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Algumas imagens de como mais ou menos Mors seria.

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Boa leitura

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Boa leitura.

Para papai, por favor!"

"Cala a boca, sua cadela."

" Não! Draco, socorro, por favor!"

Luna?

" Draco!"

Levantei assustado e ofegante, tentei escutar melhor fechando os olhos e me concentrando.

"Não se mexa, ou vai ser pior!"

Pai? Abri a porta do quarto e parei no corredor, os gritos de Luna estavam vindo da sala. Atravessei em poucos passos tropeçando em tudo, quando entrei na sala vi meu pai.

Ele estava em cima de Luna a prensando no sofá. Ela estava com o rosto vermelho e molhado pelas lágrimas que desciam desesperadamente. A alça do pequeno vestido florido estava rasgada e tentava empurrá-lo com as pernas já que suas mãos estavam sendo seguradas por ele.

" O que você está fazendo?!" berrei e em dois passos eu cheguei no meu pai, com toda a força que podia o tirei de cima da minha irmã.

Eu não enxergava mais nada, apenas ele. Meu punho foi em direção ao seu rosto, acertando socos descontrolados. O seu sangue manchava minhas mãos e o tapete, senti seu maxilar se quebrar em minhas mãos; depois de um tempo ele parou de se debater e seu corpo ficou mole.

" Para. Draco, ele já desmaiou!"

Luna gritava mas era como se não a escutasse, ela se jogou em meus braços chorando copiosamente. Minha respiração foi se acalmando e a abracei de volta. Comecei a chorar junto com ela até que os vizinhos chegassem assustados com os gritos.

Tarde demais, eles vieram tarde demais. Já estava feito, meu pai não estava apenas desmaiado.

§§§§§§§§§

Acordei assustado e com uma leve dor no lado esquerdo da minha cabeça, o furgão provavelmente passou em algum buraco, se balançando fazendo com que eu batesse a cabeça no vidro escuro.

Depois daquela sexta feira, quando meu pai...morreu, eu fui para a cadeia; mesmo depois de ter dito, gritado, que ele iria violentar a minha irmã. Ninguém me ouviu. Eu fiquei uma semana lá. Depois, quando o sol nem havia aparecido, eles me levaram. Para onde? Eu não sei. Agora eu estou em um furgão com janelas escuras e grades, sem ter noção de onde estamos. Minhas mãos estão acorrentadas, tão forte que minha carne está vermelha e pinicando; mexi meus pulsos tentando diminuir o desconforto mas isso apenas piorou fazendo com que gemesse de dor.

Eu estava sozinho; apenas o motorista, um guarda e eu. Três pessoas. O calor estava insuportável, senti o suor pingar da minha testa caindo em minhas mãos. Pelo calor deduzi que estávamos no deserto. O Arizona é um lugar extenso, uma cama de areia.

Tentei ao máximo, durante todos esses dias, não pensar na minha irmã. Meu peito doía só de lembrar no seu pânico ao saber que eu iria deixá-la. Eu falhei. A abandonei.

Quando era mais jovem, com uns 13 anos, minha mãe nos abandonou. Ficando apenas minha irmã, meu pai e eu. Agora com 18, eu fiz o mesmo.

O furgão balançou bruscamente, tensionei minhas coxas tentando me segurar no banco. Estava difícil respirar, tentei molhar meus lábios mas a minha língua estava seca e áspera.

Meus olhos estavam quase se fechando quando paramos. O guarda, um homem gordo e careca, soltou a corrente do apoio no banco e me fez levantar, a porta foi aberta e tudo que vi foi areia. Estávamos no deserto. Ele me puxava sem paciência, atravessei a areia escaldante, trôpego. O calor parecia estar derretendo a sola do meu tênis e as minhas roupas estavam duras e fedidas; durante todo esse tempo não me deram nenhuma troca de roupa, apenas água. Mais nada.

- Se apresse!- o guarda me empurrou e por pouco não caí com a cara na areia. Ele puxou mais as correntes fazendo meus pulsos arderem, senti a pele se rasgar sob as correntes e mordi os lábios evitando que algum som saísse da minha boca.

Percebi que nos aproximávamos de um tipo de montanha, solitária, no meio do deserto; o sol fazia uma sombra não muito grande. Suspirei de alívio quando ficamos sob ela fazendo o calor dar uma trégua.

Chegamos bem próximo dessa montanha e paramos. Depois de alguns segundos um tipo de escotilha foi aberta.

- O que é isso?- perguntei apavorado tentando me afastar. Minhas correntes foram puxadas e caí de joelhos.

- Ele é todo seu.- o guarda disse para o nada, me empurrando para a porta desconhecida.

- Não! Pra onde eu estou indo? Você não pode me largar aqui!- gritei mais alto. Tentei fugir mas ele caiu em cima de mim, a areia entrava na minha boca me sufocando mas mesmo assim tentei correr.

Consegui me virar fazendo com que ele caísse para o lado, com as duas mãos acorrentadas soquei a sua barriga. Ele arfou e seus olhos se arregalaram; enrolei a corrente em volta do seu pescoço grande e suado. Apertei o mais forte que pude deixando seu rosto mais vermelho que antes. Suas mãos tentavam pegar as corrente mas foi em vão. Travei meu maxilar quando apliquei mais força nas correntes.

Ele estava desfalecendo quando alguém gritou.

- Ei, solte-o! Agora! - não me virei para ver quem era, ele estava quase desmaiando.

Deveria ter virado, deveria ter olhado para trás e ver que o motorista havia saído e estava se aproximando, se aproximando para me parar. Ele bateu na minha cabeça com algo duro, parecia uma arma, meus ouvidos zumbiram e soltei seu pescoço

Vi tudo borrado e uma dor latejante tomou conta da minha cabeça. Caí na areia e fitei o céu sem nuvens, quente. Minha visão escureceu e apaguei. Caído no deserto, levado para um lugar desconhecido. Para ser morto? Talvez. Eu não sei. Mas a única coisa que sabia era que logo eu iria descobrir.

Os votos e comentários de vocês são muito importantes gente. Então não deixem de fazer isso, pelas cuecas meladas de Dumbledore.

APRISIONADO - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora