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Me aproximei da sala, para ver o que estava acontecendo ali, e logo vi a cena do Gabriel batendo boca e brigando, com seu dedo apontado na direção do rosto de Thiago, que mantinha a cabeça abaixada.

- O que está acontecendo aqui? - perguntei logo de cara ao ver aquilo.

Gabriel parou rapidamente de falar, e olhou em minha direção, assim como Thiago também me olhou.

- Porque você trouxe esse cara para cá? - Gabriel se virou pra mim e perguntou parecendo bravo.

- Eu não trouxe ele para cá, ele que veio sozinho. - respondi

Assim que completei a frase, Gabriel pareceu mais furioso do que estava antes, e se voltou para Thiago. Mas antes que ele pudesse pronunciar qualquer palavra, eu me aproximei dos dois e interrompi.

- Mas isso não é motivo pra brigar com ele - comecei - O que há de errado com você Gabriel?

- Você não tá vendo que esse cara tá interessado em você? - ele disse, fazendo com que eu logo estremecesse por dentro, pois aquele assunto me incomodava um pouco.

- E qual é o problema? - deixei escapar, tentando arrumar algum jeito de fazer o Gabriel parar com aquilo.

Gabriel rapidamente se calou, mas não deixou de fazer seu olhar de fúria.

- Esse cara tem que sair daqui - Gabriel disse após um tempo calado, se aproximando de Thiago.

Entrei na frente de Thiago, assim que percebi que Gabriel começou a se aproximar.

- GABRIEL, PARA COM ISSO! - gritei, mas ele pareceu não escutar, e continuou a se aproximar.

- PAAAAI! - a primeira coisa que veio em mente, foi gritar meu pai.

Gabriel parou, pois aparentou perceber que eu tinha chamado por meu pai, quando ele escutou passos vindo em nossas direções.

- O que foi? - meu pai perguntou assim que nos viu ali.

- Pai, o Gabriel tá brigando com o pobre do Thiago. - eu disse assim que ele havia perguntado

- O Gabriel? - meu pai se virou para o Gabriel - Por que?

- Por causa das besteiras dele - eu respondi, não deixando nem chance do Gabriel dizer algo.

- Eu não acredito Gabriel - meu pai começou. - Quando vai parar de agir que nem criança?

- Mas pai, eu.... - Ele começou, mas foi interrompido.

- Para com esses seus ciúmes bobos....Não sabe que a Maria Luíza não é uma posse sua?? Muito menos um objeto para ser propriedade. - Meu pai continuou

- Pai, mas ela... - Gabriel mais uma vez tentou falar algo, mas meu pai interrompeu, completando sua fala.

- É um ser humano! Tem emoçoes, sentimentos e vida própria. Para de querer ser dono dela! - Meu pai finalmente terminou.

- obrigada pai - sussurei para o mesmo, orgulhosa do que ele tinha falado.

Gabriel respirou fundo, e logo se retirou dali, subindo as escadas e saindo de nossas vistas.

- Desculpe pelo Gabriel, filho - meu pai disse se dirigindo a Thiago.

- Não tem problema tio Doug, tudo bem. - ele disse dando um meio sorriso.

Meu pai sorriu de volta, e logo passou a mão na barba.

- Você já tem um lugar na mesa, então se quiser almoce aqui conosco.

Olhei com um olhar de fúria para meu pai, querendo matar o Thiago naquele momento, que sorria, parecendo que contaram uma piada para ele.

- Pode deixar, tio. - ele respondeu

- Bom, vou estar na cozinha se precisarem de mais alguma coisa - meu pai nos disse, andando e saindo daquele local logo em seguida.

Me sentei no sofá após aquilo, e percebi Thiago também se sentando.

Olhei para ele, e ele sorria.

- Não quer dizer que eu tenha te defendido do Gabriel, que ainda não esteja brava com você - eu disse cruzando os braços, fazendo ele desmanchar o sorriso que antes tinha feito.

- Mas porque você tá brava comigo? - ele fez sua cara de choro como de costume.

- Porque......Porque..... - tentei encontrar algum porquê de eu estar brava com ele - Porque você é um grande idiota!

- hahaha - ele começou a rir com uma cara de sonso.

De repente, ele mordeu o lábio e começou a me encarar.

- O beijo foi tão ruim assim? - ele soltou

Esse idiota tá brincando comigo né?

Dei um soco forte em seu braço, o que fez ele gemer de dor novamente, enquanto eu revirava os olhos.

- Você é mesmo um idiota né - comentei - O que você tá fazendo aqui?

- Eu vim te visitar ué - ele respondeu

- Me visitar? Então pode ir embora - respondi

- Seu pai me ama, querida - ele argumentou

Respirei fundo..

- Você é um insuportável - eu disse revirando os olhos.

- eu sei - ele disse encostando a cabeça no sofá.

Acidente No AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora