder a algum desses nomes). Meu sorriso denuncia que irei precisar de muito autocontrole para não levar tudo e não acabar levando uma bronca de Eve por estourar o meu cartão com comprinhas de bebê.

- Holly? - olho para a voz que me chama e fico surpresa ao ver Tiffy ao meu lado sorrindo.

- Ah, oi, Tiffy! Que bom te ver. - sorrio.

- Suponho que seja para o bebê da Eve. - ela olha para algumas roupas em meu braço, de uma forma que realmente não soou invasiva nem nada, já que ela conseguia ser simpática e educada demais em todos os momentos que a vi.

- Ah sim, são para ela. - respondo lembrando do mal entendido que teve quando ela esteve na pensão. - E você? - notei que ela tinha algumas coisas de bebê em um sacola e rapidamente pensei em uma possível gravidez em que o filho fosse do Cameron, meu coração misteriosamente começou a bater mais forte com a possibilidade.

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