Luiza:Agora estou em uma sala cheia de eletronicos e jogos, com Raul segurando minha mão, ainda estou um pouco anestesiada por causa do banho, mais estranho ainda que eu não me senti desconfortável, claro que na hora que ele lavou minhas partes intimas eu fiquei nervosa e chorei, mas foi mais por causa do medo do que eu estar desconfortável, saio de meus pensamentos com Raul me chamando.
- Luiza, Luiza - olho para ele - ah, des-desculpa o que você falou mesmo? - onde você estava minha filha te chamei várias vezes - ele fala sério, fico nervosa imediatamente que merda - des-desculpa n-não fo-foi po-por que-querer - falo rápido e seguro o choro pra ele não ficar bravo.
- shii,shii meu bebê, não precisa desse nervoso tanto apenas preste mais atenção ok ? - ele fala me dando um abraço, não reajo muito ao abraço mais não demoro a lhe responder - sim,sim senhor !
- bem então vamos começar pelo básico, meninas venham aqui - ele chama ao que na hora todas as meninas se colocam em sua frente - bom eu quero que cada uma em sua vez claro, se apresente está bem ? - ele pergunta ao que na hora se escuta um sonoro "papai".
- bom meu nome é bruna, eu tenho 20 anos e eu faço faculdade de arquitetura. - Bruna fala bastante formal, ela parece ser bem séria
- be-bem meu nome é ju-julia, e eu tenho 21 anos - Júlia fala bem baixo quase não ouvi, ela estava bastante nervosa, eu acho.
- oii meu nome é Emanueli mas pode me chamar me manu todo mundo me chama de manu, eu tenho 19 anos e você quantos anos tem, você gosta de se maquiar eu posso fazer penteados no seu cabelo... - a tal Emanueli desanda a falar, que acabo não entendendo praticamente nada do que ela disse, ela faz uma pausa pra respirar e quando eu vejo que ela vai voltar a falar Raul a interrompe.
- calma, calma meu anjo, depois vocês terão todo o tempo que quiserem mas agora vamos só se apresentar ta bom - ele fala dando um beijo na testa nela que concorda com um bico no rosto - bem Elisa se apresenta meu amor.
- ta bom meu nome é Elisa eu tenho 18 anos, o resto a gente fala mais tarde - ela termina falando animada.
- bem meu nome é...é yiasmin e eu tenho 19 anos - ela fala praticamente se escondendo atrás da Elisa.
- meu anjo agora você se apresente sim - ele fala me fazendo ficar mais perto das meninas.
- tá be-bem meu nome é luiza e eu tenho 18 an... quer dizer 17 anos. - falo olhando para.minhas mãos, ficamos algum segundos em silêncio quando Raul começa a falar novamente.
- bom agora que o básico foi feito eu irei sair para as mocinhas se conhecerem, ah e meus anjo vocês só tem mais uma hora depois eu quero todas la em cima, entenderam - ele fala olhando para todas, que cruzam os braços e fazem bico imediatamente mas concordam.
Todas começam a ir para algum lugar da sala quando todas param quando o Raul chama Júlia.
- julia meu amor vem, você sabe que precisamos conversar sobre ontem - observo Raul chamando Júlia e ela imediatamente negar e começar a ir para trás - n-não pa-pai por favor, eu já pedi desculpas.
- meu anjo você sabe que nós precisamos conversar, então vamos logo a mocinha sabe que se eu tiver que lhe pegar só vai piorar - não entendo sobre o que ele diz, e só volto a atenção quando vejo alguém correndo e quase me derrubando.
- chega Júlia Bennett - ele fala lhe olhando bastante sério, ao contrário do que eu penso que ela faria ela continua se puxando e gritando para ele lhe soltar, vejo que todas as meninas estão de cabeça pra baixo. Quando volto a olhar Júlia, vejo Raul pegando Júlia no colo e me assusto ao que ele lhe da uma palmada nela.
- pronto Júlia Bennett, acabou de aumentar seu castigo - ele fala ao que Júlia começa a tentar se soltar do aperto do senhor Raul - fique quieta Júlia, eu não quero ouvir mais um pio se não quiser aumentar mais ainda seu castigo - ele fala saindo da sala com Júlia agora deitada em seu ombro ainda chorando bastante. Me viro novamente para as meninas que agora estão conversando e decido ir até elas para entender o que aconteceu aqui.
- tá vocês podem me explicar o que aconteceu agora, e por que ele deu uma palmada nela e vocês apenas abaixaram a cabeça. - não demoro a tirar minha dúvida com as meninas.
Antes que elas começassem a falar eu ouço gritos de Júlia seguidas de barulhos de algo batendo, na hora fico tensa.
- não, não eu não vou passar por isso de novo como vocês ainda estão aqui ? Esquece eu não vou esperar isso acontecer comigo - eu falo rápido e saio em direção a porta. Como eu fui idiota, claro que um cara super rico não ia querer uma familia com garota problemática, saio de meus pensamentos com alguém me puxando para um sofá.
- pode sentar ai, e se acalmar - eu vejo que foi bruna que me puxou e na hora fico muito irritada - EU NÃO VOU ME ACALMAR PORRA NENHUMA, EU NÃO VOU FICAR MAIS UMA VEZ COM UMA PESSOA ME ESPANCANDO TODO DIA SE VOCÊ QUER CONTINUAR SOFRENDO QUE SE FODA - me solto de seu agarro, e rapidamente tento ir para a saída novamente, me sentindo agarrada novamente.
Olho para ela novamente, vejo ela com um olhar assustador para mim, olho rapidamente as outras meninas me olhando praticamente do mesmo jeito, sinto um empurrão sendo forçada a sentar agora com todas as meninas na minha frente, rapidamente eu me encolho esperando o pior, e ao contrário que eu penso ela começa a falar.
- me ouça bem Luiza, você nunca mais pense em falar isso sobre meu pai, eu já suportei muita coisa e eu não deixarei você falar mal da única coisa que me fez feliz de verdade, que me deu uma familia de verdade, então me ouça bem essa é a última vez que ouço isso sair de sua boca sem fazer nada, na próxima não conversarei. - ela fala tudo durante me olhando, e cada vez eu vou me encolhendo, vejo ela respirar fundo e me olhar de novo agora menos séria - se você quiser falar do que tem medo ou receio, do seu passado ou apenas para passar o tempo tenha certeza que nós estaremos abertas, se realmente quiser ver realmente como funciona essa casa todas nós lhe explicaremos, mas não se engane Luiza essa casa é um lar, de 2⁰ chances e você nunca fica meio nessa casa, ou você está de corpo e mente ou você não faz parte dessa família - ela termina de falar e sai em direção a porta sendo seguida por todas as meninas.
- eu não posso escolher por ti, apenas falar que quando eu escolhi estar nessa família foi a melhor escolha da minha vida, e se eu estou viva hoje é porque o Raul que você pensou o pior me tornou sua filha - ouço bruna falar antes de sair de vez da sala.
A única coisa que eu consigo fazer depois disso é me deitar e tentar ajeitar meus pensamentos. Eu não consigo me entender mais, quando eu disse aquelas coisas sobre o Raul eu me senti mal e me senti mais mal ainda ao ouvir tudo o que bruna falou, desde que fugi de casa nunca pensei em fazer parte de uma família novamente, agora a única coisa que penso é como seria ter o Raul como meu pai. Eu vi como todas as meninas olhavam com admiração para ele, eu vi a admiração que bruna tinha quando eu disse aquelas coisas sobre ele, e mesmo no olhar da Júlia eu ainda vi um olhar de admiração pra ele.
Eu não sei de mais nada minha cabeça está uma bagunça, e é com a cabeça assim que eu durmo.
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A Vida Na Casa Bennett
AléatoireRaul sempre foi um homem tido como muito serio, mas ninguém via como ele se preocupava com os jovens desde sua perda.