Twice Love

08. Fuck

Olha quem apareceu!!!!!! Isso mesmo, to aqui. Depois de bilhões de anos o papai voltou com um capítulo bem grande e chato, atualizarei logo, prometo! Desculpa pelo que vocês lerão no final, acho que muitos não vão gostar dessa parte, mas eu juro que é um mal necessário!

Amo vocês! Boa leitura!

Lauren Jauregui Point Of View

"O amor é uma piada. Tudo o que o rodeia é uma piada. Você é uma piada. Bom dia, campeã."

Depois dessa breve e profunda reflexão que gravei para tocar ao me despertar nesse dia tão especial de torneio, me levantei da cama e fui em direção ao banheiro. Me olhei no espelho que refletia minha aparência cabisbaixa e meu cabelo bagunçado, havia até um pouco de saliva seca no canto da minha boca, e eu sei que isso é bem nojento. Não tenho ânimo para fazer mais do que escovar os dentes, planejo chegar ao ônibus, pegar meu lugar e dormir a viagem inteira para que não aja estresse na minha vida, chegar ao Ginásio da competição e não sair da ala da esgrima. Apesar de eu não ter conseguido dormir muito bem noite passada eu não me sentia cansada, mas o que não existia de sono me adicionava em nervosismo. Hoje é o grande dia da Competição Nacional entre Escolas, que envolvia todos os tipos de modalidades, inclusive Esgrima. Eram as semifinais e você pode imaginar o quanto isso é importante, pretendemos levar o título pra casa e eu me sinto na obrigação de concluir esse objetivo com sucesso. Todos os duelistas e principalmente o capitão, têm dado o melhor para que possamos vencer, na esperança de passar para a final ao menos uma vez nesta década. Minha mala já estava pronta, eu havia a feito nesta madrugada mesmo. Quando estava devidamente vestida, eu desci as escadas e fui em direção a cozinha para fazer minha primeira refeição do dia, encontrando meu pai e minha mãe na cozinha preparando tudo.

- Bom dia, pessoal. - Cumprimentei ao me sentar na bancada.

- Oi, gatinha do pai. Bom dia. - Meu pai disse de bom humor, retirando a frigideira com ovos da boca do fogão e colocando sobre a mesa. - Ovos? -

- Sim, papi. - Falei com um sorriso grandioso balançando a cabeça em positividade.

Eu realmente não me importava em ser mimada pelo meu pai, não fazia meu tipo negar afeto das pessoas que eu amo, esse é um dos motivos de eu acreditar que sou muito carente, sei que isso não é ruim. É sempre bom receber um abraço Quentinho, um beijo, qualquer demonstração de amor pra reafirmar o vínculo.

- Tá tudo pronto? Você arrumou a mala direitinho? Não tá esquecendo de nada? - Minha mãe perguntou, deixando meu prato com panquecas sobre a bancada na minha frente. - Colocou todos os remédios que te dei ontem na mochila? Colocou absorvente?

- Sim. Coloquei tudo isso, mãe. Cadê Christopher? - Perguntei casualmente.

- Acordou cedo pra ir pegar a namorada. - Minha mãe respondeu, parecia orgulhosa da atitude do meu irmão. Ela sentou-se à mesa junto a mim e prosseguiu. - Uma graça essa Camila, não é? Quando o Chris falou sobre trazê-la na primeira vez, confesso que fiquei meio receosa, mas quando a conheci... - riu empolgada - Descobri que ela era a uma jovem muito bonita, inteligente e engraçada.

- Eu concordo, Camila é uma jovem ótima. - Meu pai se envolveu na conversa.

Naquele momento, tentei não me sentir abalada pela situação constrangedora de me sentir chateada. Eu concordei com todos os adjetivos que foram destinados a Camila com um longo e repetido aceno de cabeça. Eu sei, eu sei de tudo isso, mas não queria me aprofundar naquele assunto, conhecendo minha mãe sei que ela perceberia alguma coisa se eu demonstrasse fraqueza ao ouvir falar da latina, eu só queria dar um basta nisso tudo. Não entendo como esse sentimento consegue me perseguir tanto, sinto que o universo está conspirando contra minha sanidade mental e minha relação com meu irmão.