Capítulo 8

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— [♡] Olá pessoal! Como vocês estão?

Senti a necessidade de vir aqui avisar para vocês verem os gatilhos novamente. Esse capítulo é bem pesado e eu não quero ninguém ficando mal :/ Chequem os avisos, por favor, de verdade.

Gatilhos nesse capítulo: alcoolismo e abuso psicológico.

8.

"Eu tenho todos esses demônios, escondidos embaixo. Ninguém pode vê-los, ninguém além de mim" – Demons (Alec Benjamin).

A cabeça de Louis estava girando e ele não conseguia mais respirar. Sentado no bar, com o álcool forte descendo pela garganta, ele queria beber até não conseguir se lembrar do próprio nome. Ele estava perdido. Ele estava sozinho. Ninguém se importava-

Enquanto bebia outro gole de seu copo, ele pensou sobre sua infância. Como ele era feliz. Sem ver nada de ruim no mundo. Onde foi que ele errou? Por que ele era assim? O que havia de errado com ele? Por que ele não poderia ser.... normal?

Ele tentou acreditar que não era culpado de nada, tentou pensar que ele estava bem e que estava apenas se divertindo em um bar..., mas ele estava perdido. Em sua mente, ele podia ver os olhos de todos o julgando. Cada pessoa que ele conheceu. Ele sabia que todo mundo o odiava. Ele se odiava.

Ele sabia que algo estava realmente bagunçado entre ele e Harry e não entendia o que ele tinha feito de errado, mas, desde adolescente, sabia que falar era a resolução de todos os problemas, então ele daria um tempo para Harry e o procuraria depois da janta, para realmente entender o que aconteceu. Ele era um bom ouvinte e faria de tudo para consertar as coisas.

Ele entendia que às vezes as pessoas precisavam de tempo para conversar. Um pedaço de seu cérebro sabia que ele era legal e Harry havia gostado do que eles faziam, então, talvez, apenas talvez, a razão pela qual ele o deixou no quarto não tinha nada a ver com Louis. Ele iria respeitar Harry e dar o tempo necessário para processar tudo e falar com Louis quando estivesse pronto. Ele tinha demônios dentro dele que não queria que ninguém soubesse, então ele entendia melhor do que qualquer coisa.

Assim que Harry saiu do quarto, Louis foi até o banheiro e tomou um banho rápido, se vestindo e indo encontrar Danielle. Talvez ele pudesse falar com ela sobre isso. E foi o que ele fez. Eles ficaram sentados na sala por um tempo, esperando que o carro os buscasse, e Dani o confortou dizendo que era o problema estava no passado de Harry, mas que não poderia dizer mais nada. Ela também mencionou a ele que Harry precisava ficar sozinho às vezes, e quando ele estivesse pronto, ele iria procurar por Louis.

Louis acabou por enviar uma mensagem para o cacheado dizendo que estava tudo bem e que ele estava lá para ajudar Harry se ele precisasse conversar. Ele se importava e queria que Harry soubesse disso.

Ele estava triste, é claro. Mas ele seria o que Harry precisava.

Ele teria um bom jantar com Danielle e tudo ficaria bem, disse a si mesmo. Quão errado ele estava. Se Louis pudesse ter uma definição de inferno, seria hoje.

Assim que pôs o pé para fora da porta, Simon o ligou, dizendo exatamente como ele deveria se comportar, como deveria andar, que precisava entrar em casa e trocar de roupa para algo mais "masculino. Ele disse a Louis para conversar de mãos dadas com Danielle, para abrir a porta para ela sair do carro e beijar sua mão quando entrassem no restaurante. Quando se sentou na cadeira, com Danielle à sua frente, já estava se segurando para não chorar. E o nó em sua garganta não ia embora.

Durante o jantar, Simon continuou mandando mensagens para Louis, dizendo que ele precisava ter mais cuidado, que ele estava sentado com as pernas cruzadas e precisava sentar "reto", que precisava olhar para Danielle com mais paixão. Que ele tinha um chupão no pescoço e as pessoas falavam disso... então ele precisava dar um beijo na Danielle depois do jantar.

Wild Thoughts [larry stylinson] ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora