Talking to the Moon

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Hey, pessoinha!

Como hoje o dia tá cheio de coisa estranha, a começar com a CAMILA curtindo foto da LAUREN depois de muito tempo sem um pingo de ilusão para nos fazer de trouxas novamente, euzinha resolvi também aparecer com um capítulo. Já que eu não tinha nada para fazer nesse dia dos namorados, finalizei o capítulo que só sairia no dia 15. 👁️👄👁️

Então, sem mais delongas, vamos ao capítulo. Boa leitura e me desculpem se houver algum erro.
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Lena Luthor P.O.V

–Então, Lena, o que você se lembra antes de tudo acontecer?–A pergunta feita pela mulher, me fez tremer. Na verdade, aquele lugar me causava arrepios, apesar de ser um ambiente aconchegante e normal, como qualquer outro. Ela me encarava compreensiva, de certa forma, queria me lembrar que eu deveria me abrir sobre qualquer assunto.

–É uma menina!–Sorri encarando algum ponto no chão, as lembranças me atingiam aos poucos,–Foi a última coisa que eu ouvi de Alex, antes que minha briga contra a morte começasse.–Sorri irônica e esperei que ela respondesse com um sorriso, porém ela apenas abaixou o olhar e escreveu algo em um bloco de notas.

–Logo depois você desmaiou, devido às complicações no parto de suas filhas, certo?–Perguntou, sem desviar o olhar do bloco. Era a primeira vez que falávamos sobre o ocorrido após algumas sessões, onde eu apenas lidei com a minha depressão pós parto, o aconteceu a mais ou menos dois meses atrás.

–Sim.–Respondi simples, ainda em dúvidas se devia revelar o pesadelo que tive logo depois.

–Quer me contar algo mais?–Me encarou como se soubesse sobre meu impasse. Cruzei minhas pernas e limpei a garganta.

–Minha experiência com a morte me levou a um dos cenários mais cruéis possíveis.–Encarei os olhos castanhos escuros e continue.–Onde um dos meus piores medos se tornou real.–Engoli a seco.–É patético, Lena Luthor, a mulher de negócios, inabalável, mesquinha e egoísta tem, como um dos seus maiores medos, perder o amor de uma Kryptoniana.

Contei tudo a ela, todos os detalhes, até mesmo os difíceis de encarar. Era minha cartada final, procurar ajuda especializada para superar meus traumas. 

Quando me recuperei do ocorrido, encarando o teto do DEO, me deparei com a tão temida verdade, estávamos quebradas e tentávamos esconder esse fato pois era difícil demais suportar, encarar nosso passado era como abrir uma ferida que estava quase cicatrizada. 

–Parece ridículo agora mas...–Engoli a seco.–...A única forma que conseguiamos nos entender, "dialogar", era através do sexo. Qualquer coisa além do prazer e da troca que tínhamos em um quarto ou em qualquer lugar, era esquecido em um canto...–Ela assentiu. Desviei o olhar por alguns segundos e continuei.–...Foram muitas e muitas vezes. Acho que é mais fácil contar as vezes em que tivemos um momento juntas, sem segundas intenções, do que contar quantos orgasmos já compartilhamos.–Sorri nervosa, apesar de estar envergonhada, não conseguia controlar minhas palavras.–Eu não conseguia olhar para ela e dizer o que eu sentia. Eu amava...Amo tanto ela que...Era mais fácil me submeter a viver daquela forma do que perder ela pra sempre.–Senti meus olhos marejaram. Meus sentimentos estavam confusos desde que tudo aconteceu.

Até então não conseguia entender o porquê de tudo ter acontecido. Meu conto de fadas virou uma grande decepção, como se o encanto tivesse acabado e uma tremenda maldição caísse sobre nossos ombros. Era exatamente como eu previ, tudo não passava de uma fase boa, a calmaria antes da tempestade. Tempestade essa que deixou destroço por onde passou, principalmente em meu emocional.

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