Irmãos e Capacetes

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Henry Hart

— Era para ser impossível invadir a Caverna Man. — Reclamei com Ray.

— Eu não esperava que tivesse outro herói! — Retrucou o Capitão Man.

— Tá, depois a gente discute isso. — Encerrei a possível discussão. — Então, quem é você e o que faz aqui?

Nesse momento, Jasper já havia ido para a Bugigangas, torço para que esse cara não o tenha visto.

— Então, meu nome é Plague. Eu vim aqui pedir ajuda e ajudar vocês. — Atirou em uma barata que passou correndo por seus pés. — Também posso ajudar a acabar com essas baratas, uma pena que meu óleo de lavanda acabou.

— Está contratado. — Ray se emocionou com a ultima fala do branquelo.

— Cara! — O repreendi. — Não pode fazer isso com qualquer um.

— Foi assim que eu te contratei, não?

Abri a boca para responder um alto "não", mas pensando bem, foi exatamente assim. Eu havia vindo ate a Bugigangas procurando emprego, então fui contratado por um super herói. Seria uma historia engraçada, se não fosse preocupante.

— Isso não importa! — Ralhei. — Você precisa ser mais especifico que isso. — Falei para o novo herói.

— Acho que deveriam soltar ele primeiro. — Plague apontou para Schwoz. — Eu não pretendia fazer isso, mas ele apontou umas armas legais para mim.

— Na verdade, tá bem melhor assim. — Ray desdenhou com a mão.

— Uma arma foi apontada para você e ainda chama ela de legal? — Balancei minha cabeça, ignorando isso e me concentrando no importante. — Pode falar o que veio fazer aqui?

Nesse momento a porta do elevador abriu, revelando Charlotte e Jasper, novamente. Eu e Ray entramos na frente da porta, tentando esconder os dois. Cara, não é possível que Jasper seja tão lerdo assim.

— Gente, precisamos conversar— Charlotte parou de falar quando percebeu o que acontecia. — Pelo visto, ele chegou antes de mim. Saiam da frente, bobões.

Charlotte empurrou nós dois para o lado, fazendo uma careta de descrença. Jasper olhou para mim e Ray, antes de seguir Char.

— Olha, eu quase nunca consigo acompanhar seu raciocínio, mas hoje eu estou sem entender nada. — Comentei, me aproximando dela.

— Pensa comigo. — Parecia que ela falava com uma criança. — Quem chegou na cidade recentemente?

Pensei um pouco, mas não consegui me lembrar de ninguém.

— Na escola, especificamente. — Ela suspirou frustrada.

— Benjamin! — Estralei os dedos. — Mas o que ele tem a ver com isso?

— Eu sou o Benjamin. — Plague levantou a mão branca.

Tento eu, quanto Jasper, que estava ao meu lado agora, abrimos a boca em surpresa. Benjamin, o novato da turma, era o herói na minha frente.

— Por que todos que se aproximam da gente ou são heróis ou são vilões? — Jasper fez um questionamento aleatório.

— Galera, quem é Benjamin? — Ray colocou o braço no meu ombro e no de Charlotte.

— Sou da escola deles. — Plague explicou por nós. — Acho que agora já posso tirar essa roupa, né? Estou com frio. Não imaginei que Swellvile fosse tão gelado.

Ele apertou um emblema no peito, de longe, não consegui identificar bem, mas parecia um cérebro. A roupa branca aos poucos foi saindo do corpo dele, entrando naquele símbolo. Logo Benjamin estava na nossa frente, usando as roupas de mais cedo e um colar branco.

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