15. Lies

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Voltei antes mesmo do que vocês esperam, não é mesmo? Eu sei que o capítulo tá curto, mas eu não tinha mais o que escrever aqui. Esperem pelo próximo capítulo pra entender.

Amo vocês!!! Boa leitura!

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Lauren Jauregui Point Of View

- Eu preciso que me conte o que está acontecendo, Mani. - Toquei sua mão. - Com calma, tá bom? eu prometo entender.

Depois do acontecimento no carro, eu havia sugerido ir até minha casa, Normani nada disse e nos trouxe até aqui. Durante todo o percurso ela se manteve calada, eu respeitei esse momento que ele estava tendo, não queria pressiona-la. Ela lavou o rosto quando chegou e eu lhe trouxe um copo de água com açúcar para acalmar os ânimos. Estávamos sentadas na cama, nesse momento eu tive que quebrar o silêncio, precisava entender o que estava acontecendo. Minha amiga respirou fundo, como se tomasse a coragem para falar.

- Lembra do Cabo? - Questionou em um tom baixo. Eu já poderia imaginar o que houve, ele era um sujeito suspeito, não cheguei a conhece-lo, mas só do que sei já me é suficiente para querer arrebenta-lo. - Eu o conheci em uma balada clandestina há alguns meses atrás, nesse mesmo dia eu comecei a consumir MD.

Minha expressão mudou de preocupada para surpresa, eu buscava seus olhos a todo momento, mas ela se recusava a direciona-los a mim. MD é muito perigoso, isso é uma coisa que vai muito além de um mero cigarro de maconha. Sei que naquele momento, repreendê-la sobre isso não tornaria a situação menos pior e muito menos a resolveria.

- Naquele mesmo dia também transamos. - Ela falou depois de um tempo. - Eu não perdi minha virgindade com o Kalton, eu perdi com o Cabo. Ingênua eu transar com alguém que eu não faço ideia de qual seja o nome de registro... Ou quem são os pais. - Eu sentia a amargura e a raiva em seu tom de voz. - Depois daquele dia continuamos a nos ver sempre, mesmo eu estava com outras pessoas. - Ela fez uma pausa para enxugar uma lágrima que escorria pela sua bochecha. - Eu me viciei em MD. Pra ser sincera, eu me viciei em quase tudo que meu nariz pudesse cheirar. Eu perdi a cabeça, ele a controlava. Acabei penhorando coisas pra alimentar o nosso vício.

Aquela história era um grande baque pra mim. De todas as pessoas no mundo, eu nunca imaginei que isso aconteceria com alguém como a Normani. Na verdade, sempre pensei que seria eu a viciada.

- E quando o dinheiro acabou, ele começou a comprar pra pagar depois. - Ela riu sozinha, suas lágrimas caiam com força. - O problema é que o depois não veio. - Franzi o cenho perante sua fala.

- Como assim não veio? - Questionei, e ela levantou a cabeça me olhando.

- O cabo foi preso. Agora eu quem vou ter que pagar a dívida.

- Você? Por que? A dívida é dele! - Eu estava indignada.

- Eu estava com ele todas as vezes, eu conheço o traficante que ele deve. É claro que ele vai cobrar a pessoa mais próxima do cabo.

Umedeci os lábios, tentando manter a calma nessa situação. Não se pode simplesmente dizer que não vai pagar, mesmo que a dívida não seja sua, não é assim que funciona na cabeça de alguém vende coisas ilegais. Você pode perder sua vida, por isso é delicado. A única opção que Normani tinha era pagar e se afastar o quanto antes dessas pessoas.

- Quanto? - Questionei sobre o valor da dívida.

- Mil e quinhentos dólares. - Ela disse e eu engoli em seco.

- Tudo bem. - Respirei fundo. - Vamos dar um jeito de conseguir esse valor, tá bom? - Segurei suas mãos, fazendo-a me olhar. - Mas quero que me prometa uma coisa... - Fiz uma pausa para limpar as lágrimas que caiam por sua bochecha. - Quero que me prometa que vai sair dessa, que não vai se envolver mais com esse cara. Eu sei que é difícil sair de um vício, mas fica mais fácil quando você procura ajuda.

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