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Nós ficamos conversando um pouco, até que o sinal bateu.
Danielle se despediu de nós, e foi para a sua sala de aula.
Eu e Heidi então, fomos para a nossa sala.

Cheguei lá, e logo avistei Thiago sentado em seu lugar de sempre.

Me deu um frio na barriga, mas tentei fingir que nada tinha acontecido, e que eu estava me sentindo como qualquer dia normal.

Me sentei no meu lugar de costume, e evitei ao máximo olhar para Thiago.

Mas quem disse que eu poderia ter um mísero dia de paz?

Assim que me sentei em meu lugar, ele logo começou a me cutucar.

O professor infelizmente ainda não tinha chegado, então ele aproveitou da situação.

Ele me cutucava cada vez mais, mas eu não olhava para o mesmo, de jeito nenhum...

Eu estava quase me rendendo, em olhar para o mesmo, e perguntar o que ele queria, mas ele finalmente parou, e mesmo curiosa, dei graças a Deus por isso. Logo depois, o professor chegou na sala de aula, fazendo assim com que a aula começasse.

Eu realmente tinha uma missão, e eu estava me concentrando bem em faze-la por completo. Eu não podia de jeito nenhum olhar para o meu lado direito, pois lá estaria aquele sorriso lindo, que chega a ser tosco do tanto que é atraente. Eu não podia nem queria desviar da missão.

[...]

A aula passava normalmente, e o tempo tambem.
O professor explicava sobre Células, e eu não estava nem um pouco afim de assistir aquela aula. Eu não gostava mesmo de ciências....

Então, quando ele terminou de falar, me levantei e rapidamente fui até a sua mesa.
Pedi para ir ao banheiro, e até acrescentei que estava muito apertada.
Ele felizmente deixou, então eu logo saí da sala, e fui em direção ao "banheiro".

Entrei no mesmo, e fiquei bobeando.
Me olhei no espelho, e arrumei um pouco o cabelo.

- Nossa, eu estou muito gata - pensei

Ah, se eu tivesse trago meu celular...Eu tiraria várias fotos no espelho do banheiro.

Demorei mais um pouco, mas logo depois saí do banheiro.

Pra demorar só mais um pouquinho, fui no bebedouro, que ficava depois do banheiro dos meninos, e depois do banheiro para pessoas com deficiência.

Caminhei um pouco, e quando cheguei, logo aproximei minha boca do bebedouro, e bebi um pouco de água.
Bom, pelo menos eu estava me hidratando.

Terminei de beber a água, e eu já estava convencida de que teria que voltar para a aula chata de ciências que eu estava tendo.

Até que, quando fui passando pelo banheiro para as pessoas com deficiência, rapidamente vi a porta se abrir.

Uma pessoa que, eu não queria nem olhar, estava lá, cara a cara, olho no olho comigo.

Rapidamente, Thiago pegou em meu braço, e me puxou para dentro do banheiro, e fechou a porta logo em seguida, conosco dentro.

- PORQUE VOCÊ ME PUXOU PARA CÁ, CARA? - perguntei gritando indignada

- Ei, não grita, vão nos escutar aqui. Você quer levar advertência? - ele disse sussurrando

Respirei fundo, passando a mão no rosto...

- O que você quer comigo? - perguntei calmamente.

- Porquê você não olhou pra mim, quando te cutuquei lá na sala de aula? - ele perguntou.

- Ué, porque não sou obrigada. - respondi sarcástica

- Você tá me evitando? - perguntou o mesmo

- E-eu? - conclui um pouco nervosa - Não, louco.

- ENTÃO PORQUE VOCÊ TA ASSIM? - ele perguntou indignado

- EU ESTOU NORMAL - respondi gritando também

- Ainda tá brava comigo? - Ele perguntou, fazendo sua cara de choro.

- Parece óbvio, não? - respondi mais uma vez sarcástica

- Me explica o porquê de você estar brava comigo! - ele exclamou

- Thiago, eu já te disse. - eu lhe disse, passando a mão na testa.

- Não, você não me disse. Você só disse que é por que eu sou um idiota. Você vive dizendo isso - ele disse parecendo nervoso

- Então! - exclamei - Você sabe que é um idiota.

- Mas isso não é um motivo - ele continuou - Me dê um motivo concreto.

Respirei fundo...

- quer mesmo saber? - olhando nos olhos dele, perguntei como se fosse algo sério.

- Claro que quero. - ele respondeu.

- Tem certeza? - perguntei mais uma vez.

- Tenho - ele respondeu rapidamente.

- Agora pergunta pra mim - eu lhe disse.

- perguntar o que? - ele perguntou confuso

- A última coisa que eu te perguntei - respondi

- hmm....Não tô entendendo - ele pareceu ainda mais confuso

- SÓ PERGUNTA - eu lhe gritei

- Tá, é-é.... Se você tem certeza? - ele perguntou rapidamente.

- Aí é que tá. - eu lhe disse, tentando faze-lo entender.

- Continuo sem entender nada - ele disse.

Respirei fundo mais uma vez.

- Droga Thiago...

Me aproximei dele, e logo fiz o que meu coração quis que eu fizesse. Minha mente poderia me impedir, mas não por muito tempo.
Peguei em sua nuca, e logo colei nossos lábios, fazendo assim nos envolvermos num beijo longo, e urgente.
Ele pareceu ficar surpreso, mas logo correspondeu. Até eu fiquei surpresa comigo mesma, mas aquilo já estava num caminho sem volta, eu já estava envolvida, e sabia que não importa o quanto eu negasse, eu já sentia muito mais que amizade por ele.
Nosso beijo se aprofundou, e ficava cada vez mais violento. Ele pegou na minha cintura, e eu pegava firme em seu pescoço. Até que em um momento, ele me levantou, me colocando em seu colo, fazendo com que eu cruzasse minhas pernas em sua cintura.
É claro que as coisas começaram a esquentar, mas infelizmente o sinal havia tocado, nos liberando para o intervalo.

Então, rapidamente fomos parando de nos envolvermos com a língua, e desencostamos nossos lábios.

- UOU! - ele exclamou

- Eu não acredito que eu fiz isso - eu coloquei as duas mãos na cabeça.

Nesse exato momento, eu queria enfiar a cabeça em um buraco, mas eu já estava em um buraco....Um buraco sem fundo, e sem saída. Era pegar ou largar...Será que eu fiz o certo?




Acidente No AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora