Twice Love

16. Venda de Garagem

Gente, me desculpem pelo sumiço. Há algumas semanas eu perdi minha conta no Spirit Fanfic, onde eu postava as mesmas fanfics que posto aqui. Aquela conta significava muito pra mim, criei no mesmo dia que virei Harmonizer e agora não vou ter as recordações. Segundo a central deles a conta foi banida permanentemente por fazer apologia/romantizar estupro. Eu não descrevi uma cena de estupro, não foi com viés de prazer. Enfim, nunca mais vou escrever sobre nada parecido. Press F pela minha linda conta que nunca verei novamente.

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Lauren Jauregui Point Of View

A adolescência é sem dúvidas a parte mais movimentada e conturbada da vida do ser humano. Não importa o quanto você tente fugir de desastres, é inevitável. Contudo, pode ser considerada uma fase importante para a formação de uma personalidade, pro clareamento de ideias, o que eu quero ser e o que eu não quero ser. Definitivamente não quero ser um fracasso, não quero ser um erro. Quero olhar para mim daqui há dez anos e me sentir orgulhosa pela pessoa que me tornei, quero viver uma vida sem arrependimentos, quero sentir tudo que for necessário sentir e quero voltar cada vez mais forte de cada situação. Tenho refletido muito sobre a vida desde que tenho buscado maneiras de conseguir dinheiro para quitar a dívida que Normani precisava pagar. Dois dias se passaram desde a nossa conversa e eu tenho ficado mais preocupada a cada momento, tenho medo do que podem fazer com ela, não vou negligenciar essa situação. Coloquei alguns produtos que já não tinham utilidade para mim na internet, mas até agora não havia vendido nada. Os trocados que eu tinha juntei aos de minha amiga e até agora temos 176 dólares, o que ainda é pouco comparado à dívida acumulada.

Eu não tinha ideia alguma do que fazer, quanto mais eu fuçava a internet, os jornais e qualquer outra fonte de pesquisa, mais eu ficava preocupada, afinal nada parecia que poderia funcionar. Normani dormiu em minha casa e está aqui desde então, por isso tive que manter a calma, fingir que estava tudo bem pra não piorar seu psicológico. Eu me sentia triste todas as vezes que a via chorar, era impossível não sentir junto.

— Vai dar tudo certo. – Toquei em seu ombro ao me aproximar com cautela.

— Não sei mais o que pensar. Será que vai mesmo dar tudo certo? Não temos nem sequer o suficiente pra entregar como seguro, enquanto tentamos conseguir mais dinheiro.

— Vamos dar um jeito. – Acalmei-a. — Eu só preciso pensar um pouco. Não vamos nos desesperar.

Normani fitou-me e respirou fundo, como se recobrasse a calma que lhe faltava. A negra balançou a cabeça em positividade e levantou-se da cama, parando à minha frente.

— Tudo bem. – Disse ela e eu prontamente puxei-a devagar pela cintura, oferecendo-lhe meu abraço.

A verdade é que eu estava tão perdida quanto Normani, temia por sua vida. Fico com raiva de mim por não saber o que fazer e eu sempre sei o que fazer. Eu só preciso pensar com mais calma.

— Eu vou pra casa, tá bom? – Avisou-me após sair do abraço.

— Eu vou com você.

— Não precisa. Minha mãe não para de me ligar e eu preciso ir pra casa dar um sinal de vida.

— Seria bom eu te levar até lá, não? – Questionei, insistindo um pouco mais.

— Não, não seria. Fica e descansa, tá bom? Eu prometo que mando mensagem assim que chegar. Nada irá acontecer comigo. – Ela me segurou pelos ombros ao falar.

— Tudo bem. – Dito isso suspirei e ela depositou um beijo em minha bochecha. — Mas quando chegar me manda mensagem, tá bom? 

— Mando, com certeza.