Capítulo 37 - eyes unraveled

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Eu jurava ter tudo no controle

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Eu jurava ter tudo no controle.
E no fim eu não tinha nada.

"Adeus, Âmber". Duas palavras nunca me doeram tanto como essas. Quando Joshua Fields passou por aquela porta, eu desabei em ódio e raiva — algo acendendo dentro de mim, um sentimento novo no qual não tenho controle sobre. Discutir com ele dessa forma foi a gota d'água pra mim e, mais uma vez, comecei a me perder em meio às palavras. A verdade é que não tenho controle sobre os meus sentimentos. E nem sobre mim.

Querendo ou não, meus dias passaram a ser acinzentados quando terminei com o Ethan. Passei e estou passando por um turbilhão de coisas — meu irmão voltou, estou à beira da falência e agora Josh terminou tudo comigo. Meus dias se tornaram mais leves quando eu ficava com ele, em sua companhia. Talvez porque ele fizesse tudo por mim, talvez porque eu me sentisse confortável com ele.

No fim de tudo eu consigo afastar todos que tentam se aproximar de mim. Me sinto sufocada quando alguém fica próximo demais, e aí eu simplesmente fujo. Não estou acostumada com as pessoas se preocupando tanto comigo, nunca tive isso de quem eu realmente queria e então, quando Josh fez isso... me senti presa. Não queria falar dos meus problemas porque simplesmente não estava na minha zona de conforto.

Deslizei pela parede até me sentar no chão, me acabando de tanto chorar. Não entendo porque as coisas terminaram dessa forma, e nem a coragem que ele teve de fazer isso. Mas se é pra ser sincera, talvez realmente tenha sido melhor assim — vivo machucando as pessoas, e eu não queria que Josh ficasse magoado comigo, embora agora esteja. Tudo que faço está errado e, embora eu tente mudar, estou presa no caráter com qual nasci.

Ao escutar batidas na porta, levantei em um segundo e então arrumei a roupa amassada por estar sentada no chão e corri para a penteadeira tratar do rosto que estava vermelho e inchado de tanto chorar, fora os olhos fundos. Não sei como o Fields conseguiu me deixar mal nesse ponto — se eu nunca o amei, então não entendo o motivo de simplesmente eu estar assim agora.

— Srta.Âmber, posso entrar? — perguntou a empregada Charlotte.

— Só um segundo! — passei um corretivo na região dos olhos manchada de rímel e então sequei as lágrimas. Precisava aos menos disfarçar. — Pode entrar.

— Desculpa incomodá-la, Srta.Cooper, mas vim avisá-la de que o almoço está pronto.

— Certo, obrigada.

— Senhorita... — ela se aproximou um pouco, me olhando nos olhos como se tivesse percebido algo. — A srta. está bem?


— Sim, por que a pergunta?

Seus olhos estão meio inchados, precisa de alguma ajuda?

No Ritmo da Vida (OBRA EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora