Twice Love

14. Confusão

Olá, gente boa! Olha só quem voltou!

Desculpa mais uma vez, galera. Só volto aqui pedindo desculpas, esse deveria ser meu segundo nome.

Espero que não desistam da fic e continuem votando e comentando sempre, isso me motiva kkk

O capítulo tá cheio de polêmica!

Boa leitura e eu volto logo!

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Lauren Jauregui Point Of View

"Tenho a sensação de um livramento na alma, a retirada de um peso nas costas desde o dia em que havia falado com minha apaixonada platônica e discutido nosso relacionamento. Eu tinha esquecido da capacidade que a verdade tinha de nos libertar. É um alívio impagável. Esse estado de consciência limpa fez com minha vida começasse a voltar aos trilhos, e quando falo isso não me refiro a voltar a ser como antes, me refiro a recuperar a paz que eu havia perdido. No final, tudo que te tranquiliza, que te traz benefícios espirituais deve continuar na sua vida. Se estamos aqui, declaradamente livres, é porque essa liberdade precisa ser aproveitada. É preciso enfrentar novos horizontes, é necessário arriscar e experimentar tudo o que lhe seduz, tudo o que lhe chama a atenção. Viva essa vida como se fosse a última."

Bobagem! – É só isso que me vem a cabeça quando leio esses desabafos no Tumblr. Que merda essas pessoas estão fumando pra se sentirem tão zen assim? Alguém me vende, por favor! Problemas são problemas! Eles não fluem dessa maneira, as pessoas precisam de tempo para filtrar tudo o que aconteceu. Coisas assim me fazem pensar sobre o quão essencial deveria ser a educação emocional durante a formação de um cidadão. Já parou pra pensar se todo mundo soubesse o que realmente está sentindo ao invés de ter que desembaraçar um enorme fio de lã que as emoções podem proporcionar? Seria muito bom me entender e entender as pessoas ao meu redor, isso construiria uma boa base para evitar muitas catástrofes. Educação Emocional é muito importante e quem não concorda que chupe as minhas bolas!

Tudo bem, acho que me empolguei um pouco. Pigarreei baixo, mesmo em um monólogo eu gostava de ser expressiva, isso de alguma forma atraiu os olhares da turma, inclusive do professor. Rapidamente guardei o telefone, praguejando-me por ser tão desligada.

— Alguma dúvida, Lauren? – Questionou o homem mais velho à frente da classe.

— Nenhuma, senhor. Desculpe. – Neguei com a cabeça ao falar.

Fui salva pelo gongo. O som estridente do sino soou por toda a escola, fazendo com que a bagunça fosse dada largada. Eu não suporto ter que me espremer em meio a tanta gente só pra sair primeiro, não vejo a necessidade em correr pra fora da escola, então eu preferia aguardar até que a multidão se dissipasse para que eu pudesse caminhar tranquila. Ultimamente tenho seguido ao pé da letra a ideia do "deixar a vida me levar". Sempre que penso no passado e sempre quando me frustro com alguma coisa eu acendo um baseado e tudo fica provisoriamente bem. Estou deixando tudo para o meu eu do futuro resolver.

Enfiei as mãos nos bolsos do casaco, sentindo o maço de cigarro e isqueiro em um deles. Como em todos os dias, eu desviava meu caminho de casa para fumar um cigarro ou dois à beira da margem, acendo unzinho, ninguém poderia me incomodar ali. Caminhei tranquilamente em direção a saída da escola, colocando os fones para ouvir algo durante o percurso. Quando estava longe dos territórios da escola, em uma rua pouco movimentada, eu comecei a bolar o baseado disfarçadamente, afim de economizar tempo. Em meu fone ecoava Do Re Mi do Blackbear e eu conseguia sentir as batidas do beat a medida que eu caminhava. Incrível como a música pode se conectar com nosso corpo, nossos movimentos e vibrações.