Capítulo 31 - Old days

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05:35 da manhã

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05:35 da manhã. Escutei a vibração do meu toque de celular e me dei conta de que já estava amanhecendo. De um jeito não tradicional, eu estava literalmente deitada nos braços de Ethan e, mesmo não querendo, fui obrigada a levantar porque ainda tinha que voltar para casa e ter a sorte de não me atrasar para ir a faculdade.

Hã... que horas são? — murmurou Ethan. — Ainda me parece muito cedo.

— 05:35 — falei, vestindo a roupa na maior pressa. — Preciso ir pra casa, não trouxe minhas coisas.

— Bom, pensa pelo lado positivo, achamos uma forma de nos reconciliarmos caso a gente brigar — brincou.

— Bela forma, poderíamos brigar sempre, nesse caso.

— E ainda diz que eu sou o ninfeta — riu, sonolento.

Muitos não acreditam que a minha vida é um verdadeiro plot twist. Até algumas horas atrás eu estava, literalmente, com os olhos vermelhos de tanto escorrer lágrimas e um desespero interno na mente. E, agora, estou novamente me sentindo com uma pena de um pássaro — leve até demais. Nesse momento estou sentindo como uma adolescente que fugiu de casa para ficar com o amor da vida dela e depois logo em seguida voltando para casa — as escondidas — e, no mínimo, torcendo para não ser flagrada.

Certamente correr contra o tempo já era uma coisa bastante normal na minha vida, isso começando com o meu melhor amigo que é sempre o primeiro a se atrasar quando o assunto é ir para qualquer lugar. Abracei Ethan uma última vez e saí andando de sua casa. Se não fosse pelo blazer, meus braços estariam arrepiados de frio — começando que não eram nem 06:00 da manhã e terminando que estava com boas neblinas, apesar do ar estar bastante límpido e fresco.

Cheguei em casa e andei na ponta dos pés, tentando ao máximo não fazer nem um barulho que acordasse qualquer um aqui dentro. O máximo que havia conseguido fazer era trocar de roupa e pentear os cabelos negros que agora estavam tão embaraçados e desengonçados. Ao me olhar no espelho e falar um "perfeito" bem audível, peguei as pastas espalhadas na mesa e arregalei os olhos ao ver que já se tratava de ser 06:35. Desci as escadas como se nada tivesse acontecido e me juntei ao meu irmão.

— Bom dia, Aurora. Você é tão esperta, irmãzinha — riu. E eu sabia do que ele estava se referindo, mas ainda sim decidi bancar uma pessoa desentendida.

— Do que você está falando? — perguntei, bebericando um gole do café amargo.

— Eu vi você entrando em casa mais cedo, parecia uma fugitiva procurando um lugar para se esconder.

— Então, é que eu fui me resolver com o Ethan — balbuciei.

— Nossa, a reconciliação durou a noite inteira, interessante.

No Ritmo da Vida (OBRA EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora