10. Inconsciente

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Eu adoro rir dos comentários de vocês na fanfic, mas no último capítulo não vi muito isso... então comentem, galera! Eu sei que parece bobo, mas me motiva bastante, porque eu dou muitos gargalhadas com isso e fico feliz pelo engajamento de vocês.

Eu sei que sumi, mas olha eu tô de volta... É o que importa. Troquei de telefone e tinha perdido a senha disso aqui, recuperei recentemente. Escrevi esse capítulo chato chapadinho... Prometo que o próximo será bem interessante e revelador.

Lauren Jauregui Point Of View

Meses Depois...

Lauren, já estamos indo, querida! — Pude ouvir minha mãe falar em alto tom ao pé da escada. — Tem certeza de que ficará bem?

— Vou ficar bem, mãe. É só uma dor de barriga. — Falei, surgindo na beirada da escada. — Divirtam-se, tudo bem? No próximo eu irei.

Ela sorriu sem mostrar os dentes e assentiu, eu correspondí ao ato.

— Tudo bem. Eu te amo, tá bom? Se cuida direitinho. Voltaremos por volta das onze.

— Também te amo, mãe.

Observei-a caminhar até que eu pudesse ouvir o som da porta sendo fechada, eu finalmente teria um pouco de paz agora. Voltei ao meu quarto e me certifiquei através da brecha da cortina se o carro dos meus pais já havia saído, para logo em seguida abrir a janela. Sentei na beirada de minha cama e peguei meu celular, mandando uma mensagem para Keana.

[ Lauren: Meus pais saíram, não quer vir pra cá? ]
[ Keana: Estou jantando, baby. Chego aí daqui uns trinta minutinhos, tudo bem? ]
[ Keana: Peço para o meu pai me deixar aí ]
[ Lauren: Te espero ansiosamente ]

Play em Still don't know my name - Labrinth

Tenho fugido desses jantares em família e de todas as reuniões em que Camila está, até pedi transferência da turma de química, o que não me foi concedido de primeiro momento, mas depois de umas ligações fingindo ser minha mãe o pedido foi atendido. Nos últimos meses eu havia notado a benevolência da namorada do meu irmão para comigo, ela se mantinha longe de mim na maior parte do tempo, não haviam mais sorrisos, nem cumprimentos, as vezes eu me sentia invisível aos seus olhos e isso era bom, eu finalmente conseguiria esquece-la, finalmente conseguiria arrancar fora esse sentimento, essa culpa que eu guardo, mesmo que parte de mim sinta falta de como as coisas eram. As vezes me pego a pensar em como poderia ter sido se eu tivesse escutado Neithan, se eu tivesse tentado, ao invés de congelar todas as vezes que eu tinha uma chance... mas é melhor assim, melhor deixar como está, prefiro vagar no vazio do que vagar em um mar de culpa e ressentimento. E apesar de tudo, eu e meu irmão estávamos bem, eu fingia estar bem e desempenhava bem o papel de estar feliz por ele, de ouvi-lo falar de Camila hora ou outra, de me questionar sobre o que deveria fazer, sobre suas ideias românticas e seus desabafos.

Apanhei minha mochila e de dentro dela retirei uma carteira de cigarros, dentro da mesma ainda havia a metade de um baseado que eu havia guardado. Maconha tem sido a melhor forma de me trazer paz, de me relaxar e eu confesso que estava gostando essa nova fase. Nesse meio tempo percebi que uma simples planta não é uma coisa de sete cabeças, devastadora de lares e tudo mais, acho que isso me fez entender que nem tudo o que as pessoas falam sobre o mundo é, de fato, uma verdade, que é necessário tirar suas próprias conclusões. Estou passando por um processo de desconstrução, mudar é bom e eu já estou cansada da velha Lauren, a medrosa e insegura Lauren. Acendi o beck e encostei-me na cabeceira da cama, sentindo as batidas da música ambiente que eu colocara para tocar no Notebook. Essa música me fazia lembrar de tanta coisa, machucava ouvir, mas eu gostava de me torturar nas horas vagas, no fundo eu me atraía pelo sofrimento, me sentia na necessidade de viver todo o luto pelo amor não vivido.

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