Twice Love

09. Feelings

Gostaram da capa nova? Eu espero que sim, demorei cerca de 10 minutos para fazê-la, então... se alguém estiver precisando de capas é só falar comigo, ajudo na hora.

O capítulo de hoje vai ser exclusivamente focado no ponto de vista da Camila nessa história, eu espero que vocês gostem e me perdoem pelo Hot Keauren kkk.

Eu to impressionado comigo mesmo por ter voltado tão rápido pra vocês e prometo continuar assim. Quando to chapado a criatividade me invade de um jeito que vocês não tem noção! Então torçam pra minha maconha não acabar cedo.

Camila Cabello Point Of View

Sentei na varanda do quarto que dividia com Keana naquele hotel olhei para baixo, vendo carros que mais pareciam formigas passarem como um vulto pela avenida. Incrível como nossas vidas dependem da influência do ambiente em que vivemos para seguir, como somos indiretamente direcionados a tomar uma decisão achando que nós somos totalmente responsáveis por elas, a ideia de livre arbítrio humana é falsa, talvez alguém tenha criado há séculos atrás só pra manter uma multidão que se sentia impotente por nascerem tendo que seguir tudo aquilo que seus ancestrais seguiram, como por exemplo, a religião, em grande parte ela está envolvida, somos batizados - em maioria - porque nossos pais que nem sequer sabíamos que seriam nossos pais também são batizados. Conseguem entender minha lógica? Não sei exatamente onde quero chegar com isso, mas divagar em pensamentos me parece a melhor forma de resolver uma situação como essa. Há alguns dias tenho me perguntado como seria se eu pudesse mudar um pouco da minha história, se eu tivesse me apaixonado por Lauren e não por seu irmão, como seria nosso relacionamento, como ela me trataria, Christopher reagiria da mesma forma que Lauren? Gostaria de mim em segredo? Isso me faz voltar a teoria do falso livre arbítrio, eu escolhi o Chris, mas desde o dia em que fui uma intrometida e resolvi escutar a conversas dos outros acabei descobrindo que sua irmã é apaixonada por mim, tudo isso tem me feito repensar minhas decisões, se Lauren não tivesse revelado tudo isso não teria acontecido e eu não estaria aqui agora cabisbaixa, não tendo uma OPÇÃO de ESCOLHA pra decidir me sentir assim ou não, só sinto, não tenho escolha a não ser lidar com isso. Livre arbítrio é história de Bíblia. Lauren me manipulou inconscientemente e eu posso provar! Está tudo aqui... na minha cabeça, martelando sem parar... suas malditas frases, nossos momentos, ela em si... está na minha cabeça. O que eu posso fazer? Não da pra escolher ignorar? Não da pra fingir que nunca aconteceu? Por que meu cérebro continua a insistir tanto nessa história que pode ser facilmente caída no esquecimento, assim como a minha infância inteira que está armazenada em alguma parte do meu cérebro que eu não tenho acesso e tá tudo bem.

Os lapsos de memória me viam à tona sempre que eu estava me esforçando para esquecer, não consigo esquecer da indiferença que recebi no ônibus, não consigo esquecer da forma como ela me esnoba quando estou perto, como se eu não estivesse ali, e principalmente não consigo esquecer de Keana e Lauren... Elas saindo da social, elas na cama quando cheguei, elas em todo lugar. Por que tem que estar em todo lugar? Eu já entendi que estão se apaixonando, não preciso de mais uma prova disso, a não ser que escrevam um cartaz enorme e balancem na Times Square com luzes reluzentes e muita purpurina. Eu sei que parte disso, de todas emoções incompreensíveis que venho sentido sejam pelo fato do desejo, de algo novo, de uma aventura, Lauren pode me representar e proporcionar algo mais emocionando, afinal o quão radical seria ficar com dois irmãos ao mesmo tempo? Precisa ter muito psicológico e coragem pra lidar com esse de situação, principalmente precisa ter vontade. Vontade era o que me faltava, mas curiosidade ainda me preenchia, ou talvez não seja só curiosidade. Sempre que entro nesse assunto se inicia um loop infinito de possibilidades e acabo mais confusa do que estava há minutos atrás. Mas talvez... só talvez seja possível entender se voltar ao ponto de partida dos acontecimentos e como me senti durante os mesmos.