IDFC (Intersexual)

Nothing Breaks Like a Heart

Caros leitores, se alguém rezou para que eu conseguisse concertar meu notebook, muito obrigada porque deu certo. Dei uma de Lena Luthor e consegui concertar meu notebook sozinha. Pra agradecer, trouxe o capítulo fresquinho.

Se tiver algum erro, corrijo depois.
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Kara Danvers P.O.V 

    –Recomece a simulação.–Ordenei assim que derrubei o último alien. Meu corpo ansiava por descanso mas minha mente me impedia de parar, precisava me ocupar com qualquer coisa que me mantivesse longe dos meus pesadelos e da cena do beijo entre Lena e Andrea. 

    Cerrei meus punhos e me pus em posição de ataque, esperando a próxima simulação. Eu não fazia ideia de que horas eram, pedi a Alex que não deixasse ninguém entrar ali, principalmente Lena. Por mais que eu desejasse entender tudo o que tinha acontecido, ver Lena não era uma boa ideia pois eu ainda estava de cabeça quente e provavelmente falaria coisas desagradáveis a ela. 

    –Não acha que está na hora de ir para casa?–Não percebi que Alex estava ali. Sua pergunta me fez perder minha concentração e fui atingida em cheio por uma parede de concreto.–Supergirl! Cancelar a simulação!–Alex gritou antes de correr até mim. Senti minhas costelas doerem e o ar faltar. Assim que o local voltou a ficar livre de Kryptonita, minhas forças voltaram ao normal. Levantei o que sobrou da parede e levantei do chão.

    –Eu estou bem.–Avisei a Alex que tentava encontrar algo errado em mim. 

    –O que aconteceu de verdade? Você está aqui a horas e a Lena esteve aqui umas cinco vezes. 

    –A Lena…Ela esteve aqui?–Foi inevitável não me preocupar com ela. Por mais que eu estivesse chateada ainda sentia algo muito forte por ela. 

    –Sim, na verdade ela está aqui. Você sabe o quanto ela pode ser boa em convencer alguém ou burlar o sistemas.–Deu de ombros.–O que aconteceu entre vocês duas? Ela parece bem arrependida. 

    –Eu realmente não quero falar sobre isso agora, Alex. Prefiro que as coisas se resolvam sozinhas. 

    –Como? Fugindo delas e se escondendo aqui feito um bichinho indefeso? 

    –Então o que eu devo fazer?–Coloquei minhas mãos na cintura e encarei Alex. 

    –Bom, que tal começando a dizer o que houve? 

    Respirei fundo e passei as mãos em meu cabelo. Fechei os olhos e a cena do beijo entre Lena e a estranha me atingiu como um soco. Abri meus olhos rapidamente e encarei Alex com medo. 

    –Eu vi a Lena beijando outra pessoa.–Engoli em seco e desviei o olhar para o teto, tentando segurar o choro.–E desde então eu não consigo pensar em mais nada. É como se minha mente estivesse tentando me auto destruir, todas as vezes que eu paro e fico sozinha é um pesadelo atrás do outro.–Andei em círculos enquanto gesticulava e explicava a minha real situação para Alex.–Imagino o quanto estou colocando em risco a vida da mulher que eu amo. Tenho medo de que a qualquer momento ela possa se dar conta de que viver ao meu lado, sem se machucar, é impossível. O meu maior medo era perder as pessoas que eu amo e o segundo era descobrir que a Lena poderia me deixar.–Cessei meus passos, cerrei os punhos e suspirei derrotada.–Agora, ambos medos viraram realidade e parece que eu estou com as mãos amarradas enquanto meu ex-namorado psicopata está solto por aí e a mulher que eu amo entendeu que existe um mundo melhor lá fora, esperando por ela. –Algumas lágrimas desceram dos meus olhos, virei em direção a Alex e esperei por uma resposta que pudesse me ajudar. Ela assentiu e meu puxou para os seus braços. Chorei tudo o que não tinha conseguido fazer antes.