Train Wreck

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Hey, pessoal! Fiquei muito feliz em saber a opinião de vocês sobre a fic e resolvi voltar e dar um final justo a ela. Confesso que ainda estou em dúvida sobre como finalizar, entre um fim sofrido mas preciso ou outro final kkk 

Antes de mais nada, esse capítulo é pequeno por dois motivos: 

1. Eu não queria deixar vocês sem uma atualização

2. Eu achei que seria mais... Impactante se vocês recebecem essas informações antes de tudo, mesmo que fosse em um capítulo tão pequeno. Tentei fazer capítulos maiores com mais detalhes mas não gostei de nenhum, isso até foi um dos motivos da minha demora, sem contar nas pesquisas que precisei fazer, tanto em relação a Kara quanto a Lena. Aliás,  agradeço imensamente a ajuda da DearDanvers.

Enfim, espero que vocês gostem e que me desculpem pela demora. As coisas estão corridas mas quero continuar a atualizar enquanto posso.

Boa leitura e desculpem os erros.

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–É uma menina!–Alex gritou emocionada, após segurar a pequena criança em seus braços. Lena sorriu brevemente ao ouvir aquilo, mas logo sentiu as dores lhe atingirem novamente.

A linha tênue entre a vida e a morte é assustadora, ainda mais em um momento como aquele, onde Lena comemorava o nascimento de suas filhas mas, ao mesmo tempo, sentia que algo em si estava errado. A quantidade de sangue no chão e a sua dificuldade em se manter atenta era algo preocupante.

O choro estridente preencheu a sala novamente, Lena sorriu aliviada em saber que suas filhas estavam bem. Fechou seus olhos e tentou se animar.

Alex dava seu máximo para fazer os procedimentos corretamente, mesmo limitada e em um lugar inapropriado. Estava com medo, não queria admitir, mas sabia que algo errado estava acontecendo com Lena. Cuidou dos bebês, usando suas roupas para cobri-las e somente quando teve certeza de que estava tudo bem, deu atenção a Lena, um erro.

–Lena?–Chamou a mulher, que estava com os olhos fechados.–Por favor, olha pra mim!–Implorou, segurando seu rosto, que estava mais pálido do que o normal.–Eu vou tirar você daqui, eu prometo! Vai ficar tudo bem.–Jurou, mais para si do que para ela. Lena abriu seus olhos e sorriu, seu olhar estava distante.

–Alex... –Sussurrou, lentamente tocou o rosto da ruiva. Alex soluçou, suas lágrimas estavam presentes, estava com medo de ver Lena morrer ali, em seus braços.–... Cuida delas pra mim...Promete?–Por mais que fosse doloroso e triste fazer aquele pedido, Lena não conseguia parar de sorrir, ela estava certa de que seu propósito estava cumprido.

–Não, você e a Kara vão fazer isso juntas!–Rebateu, sua garganta doía devido ao nó que se formou ali.–Coelhas do jeito que vocês são, terão muito mais filhos. Não se entregue agora, por favor!–Alex pediu, retirou o celular do bolso e pela centésima vez tentou ligar para John.–Atende, por favor!–Sussurrou baixo, implorando para qualquer entidade divina que lhe concedesse aquele favor.–John?–Suspirou aliviada ao ouvir a voz do homem.–Por favor, venha até o escritório da Lena o mais rápido possível. Ela acabou de passar por um parto delicado e está perdendo muito sangue.–Alex encarou a morena que sussurrava o nome de Kara e sorria.–O que?–A carga de emoções que Alex teria que suportar estava apenas começando.

–Kara está aqui.–Lena sussurrou, assustando Alex.–Ela vai me levar para voar.–Dito isso, Lena desmaiou.

{...}

Os motivos para que ninguém atendesse as ligações de Alex eram mais do que urgentes. A cena em questão era quase difícil de imaginar, quem assistiu a tudo não conseguia acreditar, seria ainda mais difícil contar que aquilo realmente aconteceu.

Muito ferido e sangrando, Mon-el adentrou o DEO. Em seus braços, Kara tentava manter-se viva. Não era possível saber quem estava pior, mas assim que descobriram quem se tratava a mulher carregada por Mon-el, todos do DEO correram para ajudar. John ordenou que levassem Kara para uma das salas.

–O que aconteceu?–John se aproximou de Mon-el, estancando o ferido com suas mãos.

–Marshall. Cuida... Kara e Lena...Vingança!–Mon-el conseguiu dizer antes de desfalecer nos braços de John. Se entregando de vez ao seu destino, não conseguia mais lutar contra e não aceitaria ajuda alguma para manter-se vivo. Sorriu ao constatar que, de certa forma, havia feito algo bom para a mulher que ele tanto amou, não se importando em pagar o preço com sua própria vida. Não queria ser lembrado como um herói, pois ele nunca chegou nem perto de ser um, apenas queria fazer algo certo pela primeira vez em toda sua vida.

John pediu para alguns agentes cuidarem do corpo de Mon-el e correu para ajudar Brainy a socorrer Kara. O corpo de Kara possuía muitos machucados, mas o que mais preocupava era a perfuração no peito.

–Lena...–Com o que restava de suas forças, Kara suplicou mas não foi atendida. Todos à sua volta pareciam fantasmas, gritando coisas que ela não conseguia ouvir. Tudo girava, as luzes lhe causavam irritação, seu peito doía e o sangue em suas mãos lhe assustava, temia ser a culpada de mais uma tragédia, foi quando percebeu que aquele sangue vinha da ferida em seu peito.–Preciso...Ver...

O grito de dor assustou a todos que assistiam. Mesmo após os acontecimentos, todos ali estavam tocados com o estado da garota de aço, que agora parecia tão humana quanto qualquer um ali. Além disso, a CEO da L-Corp estava em uma sala ali próximo, lutando pela vida da mesma forma que a Kryptoniana.

–Kara?–A voz aflita de Alex foi a única que Kara reconheceu em meio a tanto falatório. Foi o suficiente para lhe dar um pouco de força e não entregar-se.–Por que não me disseram que ela está ferida? Me deixem passar!–Alex discutia com alguém, que Kara não conseguiu identificar.

–Me...Perdoa!–Sussurrou antes de lhe colocarem a máscara de oxigênio.

Kara rendeu-se, desistindo de lutar contra o inimigo invisível, uma escolha que lhe parecia agradável naquele momento. A dor estava diminuindo, assim como seus batimentos cardíacos.

Seus olhos se fecharam involuntariamente, zombou de si mesma e da sua falta de sorte, estava comprovando a teoria de que um filme é passado em sua mente quando você está frente a frente com a morte. Porém, diferente do que se esperava, Kara foi bombardeada com momentos especiais focados em Lena. Momentos esses que ela guardou para si, desejando nunca esquecer. O sorriso espontâneo, a tranquilidade em seu rosto ao adormecer, a gargalhada gostosa, a forma como ela arqueava a sobrancelha, ela quando sua barriga começou a crescer, devido a gravidez ... a pronúncia deliciosa e incomparável do "Eu te amo, Kara".

Ela desejava poder voltar no tempo, queria ouvir, sentir e tocar em Lena novamente, mesmo que fosse pela última vez.

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Então...?

Beijos e até o próximo capítulo, que se der certo sai ainda essa semana. 😛😘

IDFC (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora